05 abril 2015

Menores de idade, maiores na maldade: por quê?


Muitas vezes é visto, em meios midiáticos, que os adolescentes estão cometendo delitos terríveis e que deveria haver a diminuição da maioridade penal. Acontece que muito se comenta nesse novo sistema e pouco se fala em educação. Colocar esta lei em vigor não irá tirar os jovens da vida criminal, no entanto, se fosse investido em programas socio-educativos seria diferente. 
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o jovem infrator deve receber medidas sociais que o eduquem para que ele não cometa o mesmo erro. Estima-se que 80% dos jovens, que participam desses projetos, tem um bom desempenho quando saem das instituições. 
Várias estruturas culturais permitem que a criança cresça em um ambiente caótico, sofrendo todo tipo de desigualdade social. O filósofo, Carlito Maia, dizia que: "O problema do menor é o maior". Ou seja, se um indivíduo é inserido desde cedo em locais inapropriados, onde há condutas não aceitáveis, ele futuramente irá reproduzi-las também.
No Brasil, a estrutura penitenciária não se preocupa em reinserir o detento na sociedade; diante disto, vê-se que uma reforma prisional seria de suma importância. Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito e não a causa. Um jovem ingressa no crime devido a vários fatores, dentre eles, falta de escolaridade, de afeto familiar e pressão consumista.
Com isso, percebe-se que o menor que comete um ato infracional é resultado de um sistema de educação falho; deve-se investir em programas educacionais para construir a cidadania deles ao invés de oprimi-los. Não basta impor um novo sistema, pois, o traficante não espera que seu filho seja um bandido e sim um doutor.


Duda Kretek

2 comentários:

  1. Essa conclusão arrasou!!!

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  2. Didier seu site é um arraso! sempre gostei de publicar alguns textos mas nunca tive coragem de criar um site. Ao ler os seus textos maravilhosos me incentivou a criar meu site espero que um dia o meu fique como o seu :)

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