28 junho 2015

Animalização humana X Humanização animal


Zoociedade moderna

        Festas de aniversário, médico particular e roupas de marca. Todas essas regalias poderiam ser de humanos, mas são realidades de muitos animais no mundo. Seja criado na cama ou no quintal, os animais domésticos vêm tomando espaço nas casas de seus donos. No entanto, é preciso rever os privilégios concedidos a tal espécie, de modo que a mesma não troque de papel com o seu dono.

A carência e a desvalorização do sentimento humano estimulam cada vez mais pessoas a adotarem bichos e fazê-los realmente de melhores amigos. Ao ultrapassar esse ponto, porém, a amizade pode se tornar fatal ao ponto do animal precisar ir ao médico por tais mimos que chegam a prejudicar sua saúde.

Do quintal à poltrona da sala de casa, animais como cães e gatos são considerados membros da família, como é vista a personagem de Graciliano Ramos em Vidas Secas, Baleia. Na mesma obra, o Fabiano representa o homem sertanejo que, até hoje, luta pela sobrevivência, mesmo analfabeto; característica essa que o torna ignorante, ainda que falasse pouco, é considerado como um animal na narrativa.

Além disso, o zoomorfismo se faz presente nas relações familiares, nas quais pais e filhos se olham como estranhos e a compaixão já não há. Pessoas movidas por instintos e guiadas pelos desejos também são influenciadas e adequadas a esta sociedade onde a dignidade não é mais encontrada facilmente.

Desse modo, a conscientização de criar gente como gente e bicho como bicho é necessária para o progresso de boas relações. As corretas orientações aos donos quanto ao excesso de regalias com os bichos é imprescindível; além de ter respeito e altruísmo para lidar com as diferenças existentes. Assim, a protocooperação mostrará suas diretrizes para uma verdadeira relação harmônica equilibrada entre as espécies.

Aluna: Mylena Souza
Professor: Diogo Didier

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