09 dezembro 2010

O Significado das Mortes nas Religiões

OLÁ POVO!!

Recebi um email falando sobre as cerimônias fúnebres de várias religiões e achei viável compartilhar com vocês, visto que a marca única e principal do MEU BLOG é a LIBERDADE, pois, como vocês já sabem, SER FELIZ É SER LIVRE, aqui ou na outra vida. Espero que gostem.


Conhecer o significado da morte para diversas religiões é muito importante para quem atua no ramo funerário. Cada crença religiosa interpreta de maneira diferente o falecimento de uma pessoa. Respeitar os rituais é um dever humanitário. Confira o significado da morte para algumas religiões:

1. BUDISMO
Significado: Para os budistas, a morte é a única certeza. "Se nos lembrarmos da inevitabilidade da morte, geraremos o desejo de usar nossa preciosa vida humana de modo significativo", diz Ani-la Kelsang Pälsang, do Centro Budista Mahabodhi.

Treinamento: Os budistas acreditam que treinando a mente durante a vida, o indivíduo estará tranquilo e sereno quando chegar a hora de morrer, o que garantirá um renascimento afortunado.

Reencarnação: Os seguidores do budismo acreditam na reencarnação. "A única coisa que passa de uma vida para outra é nossa mente sutil. Como um pássaro mudando de ninho em ninho. Buda compara o processo de morrer e renascer com o ciclo de dormir, sonhar e despertar", diz Ani-la.

Reflexo da vida: De acordo com o budismo, toda ação em vida influencia decisivamente na vida futura. Para Buda, se a pessoa quiser saber quem foi no passado, basta olhar para sua condição no presente.

Ajuda: Diante da morte, os budistas procuram manter o equilíbrio e ajudar os amigos ou parentes que estejam morrendo. Evitam o choro e o desespero para que a mente da pessoa permaneça positiva.

Rituais: No Japão, de acordo com a monja zen-budista Coen de Souza, usam-se flores dentro do caixão, tradicionalmente, e, além disso, uma tigela com arroz cozido, água, um vaso com flores, velas e incenso são colocados sobre uma mesa para que nada falte ao morto.
Os budistas têm vários rituais funerários. Um deles é o powa (transferência de consciência), quando toda prece feita com intenção de ajudar o morto é válida e traz benefícios.

Não há luto: Há apenas preces e dedicação dos pensamentos positivos à pessoa que morreu. No entanto, nos lugares mais tradicionais, como no Japão, a família guarda até 49 dias de luto como sinal de respeito.

Cremação: Desapegados das coisas materiais e não se preocupam muito com o cadáver, portanto não são contra cremação. As cinzas poderão ser depositadas em um templo, altar doméstico ou devolvidas à natureza.

2. CANDOMBLÉ

Significado: De acordo com a crença do candomblé, as pessoas são formadas por elementos constitutivos perecíveis e imperecíveis. A parte imperecível é chamada de ORI (cabeça interna, destino).

Vida após a morte: Os seguidores do candomblé acreditam na continuidade da vida por meio da continuação da força vital. O ORI volta dentro da mesma família, mas em outro corpo.

Rituais: O corpo do iniciado no candomblé geralmente é velado no terreiro. O rito funerário, chamado de axexe, começa depois do enterro e costuma ser longo, podendo durar vários dias.
A sociedade é chamada para participar do axexe, rito pelo qual o espírito do morto é encaminhado para outra terra. Na ocasião, os assentamentos -elementos simbólicos e materiais- são quebrados e jogados em água corrente.

3. CATOLICISMO

Significado: Para os católicos, a morte é uma passagem. "Não existem mortos, mas vivos e ressuscitados. O Senhor nos toca e nos reerguemos para a vida eterna", diz o padre Paulo Crozera, coordenador da pastoral Universitária da PUC-Campinas.

Não há reencarnação: Os seguidores do catolicismo acreditam que a morte é o batismo definitivo, o caminho para a vida eterna. Para eles, corpo e alma são uma só coisa. A reencarnação não é aceita.

Rituais: Os católicos velam os corpos do mortos e, além das orações populares que costumam ser feitas durante o velório católico, como o Pai Nosso e a Ave Maria, um padre ou ministro leigo das Exequias faz uma celebração para encomendar a vida da pessoa às mãos de Deus. Nesse ritual, há a celebração da passagem do morto à luz do mistério da morte, por meio de orações e da benção do corpo.

Simbolismo: As velas, colocadas ao lado do caixão, simbolizam a luz do Cristo ressuscitado, e as flores são a "primavera da vida que floresce na eternidade".

Celebrações: O corpo pode ser enterrado ou cremado. No momento do enterro, há a "benção do túmulo", cujo objetivo é pedir o acolhimento do corpo pela terra. Depois de enterrado, ocorrem celebrações em memória do morto no sétimo dia, no primeiro mês e no primeiro ano.

4. ESPIRITISMO

Significado: Para os seguidores do espiritismo, a morte não existe. O espírito usa o corpo físico como instrumento para se aprimorar. "O corpo é uma veste e a reencarnação serve para o espírito evoluir", diz Ana Gaspar, das Casas André Luiz.

Reencarnação: Quando o corpo morre, o espírito se desliga e fica no mundo espiritual estudando e se preparando para uma nova encarnação. Com a reencarnação, o espírito adquire experiências e evolui em outro corpo sucessivamente.

Rituais: Os espíritas velam e enterram seus mortos da mesma maneira que os demais religiosos. Durante o velório, fazem preces e procuram manter o equilíbrio porque o espírito do desencarnado pode continuar por perto durante um período.
Os espíritas não usam velas nem flores nas cerimônias fúnebres. O corpo pode ser enterrado ou cremado. Não existe luto e a vida dos familiares segue normalmente. "O espírita não tem fé, ele tem certeza", diz Ana.

Rituais: Para cremação costuma-se aguardar mais de 72 horas

5. ISLAMISMO

Significado: Para os seguidores do islamismo, a morte é uma passagem desta vida para outra eterna. "Quem fizer o bem será julgado por Deus e vai para o paraíso. Quem fizer o mal também será julgado e irá para o inferno", diz Abdul Nasser, secretário-geral da Liga Juventude Islâmica do Brasil.
Os muçulmanos acreditam que o corpo após a morte não significa mais nada, mas a alma continua tendo valor. A morte se dá, portanto, quando o corpo se separa da alma.

Rituais: De acordo com as leis islâmicas, o corpo do morto é lavado pelos familiares -sempre do mesmo sexo- e enrolado em três panos brancos. Depois, é colocado num caixão para que os parentes mais próximos se despeçam dele.
Em seguida, o corpo é levado à mesquita do cemitério islâmico e a partir deste momento apenas os homens participam da cerimônia. O sheik faz as orações para a alma da pessoa, numa celebração que dura cerca de duas horas.
O caixão é carregado para o túmulo, composto por quatro paredes de pedra, onde o corpo será colocado sem o caixão em que foi transportado. O buraco é tampado com pedras e só depois de totalmente fechado a terra é jogada sobre a tampa.

Não há cremação: A cremação do corpo não é permitida pelas leis islâmicas.

O Luto: O luto pela pessoa morta dura três dias. No entanto, quando a mulher perde o marido, o tempo de luto é de 4 meses e 10 dias. Na ocasião, a mulher não pode sair de casa, a não ser em caso de emergência.
Pela tradição muçulmana, quando a mulher perde o marido e está no começo de uma gravidez, ela deve se despedir passando debaixo do caixão, para mostrar aos presentes que espera uma criança.

"Acreditamos num Deus único, absoluto e individual, que jamais gerou ou foi gerado", diz Nasser.

6. JUDAISMO

Significado: Para os judeus, a morte não é o final da vida, apenas o fim do corpo, da matéria. "A verdadeira pessoa, que é a alma, é eterna", diz o rabino Avraham Zajac.

Reencarnação: Os seguidores das leis judaicas acreditam na existência de outro mundo, para onde as almas vão, chamado de olam habá (mundo vindouro). No entanto, a alma pode voltar para a terra, num outro corpo, para completar sua missão (reencarnação).
"Acreditamos que a situação de vida que a alma terá depende de como a pessoa viveu no nosso mundo. Não são dois mundos diferentes porque o tipo de vida levado aqui afeta a vida no olam. Cada alma está na terra por alguma razão e tem uma missão a cumprir", diz o rabino.

Rituais: Apesar de acreditar que a alma seja eterna, os judeus sentem a dor da perda e acreditam que ela deve ser expressa de várias maneiras.
Quando um judeu morre, há um ritual chamado de tahará (purificação), no qual o corpo é lavado pelo chevra kadisha (grupo sagrado). Os judeus não permitem que seus mortos passem por autópsia.
Depois de lavado, o corpo é envolvido em panos brancos e o caixão é fechado para que ninguém mais o toque. O enterro deve ocorrer o mais rápido possível.
"Tudo usado no enterro deve ser de materiais simples, das vestimentas ao caixão, para não haver distinção entre um e outro", diz o rabino. Por isso não são usadas flores nem velas.

Não há cremação: As leis judaicas não permitem que o corpo seja cremado. "Tudo tem que voltar para a sua origem, da mesma forma que a alma volta. Se o nosso corpo saiu do barro, da terra, a maneira mais respeitável é colocá-lo de volta", afirma o rabino.

Cerimônias: Junto do corpo, familiares e amigos rezam salmos e partes da Torá (livro sagrado dos judeus). Os parentes mais próximos rasgam um pedaço da roupa para mostrar o luto, que tem três etapas.
A primeira delas dura uma semana. Durante este período, os parentes mais próximos não saem de casa nem para trabalhar. A roupa rasgada usada no enterro não é trocada durante a primeira semana. Não há cuidado com o corpo porque a preocupação é voltada apenas à parte espiritual. Por isso, todos os espelhos da casa são cobertos.
Na primeira etapa, todos os amigos e familiares visitam a família que está de luto e conversam sobre a pessoa que morreu. "Não é saudável fazer de conta que nada aconteceu. Acreditamos que as pessoas tem que demonstrar seus sentimentos", diz.
Até o final da segunda etapa do luto, que acaba depois de 30 dias, os homens não fazem a barba e os cabelos também não podem ser cortados. O luto termina no primeiro aniversário de morte, mas a pessoa sempre é lembrada na data de morte por todos os anos seguintes.

7. PROTESTANTISMO

Significado: Os protestante acreditam que a morte é apenas uma passagem para outra vida e não aceitam a reencarnação.
"O movimento protestante acredita na próxima vida, mas em comunhão com Deus. Falar na vida eterna da alma é limitado porque acreditamos na ressurreição do corpo", diz o pastor da Igreja Metodista Fernando Marques.

Céu e Inferno: Para os protestantes, existe o céu e o inferno. O julgamento ocorre não pelas ações da pessoa em vida, mas pela fé que ela teve na palavra de Deus e pelo amor ao Senhor.

Rituais: Os rituais de velório e enterro são semelhantes aos dos demais religiosos. No entanto, quando um protestante morre, o velório é feito em função da família e não para o morto. O mais comum é que o velório ocorra na igreja, mas também pode ser feito no próprio cemitério.
Os seguidores do protestantismo não usam velas, apenas flores. O ritual, chamado de Liturgia para Ofício Fúnebre, costuma ser feito pelo pastor, mas na ausência dele um leigo pode fazê-lo. A participação da comunidade é muito importante. São feitas leituras bíblicas e orações espontâneas.
O corpo do morto, de acordo com as tradições protestantes, pode ser cremado ou enterrado. Se for enterrado, no cemitério o corpo é acompanhado até o túmulo, onde a família recita um versículo da bíblia e o pastor faz uma breve despedida.
Diferentemente da Igreja Católica, não há celebrações após a morte. Se a família desejar, pode fazer um culto de gratidão a Deus pela vida da pessoa, mas não é uma norma.
Os protestantes não têm imposição quanto ao luto.

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