Na antiguidade, o uso de ervas alucinógenas era comum
como ferramenta de transcendência, hoje, porém, usar drogas não está mais fincado nessa relação. Com o advento da globalização, não foram
só as máquinas que se industrializaram, mas também as pessoas. Elas que foram
abrigadas a se industrializarem, numa sociedade onde o capital dita as regras e
impõe poder, criando as históricas diferenças que marginalizam uns e atormentam
outros, pessoas as quais vivem à margem e que são esquecidos pelo poder
público.
Dessa relação, surge o escapismo como a válvula usada por
muitos para fugir de tal realidade, porém este escape tem encurtado a vida de
anônimos e notáveis, levando-os a caminhos sem volta. Com isso, uns usam apenas
como fonte de evasão; enquanto outros, para a autodestruição. Nesse sentido, as
constantes polêmicas que giram em torno das drogas, sejam elas lícitas ou
ilícitas, estão levantando questionamentos relacionados à necessidade do
consumo exagerado vem ocasionando em diversos fatores prejudiciais à saúde do
adepto referente.
Transgressoras, elas são comumente utilizadas nas grandes
periferias, bem como nos luxuosos bairros habitados pela nata social,
comprovando que o uso de entorpecentes não está inteiramente ligado ao abismo
financeiro que segregam pobres e ricos. Em ambos os casos, a palavra escapismo
controla as mentes daqueles que por alguma fragilidade aceitam o contrato de autoaniquilação
formulados pelas drogas.
Umas das justificativas para o alastramento maior desta
droga, é a facilidade de compra e venda dessa substância. Disso resulta na
formação de um problema cíclico: descaso, que leva a marginalização, que leva à
violência, que amplia o contato da sociedade com as drogas e que leva
inevitavelmente a morte nos dias de hoje.
Portanto, a inibição das drogas não será a solução mais
adequada; tendo em vista que muito antes do homem ter ciência do que era,
realmente, certo e errado, o tóxico já se fazia presente entre as diversas
populações. Por isso, cabe as pessoas respeitar aquele que faz o uso para
satisfazer um prazer social; já relacionado aqueles que consomem para a
aniquilação pessoal, o aceitável é que programas de acolhimento sejam criados
visando a assolação desse vício e fazendo com que se encontrem no real.
Aluna: Rosely Bezerra
Professor: Diogo Didier
Nenhum comentário:
Postar um comentário