Cantadas nas músicas de artistas como Chico Buarque e romanciadas nos poemas de José de Alencar, as mulheres ocupam mais do que simples espaços artísticos ou renomes nas grandes obras: elas, agora, se encontram na política, na economia, nas relações trabalhistas e afins. Entretanto, se ora são endeusadas nos cânticos e escritos, ora sofrem as perniciosas chagas dos machismo, sexismo e da separação inferiorizada nos meios sociais.
Desde à Antiguidade, o culto à forma feminina foi destrinchada como algo sensível e empoderado de sensualidade. Mas, com o advento da figura masculina, nos diversos estamentos da sociedade, o “sexo frágil” acabou por ser relegado ao limbo da opressão. Casos de machismos, os quais, as feministas lutam arduamente, serpenteiam os lares das mulheres, da “Casa Grande à Senzala”, como dizia o saudoso Gilberto Freyre.
As violências, no ínterim presente, tanto social como cultural, fazem vítimas paulatinamente. Segundo dados do Departamento de Proteção à Mulher (DPM), cerca de 6 em cada 10 mulheres são violentadas por dia. Casos como o de Maria da Penha e tantas outras que sofreram o dissabor da cultura machista, incutida, indevidamente, em nossa sociedade.
Além disso, algumas, ainda, sofrem os assédios cotidianos. Esses, os quais, perpassam os limites da integridade moral e coleiam no âmbito da integridade física: o estupro. Dados de 2014, do IPEA, demonstraram que 7 em cada 10 homens se mostraram a favor da violência sexual, por motivos encontrados no vestuário da figura feminina. Neste contexto, denota-se que, mesmo com as conquistas e brilhantinas ofertadas às mulheres, estas, ainda, convivem com as dilacerações do sexismo.
Portanto, tomando como base a presidenta Dilma Rousseff e tantas outras feministas, como Pagu, que fizeram e fazem histórias em nosso país, deve-se atender melhor aos direitos e garantias das mulheres brasileiras. Coadunando, ainda, equiparações salariais, empregatícias e legislativas, como igualdade às mulheres transexuais, lésbicas e negras, estas que, até então, vivem sobre a escória social do país. Sendo assim, consoante com o Artigo 5º da Constituição Federal sobre os Direitos Humanos, a sociedade tupiniquim se tornará, de fato, um país igualitário.
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