Sob um
olhar discriminado, julgado e desrespeitado, sobrevivem os deficientes físicos
em meio às intempéries da vida. Em uma sociedade onde, historicamente, os
deficientes físicos vivem à parte, existiu um tempo onde crianças que nascessem
com limitações físicas eram banidas. Ao mesmo tempo, estes que diariamente são
tratados pela maioria como invisíveis, são personagens coadjuvantes da peça
intitulada vida, cujos desafios principais são lutar contra os vilões da
desigualdade, do preconceito e da exclusão.
No âmbito social, vê-se uma política
pública que encara o problema da exclusão de modo parcial, onde dois dos
principais causadores dessa cegueira pública são faltas de educação e de
assistência especial a esses grupos que vivem à margem da sociedade. Porém,
nenhum atinge o tocante do assunto, que é a perda de auto-estima e de
identidade de pertencer a um grupo social organizado, compartilhando, assim,
ideias.
Além disso, existe a dura realidade
escolar vivenciada por esses portadores de deficiências, sendo bastante
limitada. A maioria das instituições públicas de ensino não está apta a atender
as peculiaridades desse grupo. Mesmo consistindo uma política onde a educação
deve ser igualitária a toda sociedade, não estamos preparados para ver as
pessoas com NEE de forma natural, porque não fomos estimulados a perceber essas
diferenças no período escolar, tornando, assim, contraditórias.
O problema central da humanidade
nesta era de incertezas é a busca, às vezes desesperada, da identidade e do
reconhecimento social. Portanto, percebe-se que, diante de uma sociedade
ineficiente, os verdadeiros deficientes são as pessoas que julgam, discriminam
e maltratam com gestos ou palavras pessoas com NEE. Assim, é preciso que haja
uma mudança no pensamento social para uma consciência de inclusão, voltando-se
também a uma transformação no sistema educacional, tornando assim uma política
igualitária para atender a essas pessoas, garantindo seus direitos.
Aluna: Rosely Bezerra
Professor: Diogo Didier
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