30 junho 2010

Deus, jesus, fé, quebrantado, SenhorQuando tudo parece estar perdido
E você acha que a vida perdeu o sentido
Olha para cima e verás uma luz brilhando por ti

Quando o desespero bater
E o mundo perder todas as esperanças
Lembre-se que há alguém que sempre acreditará em você

Quando a solidão machucar as suas entranhas
E o seu amor próprio começar a abandonar seu corpo
Lembre-se que há alguém que pode acalantar seu sofrimento

Quando sentir que a chama da vida quer se extinguir
E que a escuridão quer tomar conta da sua alma
Lembre-se que Deus é a única luz que pode iluminar as trevas da sua vida

Confia Nele...SEMPRE! E Ele transformará a tua vida...



Sonda-me, usa-me
- Aline Barros

"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado" (sI. 51:17)

Sonda-me, Senhor, e me conhece, quebranta o meu coração
Transforma-me conforme a tua palavra
E enche-me até que em mim se ache só a ti
Então, usa-me, senhor, usa-me
Como um farol que brilha à noite
Como ponte sobre as águas
Como abrigo no deserto
Como flecha que acerta o alvo
Eu quero ser usado, da maneira que te agrade
Em qualquer hora e em qualquer lugar, eis aqui a minha vida
Usa-me, Senhor, usa-me
Sonda-me, Senhor, e me conhece, quebranta o meu coração
Transforma-me conforme a tua palavra
E enche-me até que em mim se ache só a ti
Então, usa-me, senhor, usa-me
Como um farol que brilha à noite
Como ponte sobre as águas
Como abrigo no deserto
Como flecha que acerta o alvo
Eu quero ser usado, da maneira que te agrade
Em qualquer hora e em qualquer lugar, eis aqui a minha vida usa-me Senhor, usa-me
Sonda-me, quebranta-me
Transforma-me, enche-me, e usa-me, Senhor.

doce, mistério, vida, poesia, literatura, música
Poema do Menino Jesus

Composição: Fernando Pessoa

Num meio-dia de fim de primavera eu tive um sonho como
uma fotografia: eu vi Jesus Cristo descer à Terra.
Ele veio pela encosta de um monte, mas era outra vez
menino, a correr e a rolar-se pela erva
A arrancar flores para deitar fora, e a rir de modo a
ouvir-se de longe.
Ele tinha fugido do céu. Era nosso demais pra
fingir-se de Segunda pessoa da Trindade.
Um dia que DEUS estava dormindo e o Espírito Santo
andava a voar, Ele foi até a caixa dos milagres e
roubou três.
Com o primeiro Ele fez com que ninguém soubesse que
Ele tinha fugido; com o segundo Ele se criou
eternamente humano e menino; e com o terceiro Ele
criou um Cristo eternamente na cruz e deixou-o pregado
na cruz que há no céu e serve de modelo às outras.
Depois Ele fugiu para o Sol e desceu pelo primeiro
raio que apanhou.
Hoje Ele vive na minha aldeia, comigo. É uma criança
bonita, de riso natural.
Limpa o nariz com o braço direito, chapinha nas poças
d'água, colhe as flores, gosta delas, esquece.
Atira pedras aos burros, colhe as frutas nos pomares,
e foge a chorar e a gritar dos cães.
Só porque sabe que elas não gostam, e toda gente acha
graça, Ele corre atrás das raparigas que levam as
bilhas na cabeça e levanta-lhes a saia.
A mim, Ele me ensinou tudo. Ele me ensinou a olhar
para as coisas. Ele me aponta todas as cores que há
nas flores e me mostra como as pedras são engraçadas
quando a gente as tem na mão e olha devagar para
elas.
Damo-nos tão bem um com o outro na companhia de tudo
que nunca pensamos um no outro. Vivemos juntos os dois
com um acordo íntimo, como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer nós brincamos as cinco pedrinhas no
degrau da porta de casa. Graves, como convém a um DEUS
e a um poeta. Como se cada pedra fosse todo o Universo
e fosse por isso um perigo muito grande deixá-la cair
no chão.
Depois eu lhe conto histórias das coisas só dos
homens. E Ele sorri, porque tudo é incrível. Ele ri
dos reis e dos que não são reis. E tem pena de ouvir
falar das guerras e dos comércios.
Depois Ele adormece e eu o levo no colo para dentro da
minha casa, deito-o na minha cama, despindo-o
lentamente, como seguindo um ritual todo humano e todo
materno até Ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma. Às vezes Ele acorda de
noite, brinca com meus sonhos. Vira uns de pena pro ar,
põe uns por cima dos outros, e bate palmas, sozinho,
sorrindo para os meus sonhos.
Quando eu morrer, Filhinho, seja eu a criança, o mais
pequeno, pega-me Tu ao colo, leva-me para dentro a Tua
casa. Deita-me na tua cama. Despe o meu ser, cansado e
humano. Conta-me histórias caso eu acorde para eu
tornar a adormecer, e dá-me sonhos Teus para eu
brincar.

saúde, adis, hiv, pesquisa, ufpe,descoberta, cura, vacinaJustificar O texto que vocês irão ler não foi escrito por mim. Eu o copiei do blog do meu amigo Julio (http://julio191433.blogspot.com/) que é estudante de Biologia pela Universidade de Pernambuco - UPE (Publicado pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE EM 25/03/2010). Resolvi postar este texto porque ele contêm informações muito preciosas sobre os atuais avanços na busca da cura do vírus HIV que, como se sabe, é uma das principais doenças que desimam milhares de vítimas todos os anos em todo o mundo. Se o Brasil, em especial o estado de Pernambuco onde a pesquisa está sendo realizada, for o pioneiro da descoberta da cura, haverá um grande reconhecimento mundial e com certeza o nosso país lucrará muito com isso.

Pernambuco, nesse sentido, está galgando passos importantíssimos para essa conquista, já que a UFPE está sediando um grupo de pesquisa, filiado a outras universidades nacionais e internacionais, com o intuito de desenvolver uma vacina que possa solucionar o drama vivido pelos portadores do HIV. Por isso, achei crucial compartilhar com os meus seguidores/leitores o texto abaixo, pois ele além de informativo é um promissor avanço tecnológico que busca encontrar alternativas para ajudar todos aqueles que foram contaminados por esse vírus.

Nesse âmbito, acredito que o teor teorico escrito no texto que será lido não pode ficar limitado a apenas um blog. Ele tem que ser divuldago para que cada vez mais pessoas tomem ciência de que o nosso país, apesar dos inúmeros problemas de ordem sociocultural, está trabalhando arduamente para desenvolver uma materia prima salutar que extinguirá, em um futuro não muito distante, o virus da AIDS do mundo, ou pelo menos conterá o seu desenvolvimento. É uma esperança que não pode ser descartada. Espero que você leitor consiga desfrutar tanto quanto eu das informações fornecidas pelo texto abaixo:


Ao anunciar, hoje (25), mais um importante passo na pesquisa da imunovacina terapêutica contra o HIV, a identificação de dois genes (MBL2, codificante pela proteína ligadora de manose, e o NOS1, que responde pela produção de oxido nítrico) o primeiro sendo molécula “chave da imunidade inata e o segundo responsável pelo processo de maturação das células dendríticas – cuja função é acionar o sistema imunológico humano –, pesquisadores da UFPE colocam o Recife em condições para ser o centro de referência nacional para a produção de células dendríticas para estratégias vacinais.

Para operacionalizar em Pernambuco a produção dessas células, que são importantes insumos para a imunovacina, os pesquisadores lançaram um apelo aos órgãos financiador públicos e privados. “Temos no Recife uma mão de obra que não deve a nenhum outro lugar do mundo, e algumas instituições já manifestaram interesse no nosso projeto. Precisamos agora de um apoio substancial para torná-lo realidade, antes que outros centros se adiantem”, afirma o professor do Departamento de Genética da UFPE e coordenador da pesquisa, Sergio Crovella. A recente descoberta e a implantação de uma fábrica de células dendríticas (DCs Cell Factory) no Estado, segundo atesta Crovella, são de suma importância para o futuro de estudos vacinais, assim como estudos genômicos mais aprofundados sobre a resposta do paciente hospedeiro aos tratamentos vacinais de um modo geral.

Segundo o geneticista, o futuro deste tipo de estudo é extremamente promissor. “Estamos organizando um laboratório dedicado exclusivamente à avaliação das características genéticas do hospedeiro, assim como na melhoria da produção da vacina e por isso precisando de recursos financeiros para fortalecer esta área que está tendo uma grande visibilidade internacional e que foi desenvolvida inteiramente no Pernambuco para uma equipe de pesquisadores com idade media muito baixa (acerca de 23 anos) mais com grandíssima força e entusiasmo”, constata o pesquisador.

PESQUISA – Ambos os genes identificados nesta recente fase da pesquisa apresentam um papel fundamental na defesa do organismo contra a entrada do HIV assim como na regulação (negativa) da replicação do vírus. Em adição, ambos os genes estão envolvidos no processo de maturação das células dendríticas e na resposta do hospedeiro à entrada e replicação do HIV. Este último aspecto é de importância fundamental de acordo com a estratégia vacinal, pois o estudo permitiu a identificação de dois fatores genéticos que variam durante o processo de amadurecimento das células dendríticas, atores principais da nossa estratégia vacinologica.

Com a identificação dos genes MBL2 e NOS1, associados ao sucesso da vacinação em determinados pacientes, foi dado um importante passo na continuação do o estudo, pois vai abrir um novo caminho na preparação das células dendríticas na segunda fase da nova vacina. O aspecto extremamente inovador desta pesquisa não foi somente focalizar a atenção apenas sobre o genoma do hospedeiro, mas também identificar fatores que permitam melhorar a qualidade das células dendríticas para tratamento vacinal.

Na revista internacional “Vaccine”, onde o trabalho foi publicado recentemente, foram destacados estes aspectos e também mostrados estudos de réplicas feitos sobre outros grupos étnicos (caucasianos e africanos) para avaliar os resultados obtidos sobre pacientes brasileiros em pacientes de outros grupos étnicos. Isso tem uma relevância importante porque abre novas fronteiras internacionais pelo o estudo, sendo validado não somente em população brasileira pernambucana, assim como sobre grupos étnicos diferentes.

Enfim, a importância dos dois genes MBL2 e NOS1 foram avaliadas na construção de uma nova vacina que está sendo desenvolvida na USP de são Paulo em colaboração com nosso grupo de pesquisa, para chegar à fase II do projeto.

HISTÓRICO - A pesquisa para o desenvolvimento da imunovacina terapêutica contra o HIV teve início do zero, em 2001, com a montagem da infraestrutura no Instituto de Pesquisa em Imunoterapia de Pernambuco (Ipipe), localizada no Lika, que consistiu na construção de um laboratório de segurança máxima, chamado NB3, classe D, treinamento de pessoal, regularização dos documentos necessários que regem as boas práticas em pesquisa e toda a base necessária restante. Depois de ter passado por todos os testes pré-clínicos – modelos in vitro e em modelos animais – foi elaborado um protocolo e deu-se início à Fase I do estudo clínico, com o ensaio em humanos.

A estratégia original do estudo consiste na retirada de uma quantidade de células dendríticas (componentes do sistema imunológico que acusam a presença de invasores às células de defesa) e do vírus do paciente. Já desativado quimicamente, o vírus é colocado junto às células dendríticas para que elas aprendam a identificá-lo. Só então elas voltam a ser introduzidas no paciente para que atuem como denunciantes do HIV e o sistema imunológico possam destruí-lo. Normalmente, as células dendríticas são incapazes de denunciar a presença do vírus da AIDS.

Na primeira etapa dos estudos estiveram envolvidos, além da UFPE, da USP, da UFRJ e da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), a Universidade Johns Hopkins (EUA) e a Universidade de Paris V (França).

2ª FASE - Na próxima e segunda fase da pesquisa para desenvolvimento da imunovacina terapêutica contra o HIV, que se inicia em breve, a expectativa é chegar perto dos 100% de redução da carga viral dos pacientes. Neste momento, quando mais prevalece o princípio da precaução máxima, assim definido pela bioética, os procedimentos devem ser adotados passo a passo e não aos saltos. Neste processo serão reforçados os conceitos provados na fase I, reavaliada a eficácia da Imunoterapia dependendo do genoma do hospedeiro e avaliada a revacinação dos pacientes (booster dose), com novas injeções de células dendríticas tratadas com vírus autólogo. Esta fase tem previsão de dois anos.

Dessa próxima etapa da pesquisa participa a UFPE, sob coordenação dos professores Sergio Crovella (Titular do Departamento de Genética) e Luiz Cláudio Arraes (associado do Departamento de Medicina Tropical), a USP, com equipe supervisionada pelo professor Alberto Duarte, e a UFRJ, com os professores Luciana Arruda e Amílcar Tenuri (CDC-EUA). Também colabora o Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), a partir do apoio do diretor e professor José Luiz de Lima Filho.


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Como desfrutar da sexualidade de forma segura? Essa pergunta ecoa em todo o mundo, mas infelizmente, poucas pessoas conseguem responde-la de forma coerente, isto porque, a proliferação das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são uma das maiores causas das moléstias venerias que a sociedade moderna precisa enfrentar. Elas estão em todo lugar, contaminando milhares de pessoas, sem definir cor ou condição social. Algumas dessas doenças, como a AIDS (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida) ainda não tem cura, culminando na morte de muitos individuos que a contraem. Lamentavelmente, desde que foi descoberta na década de 80, esse vírus ceifou a vida de muitos que tinham uma rotina sexual promiscua, sendo considerada como a doença da lascividade, já que estava diretamente ligada a relação sexual.

Como se sabe a AIDS é a mais mortal de todas as DSTs, já que até a atualidade não foi descoberta uma cura para o montante de pessoas que sofrem com essa doença. Geralmente, as pessoas que contraem esse vírus pegam através de transfusões de sangue e quem usa drogas injetáveis, torna-se um grande candidato a se contaminar, mas, o ato sexual ainda é o maior meio de contagio. Nesse sentido existem vários grupos de risco que são mais sucetíveis a contaminação.

Antigamente, o mais estigmatizados eram os homossexuais, pois, devido a uma vida sexual muito ativa eles eram taxados de serem os disceminadores dessa doença. Hoje, no entanto, as coisas começam a mudar, de modo que grupos que antes não eram levados em conta tornaram-se o ápice de transmissão dessa doença. É o caso dos idosos, das mulhres casadas e dos adolescentes. O primeiro, após o surgimento de medicamentos para eração, tornou-se o grande transmissor do HIV. Cada vez mais idosos se apropriam de medicamentos para aumentar o apetite sexual, no intuito de satisfazer seus desejos. Até ai nenhum problema. Entretanto, eles acabam tendo relação sem camisinha e levando para dentro de casa as DSTs, dentre elas a AIDS.

Com isso, o segundo grupo acaba sendo atingido diretamente: as mulheres. Elas que geralmente vivem em função do seu companheiro, não no sentido de dependência, mas sim no sentido de fidelidade, já que elas sempre tiveram que viver com o estigma do preconceito e da discriminação, numa sociedade onde o patriarcalismo dita suas regras. Essas mesmas mulheres, muitas vezes são vitimas dos seus conjugueres que mantêm relações sexuais fora do casamento e acabam trazendo para dentro de casa as doenças venerias. O resultado disso é o alto número de mulheres casadas que aparecem com o virus da AIDS, elevando os casos de contagio desse grupo que ocupava a última posição entre os grupos de risco.

Vale salientar também a questão da iniciação sexual entre adolescentes. Esse último grupo hoje tem o seu primeiro contato sexual entre os 13 e os 15 anos de idade. Nessa faixa etária muitos deles não conhecem sobre a própria sexualidade, pois é nesse momento, denominado “adolescência”, que ocorrem àquelas famosas dúvidas sobre a vida, consequentemente sobre a sexualidade. A insegurança que esse período proporciona acaba favorecendo a iniciação precoce a vida sexual, na qual eles não procuram se informar das maneiras mais seguras de ter a sua primeira relação; ou não usam de forma correta os métodos contraceptivos mais comuns, dentre os quais a camisinha, o meio mais seguro de previnir doenças e uma gravidez indesejada.



Enquanto uma possível cura não é elaborada, a forma mais segura de prevenção é usando a camisinha. Sei que já é clichê falar sobre isso, já que os meios de comunicação a todo o momento propagam a crucialidade dela para a prevênção de doenças como a AIDS. Mas, lamentavelmente, com toda a informação dada pelos meios midiaticos, ainda é grande o número de pessoas que desconsideram a sua importância. Prova disso, são os indices de contaminados em todo o mundo. É só você procurar alguma matéria sobre o vírus que, rapidamente serão fornecidos dados crescentes de pessoas que contraíram o HIV. Isso ocorre por descaso, descuido e, principalemente por autoconfiança, em achar que nunca acontecerá com a pessoa que está transando sem camisinha.Todos esses grupos constituem hoje o mosaico de casos de contaminação do vírus da AIDS.

É evidente que, se comparado há dez anos, houve uma grande melhora. O governo passou a fornecer gratuitamente preservativos em postos de saúde; também criou campanhas educativas nas escolas, postos médicos, associações de moradores e etc., para discutir sobre os perigos do sexo desprovido de camisinha; os meios de comunicação a todo o instante divulgam matérias que falam a respeito da necessidade de se fazer sexo seguro... Tudo isso contribuiu para desacelerar a propagação das doenças sexualmente transmissiveis em vários países, dentre eles o Brasil.

Mesmo assim, muito precisa ser feito para retardar o avanço das DSTs e da AIDS. A Universidade Federal de Pernambuco – UFPE - está tentando encontrar um antídoto para impedir o desenvolvimento do vírus HIV. Iguais a Federal, muitos laboratórios em todo o mundo se esmeram para encontrar uma formula que possa curar milhões de pessoas afetadas com essa doença que não só ataca o físico, mas também o psicológico e o emocional, numa sociedade que discrimina e crucifica a pessoa que declara ser portadora dessa doença.

A sexualidade, em todas as suas manifestações, sempre foi motivo de inúmeros debates, visto que, falar sobre sexo ainda é um tabu, sobretudo vivendo numa sociedade onde a precocidade sexual cresce assustadoramente. Pior ainda é quando essa sexualidade está ligada a alguma doença incurável (a AIDS), levando o individuo a ser segregado do meio social, entregue literalmente ao esquecimento. Para que essa discriminação não aconteça o melhor caminho ainda é a prevenção e nesse aspecto a camisinha atua de ator principal no palco da vida.

Respeitar a vida é valorizar os momentos bons que ela pode proporcionar; é repeitar o companheiro (a) que está do seu lado; é respeitar o seu próprio corpo e sempre encontrar uma maneira de suprir seus desejos sem prejudicar o próximo. Quando esses conceitos estiverem sedimentados nas mentes de todos, possivelmente teremos uma drástica redução nos índices de mortalidade causados pelas DSTs/AIDS.

Lembre-se da importância que a sua vida exerce para você e para aqueles que lhe circundam. Pense nisso antes de transar sem camisinha. Tenho certeza que você tomará a decisão correta...








Titãs - Epitáfio

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído?
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr.

23 junho 2010




Adriana Calcanhotto - ESQUADROS

Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de almodóvar
Cores de frida kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Ah! Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados de um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo, me mostro
Eu canto pra quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle

Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle


By Anderson Gomes
Correção Textual: Diogo Didier

COREOGRÁFIAS

Os movimentos coreográficos que vocês apreciar, obedece a comportamentos característicos das quadrilhas juninas – passos tradicionais que deram origem ao brinquedo, tais como: anarrie, anavantur, balance, passeio dos namorados, caminho da roça, ganchê e outros. Além da presença dessas evoluções, movimentos contemporâneos foram inseridos para atualizar a dinâmica do espetáculo e o contexto histórico que a manifestação encontra-se atualmente.

Se utilizando da temática oferecida, desenvolvemos coreografias que dialogassem com a história, então alguns desenhos cênicos são pontuais para este entendimento: sinais matemáticos de soma (+), multiplicação (x), porcentagem (%) assim como o cifrão de dinheiro ($). Outras referências ao tema estão em movimentações de braços que, quando estendidos simbolizam o exibir a mão para a leitura cigana do seu destino e o sinal de que se deseja dinheiro, esfregando os dedos.

Cenas específicas ajudarão a contar o desenvolver da história associando a relação dos personagens com o dinheiro: Ciganos, Cangaceiros, Lampião e Maria Bonita, a volante e o Rei e a Rainha do milho. As marcações terão como base, alguns ritmos juninos para desenvolver outras percepções, como no Coco, no Xote, no Baião, no Xaxado, nas Marchas juninas e as demais existentes.

MÚSICA

A seleção para o repertório musical do espetáculo junino Causos Nordestinos: HOJE é meu dia de SORTE. Pede emprestada a licença poética, quando agregamos o valor artístico de diversas composições musicais, doa qual, traduzidas por vários cantores e cantoras nacionais, contribuíram para sintetizar em 23h00min de dança a discussão e a relação existente entre o homem e o dinheiro, o homem e a sorte, o homem é o sonho de ter um futuro melhor, e claro, o homem e o amor em vários aspectos.

Todos estes valores e olhares imersos no universo proposto pelo tema levantado.
No entanto, para beber o repertório foi preciso antes tomar por base alguns parâmetros explicitados na sinopse como contexto histórico, critica sociais, sonhos e desejos entre outros momentos. Logo, obedecendo a um recorte musical possível de ocorrer no tempo programado, sendo pontuais em traduzir alguns dos sentidos da festa, temáticos, de símbolos e signos imagéticos da cultura e da sociedade interessada neste espetáculo.

No entanto, nesta trilha há composições próprias de artistas locais da comunidade que, conosco estão engajados em oferecer um repertório diverso e coerente com a proposta materializada aqui musicalmente.

A seguir, com o intuito de facilitar o ouvido/olhar, teremos as letras contendo todas as composições musicais presentes no contar deste grande causo nordestino. Essa é a essência sonora que mantem a nossa originalidade e identidade em fazer com alegria Quadrilha Junina.

A seguir, a trilha sonora que complementa o traduzir deste espetáculo:

Seleção musical:
Anderson Gomes/ Gildo Alencar/ Ellon Sant`Anna

1. Música: Magia Cigana
Cantor: Beto Sanfoneiro
Compositor: A – cores.
Gênero: Galope Junino
Letra:

Abra seu coração
Me mostre a mão
Quero ver o seu destino
Na noite de São João
Vem com a tradição
Festejar causos nordestinos

Vem, vem, vem Tradição
Pro causo que eu vou lhe contar
Uma história de amor e paixão
Que a cigana adivinhar

Abra seu coração
Me mostre a mão
Vem viver essa magia
Na noite de São João
Vem com a tradição
Festejar a nossa alegria
Caminhei, nas estrelas cheguei
Vi a sorte t]ao sonhada
Eu ganhei do céu, eu sei
Uma árvore encantada

Abra seu coração
Me mostre a mão
Vem viver essa magia
Na noite de São João
Vem com a tradição
Festejar a nossa alegria

Seja como for, e será
A felicidade me guia
Tem casamento neste arraiá
Hoje é dia de alegria

Abra seu coração
Me mostre a mão
Quero ver o seu destino
Na noite de São João
Vem com a tradição
Festejar, causos nordestinos

2. Música: Bombar
Cantor: Banda Canários do Reino
Compositor: Dada Moreira
Gênero: Rancho Junino
Letra:


Vem!
Que hoje a noite vai bombar
E arrombar de vez
Fazer o nosso amor
Bombar, bombar, bombar

Vem!
Que hoje a festa é de arrombar
De arrombar, já vem
Fazer o nosso amor
Bombar, bombar, bombar

Olha as estrelas no céu
Enquanto a lua passeia
No terreiro fogaréu
Meu coração incendeia

Deixa eu deixar você louca
Deixa eu beija sua boca
Nesta noite de amor
Quero ter você juntinho
Meu amor, minha paixão
Nesta noite de São João

Só dá você,
Só dá você,
Só dá você,
Dentro do meu coração

3. Música: Vida boa aperriada
Cantor: Flávio José
Compositor: Pinto do Acordeom
Gênero: Marcha Junina
Letra:

Êita vida boa aperriada
Êita vida boa aperriada
Êita vida boa aperriada
Com você eu tenho tudo
Sem você não tenho nada (bis)

Pra que tanto dinheiro
Sem o seu amor
Pra que tanto frio
Sem o seu calor
Pra que tanta mulher
Se você não está aqui
Pra que chorar
Se é melhor sorrir
Pra que tantas estrelas
Brilhando no céu
Pra que tanta amargura
Se você é mel
Pra que tanta esperança
Se você não vem
Pra que tanto ódio
Se eu te quero bem (refrão)

4. Música: Aba de chapéu
Compositor: Beto Sanfoneiro
Gênero: Forró
Letra: Instrumental

5. Música: Ô papai
Cantoras: Grupo – Comadre Fulosinha
Compositor: Domínio Público
Gênero: Coco
Letra:

Ô Papai, me dê dinheiro
pra eu enfeitar meu balão. (4x bis)
Eu vou fazer o meu vestido
Todo cheio de modelo
Cheio de cava e botão
E quando eu me vestir nele
Vou me embora pro sertão.

Voar, voar como um pavão
Que é bicho do bico dourado
Eu tô namorando um soldado
Do bando de Lampião.

6. Música: Cavalos do cão
Cantor: Zé Ramalho e Elba Ramalho
Compositor: Zé Ramalho
Gênero: Xaxado
Letra:

Corriam os anos trinta
No nordeste brasileiro
Algumas sociedades lutavam pelo dinheiro

Que vendiam pelas terras
Coronéis em pés-de-guerra
Beatos e cangaceiros

E correr da volante
No meio da noite/no meio da caatinga
Que quer me pegar

Na memória da vingança
Um desejo de menino
Um cavaleiro do diabo
Corre atrás do seu destino

Condenado em sua terra
Coronéis em pés-de-guerra
Beatos e cangaceiros

E correr da volante
No meio da noite/no meio da caatinga
Que quer me pegar


7. Música: Tire o Pé do chão
Cantor: Petrúcio Amorim
Compositor: Petrúcio Amorim
Gênero: Forró galope
Letra:

Tire o pé do chão
Moça bailarina
De outra era
O tempo engole a gente
Feito fera
Vem ouvir comigo
Essa canção

Tire o pé do chão
Se ele já não quer
Mais te querer
A vida ainda gosta de você
Tem gente
Querendo teu coração

Tá vendo o facho
Luminoso lá na rua
Se eu juntar a tua
Alegria com a minha
O tempo e pouco, pouco
Como a vida e
Pra gente só
Brincar de rei e rainha

E xote a noite inteira
Coco de roda e baião
Batida de limão
Cajuína e catuaba
Vem minha namorada
Vem ver a luz do dia
No balanço da poesia
Amar de madrugada

8. Música: Lembrança de um beijo
Cantor: Flávio José
Compositor: Accioly Neto
Gênero: Xote
Letra:

Quando a saudade invade o coração da gente
Pega a veia onde corria um grande amor
Não tem conversa nem cachaça que de jeito
Nem um amigo do peito que segure o chororô
Que segure o chororô
Que segure o chororô

Saudade já tem nome de mulher
Só pra fazer do homem o que bem quer
Saudade já tem nome de mulher
Só pra fazer do homem o que bem quer

O cabra pode ser valente
E chorar
Ter meio mundo de dinheiro
E chorar
Ser forte que nem sertanejo
E chorar
Só na lembrança de um beijo
Chorar

9. Música: É proibido cochilar
Cantor: Grupo Nordestinos do Forró
Compositor: Antônio Barros
Gênero: Baião
Letra:

O forró daqui é melhor do que o teu
O sanfoneiro é muito melhor
As moreninhas a noite inteira
Na brincadeira levanta pó.

É animado ninguém cochila
Chega faz fila pra dançar
E na entrada está escrito
É proibido cochilar.

É proibido cochilar
Cochilar, cochilar
É proibido cochilar
Cochilar, cochilar.

A poeira sobe, o suor desce
A gente vê o sol raiar
O sanfoneiro padece
Mas, não pode reclamar.

Se está ganhando dinheiro
É bom dinheiro ganhar
E ele leu na entrada
Que é proibido cochilar.

10. Música: Moeda da Sorte
Cantor: Beto Sanfoneiro
Compositor: A - cores
Gênero: Marcha junina
Letra:

É ouro, prata e bronze
Qual será o seu lugar?
Gira a moeda da sorte
Cara ou coro?
Quero ver quem vai ganhar

Ô ô ô ô ...
Á á á á ...
Vem festeja,
Vem arriscar,
Quero ver ganhar!

11. Música: Não quero dinheiro
Cantor: Beto Sanfoneiro
Compositor: Tim Maia
Gênero: Forró acelerado
Letra:

Vou pedir prá você ficar
Vou pedir prá você voltar
Eu te amo
Eu te quero bem
Vou pedir prá você gostar
Vou pedir prá você me amar
Eu te amo
Eu te adoro, meu amor
A semana inteira
Fiquei esperando
Prá te ver sorrindo
Prá te ver cantando
Quando a gente ama
Não pensa em dinheiro
Só se quer amar
Se quer amar
Se quer amar
De jeito maneira
Não quero dinheiro
Quero amor sincero
Isto é que eu espero
Grito ao mundo inteiro
Não quero dinheiro
Eu só quero amar



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Acessado em: 20 de Maio de 2010. Disponível em:
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A seguir está a correção na integra do texto da Junina Tradição:

Olá lindo!


Primeiramente, quero expressar toda a minha gratidão e, sobretudo admiração pelo seu trabalho. Sei que você já deve estar cansado de ouvir elogios, mas é sempre bom ratificar um excelente trabalho como este que você está realizando com a tradição. Parabéns de verdade!

O seu texto, como sempre, me surpreendeu. Primeiro pela quantidade de páginas (kkkkkkkkkkkkkkk), pois, confesso ter ficado assustado com as TRINTA E CINCO páginas da sinopse. Segundo, e não menos importante, pela qualidade dos conteúdos correlacionados com o tema escolhido para ser apresentado pela Junina Tradição. Em contrapartida, eu encontrei bem mais erros do que da outra vez que eu corrigi a sinopse da Traque de Massa. Acredito que isso foi o reflexo de vários fatores que culminaram num texto extraido da gênese da produção.

Pois bem! Em seguida, colocarei as minhas considerações a respeito do seu texto. Para que o raciocinio de ambos flua numa linha tênue, fiz algumas sedimentações para clarificar a correção, ou seja, utilizei cores para dizer o que eu gostei e o que não gostei:

VERMELHA: Corresponde a todos os erros encontrados e corrigidos (eu marque em vermelho para que você faça uma comparação entre o antes e o depois)

  • Pontuação (as falhas de pontuação não foram grifadas de vermelho por esquecimento meu, mas foram todas corrigidas)
  • Concordância;
  • Uso da crase;
  • Parágrafos muito longos (acho que você vai perceber que eu divide alguns parágrafos grandes demais)
  • A falta de utilização dos operadores argumentativos (Esse recurso textual é de crucial importância para o entendimento do texto. Não sei se você ainda lembra da minha ultima correção? Pois bem! Eu falei da ultima vez que o texto é formado, basicamente de duas coisas: COESÃO E COERÊNCIA. Ambas se completam, mas é possivel a existência de um texto apenas coerente (como foi o seu caso). Entretanto, é necessário ressaltar que a falta demasiada da coesão pode prejudicar o sentido do seu texto. Nesse caso, os operadores argumentativos são importantissimos, pois são eles que fazem com que o texto torne-se um elo coesivo coerente. E que argumentadores são esses? Nesse sentido, nesse perspectiva, desse modo, isto porque e etc...Além, é claro, das conjunções que são responsáveis pela construção semântica do texto. Espero estar sendo claro?!);
  • Má conjugação verbal;
  • O uso indevido do pronome "ONDE" (é muito comum encontrar esse tipo de erro nos textos. Geralmente, as pessoas não sabem utilizar o pronome corretamente, ora por falta de leitura que reflete diretamente na produção da escrita, ora por falta de conhecimento da importância de se usar os operadores argumentativos. Enfim...Tentarei explicar de forma clara como se usa esse pronome: O "onde'' é usado para expressar uma ideia de lugar, mas esse lugar que eu vou estará parado, é fixo. ex: Onde diogo mora? ( o onde nessa oração dá ideia de lugar. E que lugar é esse? a casa de diogo, que é um local fixo. Já em "aonde" a intenção é oposta. ex: Aonde diogo vai? Nessa oração não se sabe o rumo pelo qual diogo seguirá, ou seja, a rota de diogo ainda é incerta. Deu para entender?! Espero que sim);
  • Aglutinação de palavras indevidas "PRA" (manifestação das marcas da oralidade = Não sei se eu falei sobre isso na ultima correção, mas, mesmo assim, farei um breve comentario. Agrafia de palavras erradas no texto manifestam para o interlocutor que o autor desse texto tem algum problema com a escrita de determinadas palavras. Geralmente, associa-se logo a um escritor que não tem um bom hábito de leitura, ou alguém que confundi a estrutura da lingua falada com a lingua escrita. Nesse sentido, é bom ter cuidado, pois a permanência nesse erro pode resultar em algo chamado PRECONCEITO LINGUISTICO, que nada mais é do que esteriotipar o falante de acorco com o seu conhecimento e dominio de uma lingua. Tome mais cuidado!
  • Grafia errônea de várias palavras, prejudicando a compreensão textual em vários momentos (é importante ter em mente que a grafia correta do léxico de uma língua constitui a manifestação intrínseca do autor, em outras palavras, o autor do texto se apresenta através dos seus erros e acertos);
  • Juizo de valor (é muito comum, na produção textual, a introdução, consciente ou não, de quem está produzindo o texto. Naturalmente, é quase impossivel não expressar algum tipo de pessoalidade na hora de por no papel certos posicionamentos. Entretanto, é bom termos em mente que, em alguns momentos, devemos ser eufêmicos em determinados assuntos. Isto porque, para mostrar uma carga valorativa num texto, você terá que estar munido de um arcabouço ideológico tamanho que possa responder por uma massa pensante, ou seja, você não pode falar pelo furôr da emoção. Estou dizendo isso porque, na parte que você redigiu falando sobre CASAMENTO, respingou claramente a sua posição acerca dos desmandos da Igreja Católica que historicamente usurpa da população quantias infindáveis de dinheiro. Até ai nenhum problema, só que a forma como foi dita por você soou grosseira e altamente pessoal, além da prolixidade, fator este que eu considerei desnecessário, já que o seu texto como um todo está MARAVILHOSO. Por isso, tomei a liberdade de fazer uma breve alteração para que o texto ficasse mais conciso e menos pessoal. Espero que goste!


AZUL: Essa parte corresponde aos belíssimos parágrafos redigidos por você. E olha que não foram poucos! Achei muito boas as referências históricas e científicas que foram colocadas no texto. É muito importante fazer a introdução de vários conceitos para delimitar o foco do tema que será abordado e você fez isso de forma brilhante. Só tenha mais cuidado com o fator coesão, pois, como foi falado anteriormente, mesmo um texto super-coerente como o seu, poderá sofrer com a falta dessa partícula textual.


No mais, o seu texto está MARAVILHOSO e rico de informações que até mesmo eu ,que sou um leito assíduo e ávido, desconhecia. Também quero dizer que a correção poderia ter ficado melhor se VOCÊ BELEZA tivesse enviado em tempo hábil (kkkkkkkk). No entanto, eu entendo a loucura que deve ser elaborar tudo isso e ainda cuidar de uma espetáculo, mesmo achando que VOCÊ deveria ter enviado essa sinopse mais tempo.

Outro detalhe importante, eu não corrigi com muito detalhe as falas do casamento, porque eu não quis ferir a questão da linguagem(caipira) utilizada no enredo. Apenas retirei o que eu achei realmente necessário.

Em linhas gerais, o seu texto está DIVINO. Espero que você tenha total êxito no seu trabalho, de modo que cada folha dessa que foi corrigida por mim, exprimam um pouco de seu infindável talento e que a Tradição, que já se tornou a minha quadrilha do coração, lhe represente da melhor forma possível, tá bom?! bjjjjjjjjjjjjjjjjjjoxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Espero ter ajudado você e a Tradição, a final neh: Hoje é Meu Dia de Sorte e amanhã, quem sabe, será o nosso!

By Anderson Gomes
Correção Textual: Diogo Didier


FIGURINO

A arte de vestir os seres humanos, misto de pecado e vergonha para cobrir o corpo após o homem e a mulher serem expulsos do paraíso de Deus, diz a bíblia. O homem pré-histórico, objeto de estudo, fruto dos resultados cientifico adquiridos pela ciência, já usava sua habilidade para proteger-se do frio da noite – peles de animais. “o vestuário é a comunicação além de cobrir o corpo da nudez, ela tem outras finalidades". Umberto Eco. Ela é mais que uma simples veste, mais que uma roupa, pois ele possui uma carga, um depoimento, uma lista de mensagens implícitas visíveis e subliminares sobre todo o panorama do espetáculo e possui funções específicas dentro do contexto e perante o público, em grau maior e menor.

Para este espetáculo junino, o figurino é o ator principal da obra, ele dá vida ao sonho dos noivos de se casarem na igreja, a sorte bateu a porta deles! Com o encontro cigano, a fortuna que eles tanto sonhavam se fez realidade – as cédulas de dinheiro surgem de uma árvore encantada, a árvore de dinheiro para pagar o altos gastos que derivam de um casamento.

Processo digital: Utilizando a arte digital de impressões em tecido, solicitamos a uma gráfita de Recife para imprimir este sonho, criando uma estampa exclusiva e original, nunca antes realizada nos festejos juninos do Brasil. Um processo que nos rendeu um orçamento elevado, até irônico diria, pois pagar com dinheiro as impressões de cédulas de dinheiro nos divertiu bastante.

Associação das cores das cédulas para cada personagem: Um fato que nos pegou de surpreza, foi a associação natural construída para cada personagem com as cores do dinheiro real brasileiro em seus figurinos.

Grande grupo (Quadrilha ou matutos): Cédulas de R$ 1,00 real – Dentro do contexto que criamos para o espetáculo, o sonho de consumo dos noivos era simples: um casamento feliz para celebrar o amor na igreja. Essa sorte chegou com a mágia cigana. Na busca por moedas doadas pelas pessoas mais ricas e influentes da cidade, este casal ao plantar essas moedas, logo virá nascer uma árvore de dinheiro, elemento mágico que financiaria os gastos com o casamento. As folhas (verdes) e flores (amarelas) desta árvore vestem a grande sorte e esperança do casal de apaixonados, sentimentos que também estão associados a estas cores e seus significados: O verde representa esperança, perseverança, calma, vigor e juventude. Já a cor amarela desperta e traz leveza, descontração, otimismo. Simbolizando criatividade, juventude e alegria.

Um dos tecidos juninos mais utilizados neste período sem dúvida é o xadrez. Tendo como base esta referência, brincamos com as cédulas para formar uma estampa xadrez de dinheiro colorido, unindo todas as notas multicoloridas como o São João do nordeste. Moedas douradas e pedras preciosas dão acabamento aos trajes, pois também valem dinheiro. No verso da saia de armação das damas, há o mesmo colorido característico pela variação do papel moeda em circulação atualmente. As meias femininas em tonalidade vermelha, simboliza o amor dos noivos, e também, a sedução cigana que deu origem ao referido encantamento.

A volante: Tipicamente, o grupo da volante, uma forma de polícia militar especializada da época, foi constituído para caçar Lampião e seus cangaços (as). Era composta pelo capitão, por soldados (homens) e mulheres que atuavam como “bode expiatório” visitando casas de famílias. Na caatinga ou no sertão dividido em sete estados nordestinos, vivia a procura de qualquer pista que denunciasse o bando de Virgulino. Sua vestimenta em Pernambuco tinha a cor azul, que representa segurança e lealdade. Logo, aproveitamos aqui para elencá-los com a cédula de R$ 2,00 reais.

Casal de Ciganos: Os ciganos, descendentes diretos dos povos indianos, vestiam trajes ricamente coloridos, ornados com muitas moedas douradas, pulseiras de diversos tamanhos e modelos, anéis em pedrarias, lenços e pandeiros, luxo e riqueza para um grupo de retirantes que, tinha como oficio adivinhar o destino utilizando técnicas de leitura das mãos, tarô e baralho cigano, bem como, um intrigante horóscopo. É o casal que concentra dois tons derivados das notas de dinheiro: o roxo lilás da cédula de R$ 5,00 reais e o vermelho com rosa da cédula de R$ 10,00 reais. Tons que simbolizam romance, sensualidade e beleza.

Rei e Rainha do Milho: Na cultura nordestina, a realeza pede passagem para um casal que tem pose de majestade do milho. Se tornar os reis da festa é um ritual que dá trabalho. Naturalmente, o fato de assumir um status elitista, busca nas nossas memórias uma intima relação dessa dupla com o dinheiro, tendo eles, o titulo máximo de uma nação com este perfil aristocrata, possuidores de sublime riqueza – nobres. Na festa junina, o Rei nem tanto, mas a Rainha vende rifas e brindes para assumir o posto de patriota do milho, mesmo aqui no nordeste, se faz necessário aproximar-se do dinheiro se desejar deter este posto tão disputado. Na celebração, possuem a indumentária que os remete ao milho, cor amarela. Já nas cédulas deste rico dinheirinho lhes cabe a nota de R$ 20,00 reais. O amarelo expressa felicidade, riqueza, ouro, beleza, imponência e garbo. Qualidades que são sinônimos desta corte.

Cangaceiros (as): A imagem construída com inteligência e charme ajudou os cangaceiros na comunicação com o outro. Suas estéticas alegóricas dentro do sertão lhes incorporaram confiança, não sendo simplesmente uma questão de vaidade, mas de sobrevivência, pois antes mesmo de se assustar com o bando, o povo se encantava com sua aparência. A força da identidade visual na história deste bando fez deles mitos em todo o nordeste brasileiro ao misturar riqueza, extravagância e barbárie, lançando no país o banditismo de ostentação, em que, o enfeite e o ornamento dão destaque particular aos crimes. Para esta versão inovadora, apresentaremos o bando de lampião exibindo o fruto de sua ostentação, todo o roubo de anos vividos no sertão: os anéis, o ouro, as pedras preciosas, os brincos de brilhantes, os colares, etc. Associado a estes elementos, complementaremos as vestimentas com símbolos religiosos, referência a devoção católica do grupo: fitas de santinhos, imagens de padre Cícero, São Francisco, Nossa senhora e a Virgem Maria. Tipicamente, o grupo usava a cor marrom e azul no figurino padrão, escolhemos então explorar as tonalidades da terra, o marrom presente na cédula de R$ 50,00 reais. Essa cor manifesta estabilidade, constância, responsabilidade e maturidade. Uma espécie de camuflava social, para esconder sentimentos de cidadãos que lutavam pelos seus ideais.

Lampião e Maria Bonita: Vestir-se bem para Lampião era essencial para triunfar. Ele foi o primeiro cangaceiro a cuidar da sua imagem, aí reside sua originalidade, estava sempre vestido de maneira extravagante juntamente com Maria Bonita. Utilizava chapéus grandes, enfeitados com medalhas, acessórios brilhantes e muitos anéis, colares e broches. Lampião e seus cangaceiros lançaram sua própria moda, criando um dos visuais brasileiros de maior expressão e autenticidade. A partir do estilo adotado eram reconhecíveis entre todos. Sabia bordar a maquina com perfeição – e soube fazer dele um personagem singular, utilizando efeitos visuais para valorizar a vida que levava com seu grupo e transmitir a imagem de um bandido rico e poderoso, exercendo fascínio no sertão. Os motivos e as estrelas dos chapéus variavam de um cangaceiro para outro e permitiam reconhecer a sua importância dentro do grupo. O lenço vermelho do cangaceiro era estampado, ornado com anéis, e símbolos religiosos, ele sempre muito devocional. Para o Rei e a Rainha do cangaço, além de também exibir toda a riqueza que roubaram por 18 anos, um dinheiro chamado de sujo, nós valorizamos a cor azul do seu traje e, também presente na cédula de R$ 100,00 reais sendo eles as figuras mais caras deste espetáculo.

Os noivos: Simbolizam a pureza, a paz, o corpo e a mente em equilíbrio, assumindo um sentimento de pessoas em estado de graça por terem conseguido realizar seu sonho. Vestiram-se em branco total, com um toque de bordados nos tons dourado e prata. Representa o lírio branco em homenagem a Santo Antônio, padroeiro dos casamentos.

Marcador: Simboliza um cordelista, personagem que esccreve as histórias contidas nos cordeis – dele nasce em verso e rimas toda a história do causo nordestino Hoje é meu dia de Sorte contido no livreto de cordel para o casamento. Sua indumetária obedece as cores preta e branca, caracteristica da xilografia tradicional – arte realizada em madeira que propociona alto e baixo relevo, onde em contato com o papel pré-desenha as formas gravadas. Seu traje, nas costas compõem a capa do cordel, já na frente do palitó temos as páginas contendo o texto do causo que ele narrará na cena do casamento.

ORIGAMI – A ARTE DE DOBRAR PAPEL VIROU FIGURINO

Origami e, de forma simples, a arte de dobradura de papel. É uma arte milenar japodesa cujo o nome de origem orikami, significa dobrar papel. O origami tem suas regras: folha de papel quadrangular, quase sem cortes, traz simplicidade e desafio para a criação dos modelos.

Ori = Dobrar
Kami = Papel

Assim, como a arte de dobrar papel traduz o sentido do Origami, as cédulas de dinheiro são dobradas por todos nós cotidianamente. Quando ganhamos o dinheiro, qual é o primeiro ato que execultamos? Dobramos as cédulas para guardar no bolso, na carteira ou até mesmo, assim pegamos a quantia em mãos ela já é dobrada para caber na nossa palma. Quando práticamos este ato estamos fazendo um “origami” dobrando papel, oferecendo a ele outra forma.

Nosso figurino adotou a forma do origami padronizando a flor do lírio, clara homenagem ao casamento – santo Antônio. As pétalas tadicionais feitas na arte japonesa estão distribuidas nas saias, nas blusas e flores das damas, bem como, no corte do palitó dos cavalheiros.






By Anderson Gomes
Correção Textual: Diogo Didier

A QUADRILHA

É São João! Para os quadrilheiros o planeta terra completa a sua volta anual em torno do sol quando chega essa data, que saudades São João, seja bem vindo!

E com uma nova história, renasce uma quadrilha Junina para a edição de 2010, na qual a Junina Tradição apresentará um causo bem nordestino e pedimos a sua atenção.

Aliado ao Causo Nordestino: HOJE é meu dia de $ORTE, que apresentamos no casamento, outras coincidências que aconteceram, mas neste caso veio bem a calhar. Historicamente com a formação social do Brasil e o contexto histórico dos personagens que estão inseridos em uma quadrilha junina, percebemos que todos eles têm diretamente relação de intimidade com o dinheiro, como não? Vamos lá:

Casal de Noivos: Discussões já levantadas, os donos da festa, de maneira universalmente, necessitam gastar muito dinheiro para se casarem e conseguir pagar os gastos com a cerimônia e com a festança do casamento. Dependendo do tamanho do seu sonho, há casamento que acumulam no total 2.000.000.00 (dois milhões de reais) em gastos segundo o site: www.casamentoecia.com.br .

Rei e Rainha do Milho: A Rainha do Milho de toda cidade do nordeste, quando se candidata a rainha, é eleita aquela que venda mais brindes do que suas concorrentes, assim no inicio dos festejos juninos ela é coroada a rainha do período junino.

Casal de Ciganos: Outra relação evidente são os casais de ciganos que sempre seduziram nosso olhar na festança. Sempre apresentados com roupas e vestidos cobertos de mistério nas cores noturnas (azul, roxo e vermelho) e ornados por moedas de ouro, com seus sons e símbolos cabalísticos.

Cangaceiros (as): Na história socioeconômica do nordeste do Brasil, crônica do duelo sertanejo travado entre a Volante e os Cangaceiros liderados por Virgulino Ferreira – Lampião. Registra as ações de massacre e roubo de tesouros, pedras preciosas e dinheiro a partir do temido Rei do Cangaço e seus ideais de resistência e ganância pelo poder de vingança a todo custo.

A Volante: Era uma formação policial especializada, direcionada especificamente para prender vivo ou morto os bandidos do cangaço. O governo da Bahia chegou a oferecer a quantia de R$ 50:000$000 mil cruzeiros naquela época (equivalente hoje a R$ 350.000,00 – trezentos e cinquenta mil reais atualizados) para “o civil ou militar que capturar ou entregar de qualquer modo à Policia, o famigerado bandido Virgulino Ferreira, vulgo Lampião.” Diz o cartaz (preto e branco) com a imagem do cangaceiro.

Outros mais: O prefeito da cidade, autoridade máxima, sempre convidada para cerimônias importantes como casamentos, nunca perde a oportunidade de estar próximo aos seus eleitores; o coronel que exerceu sempre uma poder paralelo não declarado socialmente, mas politicamente nas relações de mando das cidades interioranas, homem de poses e de forte influência; o padeiro que vende o tradicional pão Frances o ano inteiro; o cangaceiro que invadia as casas consumindo os pertences da população, em sua bolsa joias, pedras preciosas, anéis de ouro e muito dinheiro fruto do roubo característico ao bando; o padre, autoridade religiosa respeitadíssima, tudo o que ele diz faz parte da lei de Deus e que ninguém o desobedeça, recebe dos fiéis além do dizimo ofertas em dinheiro, mas dependendo do fiel essas ofertas chegam a ser fortunas para o sertanejo; o delegado, capitão da polícia deve manter a ordem pública na cidade, entre uma apreensão e outra sempre se tem algum dinheiro que sobra e que ninguém conhece o destino; e por fim o sanfoneiro dos festejos junino, do qual, neste período não faltam o oportunidades de trabalho, ele é o rei da festa e o personagem junino que mais ganha dinheiro, gorjeta, e moeda nesta época de festa e alegria.

CÉDULAS DE DINHEIRO

Segundo o dicionário Aurélio a palavra Real significa: “Algo que existe”, “verdade”, “rei”, “realeza”. Já para nós pobres mortais brasileiros ela representa um pouco mais do que isso, pois é também o nome do dinheiro nosso de cada dia.

A cédula de dinheiro é a moeda da sorte convencional que foi criada historicamente para facilitar a trocar de bens e serviços entre as pessoas. Visualmente, dependendo da nota de dinheiro que você tenha ai no seu bolso ou na sua carteira, este papel moeda é dividido em valores, figuras e cores individuais aqui no Brasil. Uma “grana preta” que atribuem status de poder a quem as possui.

Nas cédulas encontramos facilmente o busto da Efígie, uma escultura humana, símbolo da republica “A Efígie da rainha Vitória, no cunho das suas moedas, é, em toda a Terra, a mais preciosa representação da riqueza” (Eduardo Prado, Coletâneas,I,p.254). E dá para serem ricos todos os dias? O dinheiro quando chega logo vai embora.

No dia a dia desta grande selva humana criada pelo homem, a natureza nos oferece vários privilégios. Entre eles, é natural ver voando de mãos em mãos Beija-Flores disfarçados nas cédulas de R$ 1,00 real, mas quem nunca nadou no mar azul com Tartarugas Marinhas de R$ 2,00 reais? Também, há quem prefira descansar na paz lilás e serena da Garça Branca presente nas notas de R$ 5 reais, já em contra posição tem gente que adora viver o lado R$ 10,00 reais da vida agitada nas metrópoles nacionais, dividindo a barulhenta vida moderna com o cantar arrasador das Araras vermelhas. Entretanto, nos finais de semana nada de amarelar, pois é bastante saudável curtir uma programação familiar para visitar o Zoológico e encontrar-se com o quase extinto Mico Leão Dourado em R$ 20,00, mas quem sabe admirar de longe a majestosa e destemida Onça Pintada, um medo desejável nas cédulas marrons de R$ 50,00. Contudo, nada é tão agradável quanto viver o lado azul da vida com R$ 100,00... Fato comum para uns e sinônimo de luxo para outros.

Nesse sentido, viver uma vida feliz é o sonho projetado de todo homem e mulher. Na individualidade cotidiana das cidades o dinheiro ocupa um lugar de destaque, um bem necessário, no qual muitos sonhos estão atrelados a ele, dependem dele, precisam dele, se realizam a partir dele. Já a felicidade... Bem, essa não tem nada haver com o dinheiro, mas com a maneira como o homem enxergar essa felicidade, um problema que não esta no dinheiro em si, está nos planos do homem para ele.

Uma criança que nasceu rica vai gastar seu dinheiro de um modo, agora entregue R$ 100,00 reais a outra criança que nasceu pobre. Ela terá naturalmente outras necessidades de uso daquele valor. Isto é relativo variando do comportamento individual.

Detalhe:

• Em todas as cédulas encontramos a inscrição “Deus seja louvado”. Uma co-relação direta com o catolicismo comum ao povo brasileiro, sentimento massivo nas crenças nordestinas e abordado comumente nos causos nordestinos.

PAPEL MOEDA

O dinheiro, papel moeda em sua forma simples é emitida por um banco como meio de pagamento, ato de troca. Na sociedade moderna se materializa no cartão de crédito, débito, no cheque SUPER especial, no ouro, nas pedras preciosas... Todas essas vias são veículos de troca por mercadorias, além de status. Mas nem sempre foi assim.

A ideia do papel moeda nasceu no dia em que uma pessoa, necessitando de moedas correntes, entregou a outra um vale para trocar de mercadorias e materiais (ouro, prata, ferro e cobre). Depois, dado o pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do eminente.

No Brasil as primeiras ordens de pagamento circulando como papel moeda foram emitidas pelos holandeses em Pernambuco ainda no século XVI. Inicialmente, o homem comercializava as trocas de forma simples, o chamado “escambo” onde, não se inseria no objeto (de posse e desejo) o valor “comercial” digamos assim, mas o valor para saciar uma necessidade, um desejo, um sonho. A mercadoria (material ou humana) era avaliada pela sua quantidade ou pela força de trabalho. No país, entre outras, circulavam o pau-brasil, o negro escravizado, o açúcar, o cacau, o tabaco, etc. Após este longo período, não demorou muito para iniciar o processo de falsificação da moeda.

Etimologicamente, a palavra “moeda” proveem do nome do lugar onde se cunhavam moedas na Roma antiga: em uma casa situada ao lado do templo da deusa Juno Moneta, sob sua proteção.
A deusa Juno e a mesma divindade cultuada no ritual de fertilidade da terra e do homem, nas celebrações ditas “pagãs” na antiguidade. A Juno era atribuída à festa do solstício do verão Europeu, do fogo, louvação ao sol, das colheitas... A deusa da agricultura. Aqui no Brasil celebramos no mesmo período a colheita do milho em comemoração a São João Batista, adaptação cristã para festeja agora São João Batista, São Pedro, São José e Santo Antônio para realizar o sonho do casamento.

SANTO ANTÔNIO – LÍRIO, PÃO E CASAMENTO

Escolher símbolos é uma arte. Usar e explorar a linguagem simbólica são um dos mais valiosos recursos da comunicação. A cultura cristã explora com maestria a linguagem simbólica, em particular quando associa símbolos à vida de alguns de seus mais distintos heróis. Uma das figuras mais destacadas na hagiografia católica é certamente Santo Antônio, assim como, seus símbolos como o lírio e do pão. Estes elementos, quando inseridos no contexto da vida de Santo Antônio, adquirem uma formidável dimensão catequética.

O lírio sinaliza a pureza do coração, uma das bem-aventuranças que caracterizam o Reino. Ser puro de coração indica uma personalidade definida, um sujeito de coração, e sentimentos, não divididos. Um sujeito sincero, franco, que se comporta sem segundas intenções. Uma pessoa liberta, enfim, que encontrou o sentido da vida e nele persiste de uma maneira serena e convincente, independentemente de avaliações e aprovações alheias. Retrato oposto ao homem moderno, tão cheio de engenhocas e confortos vazios, de poucos valores ou ideais.

Na Grécia Antiga, os lírios enfeitavam as cerimônias matrimoniais e seguindo o costume da época, as noivas completavam seus trajes com uma coroa de lírios, indicando a pureza, e ramos de trigo, simbolizando a fertilidade. Segundo a tradição católica, quando Santo Antônio morreu, os campos estavam repletos de lírios brancos - flores que, no imaginário popular, estão associadas ao casamento, à doçura, à inocência, à pureza de alma.

Figura emblemática, Santo Antônio teve sempre sua imagem associada a um homem simpático, disponível a resolver os problemas sentimentais de todos que o procuravam “(...) a sua popularidade está mesmo relacionada às graças que realiza envolvendo o amor e o casamento”. É a definição mais popular sobre o frade franciscano também reforçado por Mário Ribeiro, historiador quando descreve a vida do santo na Cartinha do Ciclo Junino de 2008 – desenvolvida pela Prefeitura do Recife.

Na China, o lírio é o símbolo da maternidade. Por toda essa simbologia o lírio é uma das flores mais usadas para ornamentar casamentos em arranjos e também para compor os buquês das noivas. Elemento da natureza, flor e folhas transformadas em um símbolo sagrado.

ÁRVORES SAGRADAS

O Jardim do Éden, Jardim das Delícias ou Paraíso Terrestre é na tradição das religiões abraâmicas o local da primitiva habitação do homem.Na tradição bíblica, o Jardim do Éden, do hebraico Gan Eden, גן עדן, é o local onde ocorreram os eventos narrados no Livro do Génesis (Gen., 2 e 3), onde está descrita a forma como Deus cria Adão e Eva, planta um jardim no Éden (a oriente), do qual também, plantou ao centro, a Árvore da Vida, indicando ao homem que havia criado aquilo, para ele cultivar guardar.

A ordenança dado por Deus seria a de que o Homem podia comer os frutos de todas as árvores do jardim, exceto os da árvore do conhecimento, do que é bom e do que é mal. Ao desobedecer esta ordenança e comer esse fruto proibido, Deus expulsa o homem do jardim.
• Génesis 2:9
"Jeová Deus fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." - NM - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, (1986)

A relação do homem com a natureza é antiga, remonta não apenas as escrituras sagradas da biblia, em defesa do criacionismo humano (visão católica para a criação do homem na terra), mas também na teoria evolucionista que defende a origem do homem seguindo uma lógica ancestral, fato analizado por Charles Darwin na Teoria da Evolução das Espécies.

Na infância, toda criança adota o hábito de fazer muitas perguntas para seus pais (quem é pai e mãe sabe muito bem do que estou falando) e, entre essas várias perguntas, saem perolas delas e dos pais para responder e não ficar de saia justa “mãe, pai... Eu quero dinheiro, onde eu pego?” os pais para manter o sonho na mente do filho, sem forçar o pensamento infantil para explicar burocráticamente o real sentido de como se ganha dinheiro, respondem em tom de brincadeira “dinheiro dá em árvore menino(a), amanhã eu vou buscar”.

Ter uma árvore de dinheiro no quintal, vê-la frutificar e poder recorrer a ela sempre que a situação complicar. Esse é o sonho de muita gente, infelizmente dinheiro não dá em árvore... Pelo menos na vida real, já na fantásia de um causo nordestino, o imaginário é possível de ser real, como o próprio sonho. Uma sorte verde, cor da esperança e do sonho de ter uma vida melhor. Assim, esse universo lúdico de criança tem prazo de validade para acabar ao crescer, porém por alguns anos faz a cabeça da garotada.

OBS: A criança falando à cima fui eu na infância, fiz esta pergurta a minha mãe quando tinha 7 anos, ela me enganou direitinho... (risos), mas com este ato e muito outros ela só me ajudou a ser esta criança grande e imaginosa que me tornei.
Anderson Gomes/ Produtor Artístico

Trabalhar a vida inteira, derramar todo o seu suor para construír algo seu e colher o fruto de sua luta amanhã é como uma árvore de dinheiro que, foi regada por você a vida inteira e, agora é justo que você aproveite da sombra que ela produz. Entretanto, há diversas classificações para tipos de árvores e suas simbologias associadas na cultura de cada civilização:

 Jardim do Éden: árvore do conhecimento, ávore do Paraíso, árvore do fruto proíbido;
 No mundo ocidental cristã ainda temos a árvore de natal;
 Grécia: A oliveira um símbolo de beleza, força, da bênção divina e da prosperidade;
 Babilónia: Havia um jardim, em que, uma árvore Sagrada mistériosa foi plantada pelos deuses, protegida por espíritos guardiões para nenhum homem tocá-la;
 Assíria: Uma árvore sagrada guardada por duas criaturas aladas;
 Egito: Os antigos egípcios, também possuíam lendas similares, sendo que, numa delas se apresentava a crença de que, depois da morte do Faraó, havia uma árvore da vida da qual teria de comer para se sustentar no domínio do seu pai, Rá no pós-vida;
 E muito outros povos: fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, aztecas, javaneses, japoneses, chineses e indianos.

É notável que deuses fantásticos e a própria sociedade tenham comparado o homem ao significado de assumir a personalidade de uma árvore. Notemos como metaforicamente, nós somos chamados pela vida para darmos frutos independentes do local onde fomos plantados (nascidos). Não importam as condições do terreno, mas sim a nossa perseverança em frutificar.

Plantados em solos hostis para ali darmos os frutos necessários naquela situação sem desanimar, pois colhemos o que plantamos. Há também conosco um período de amadurecimento para que possamos frutificar abundantemente no futuro! Durante esse período vamos crescendo em estatura física e intelectualmente até atingír-mos a maturidade plena, fato infindável de acontecer, tão fundamental para vida...