Muitas vezes é visto, em meios
midiáticos, que os adolescentes estão cometendo delitos terríveis e que deveria
haver a diminuição da maioridade penal. Acontece que muito se comenta nesse
novo sistema e pouco se fala em educação. Colocar esta lei em vigor não irá
tirar os jovens da vida criminal, no entanto, se fosse investido em programas
socio-educativos seria diferente.
Segundo o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), o jovem infrator deve receber medidas sociais que o
eduquem para que ele não cometa o mesmo erro. Estima-se que 80% dos jovens, que
participam desses projetos, tem um bom desempenho quando saem das
instituições.
Várias estruturas culturais
permitem que a criança cresça em um ambiente caótico, sofrendo todo tipo de
desigualdade social. O filósofo, Carlito Maia, dizia que: "O problema do
menor é o maior". Ou seja, se um indivíduo é inserido desde cedo em locais
inapropriados, onde há condutas não aceitáveis, ele futuramente irá reproduzi-las
também.
No Brasil, a estrutura
penitenciária não se preocupa em reinserir o detento na sociedade; diante
disto, vê-se que uma reforma prisional seria de suma importância. Reduzir a
maioridade penal é tratar o efeito e não a causa. Um jovem ingressa no crime
devido a vários fatores, dentre eles, falta de escolaridade, de afeto familiar
e pressão consumista.
Com isso, percebe-se que o menor
que comete um ato infracional é resultado de um sistema de educação falho;
deve-se investir em programas educacionais para construir a cidadania deles ao
invés de oprimi-los. Não basta impor um novo sistema, pois, o traficante não
espera que seu filho seja um bandido e sim um doutor.
Duda Kretek
Essa conclusão arrasou!!!
ResponderExcluirDidier seu site é um arraso! sempre gostei de publicar alguns textos mas nunca tive coragem de criar um site. Ao ler os seus textos maravilhosos me incentivou a criar meu site espero que um dia o meu fique como o seu :)
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