No decorrer da história da sociedade homens e mulheres
apreciavam valores e significações diferentes frentes aos diversos padrões de
beleza, já existentes na idade antiga. No entanto a busca incessante pela
aparência ideal e o culto ao corpo perfeito ganhou mais ênfase na massa atual.
A mídia e a indústria da moda a cada dia impõem mais estereótipos de força e
magreza a serem seguidas pelas pessoas. Porém nem sempre os resultados desta
vaidade são satisfatórios.
A origem do culto ao corpo está remota
a antiguidade. Os gregos acreditavam que a estética e o físico eram tão
importantes quanto o intelecto na busca pela perfeição. Na contemporaneidade, a
pressão dos ideais de beleza imposta através dos meios midiáticos e por medo da
rejeição social, a valorização das proporções quiméricas, tornou-se uma
obsessão global.
Cada vez mais jovens homens e mulheres
se submetem a métodos artificiais para alcançar a simetria perfeita. Uma
pesquisa realizada pelo IBGE, com mais de cem mil estudantes brasileiros, entre
13 e 17 anos, apontou que 31% das meninas fazem regime e 21% dos meninos se
preocupam em ganhar massa muscular e peso. E ainda entre os rapazes, 6%
alegaram usar algum tipo de medicamento ou fórmula.
Vale ressaltar que a vaidade para
alcançar as medidas ideais nem sempre consiste na melhores intenções. Muitos se
submetem a regimes impróprios, que acabam resultando em doenças crônicas,
distúrbios alimentares e em algumas situações, até a morte. No caso dos
esteróides e anabolizantes, segundo a sociedade brasileira de endocrinologia e
metabologia (SBEM), o uso incorreto desses produtos e sem recomendação médica,
geram gravem conseqüências, tais como a esterilidade e a impotência sexual. Uma
tirania insólita da dita perfeição física.
Portanto, a constante busca pela
aparência ideal, parte de uma perspectiva narcisista, em que o homem
contemporâneo, nas palavras da historiadora Mary Del Priore, serve ao corpo em
vez de servi-se dele. Contudo é necessário entender a individualidade de cada
um, buscando uma perfeita harmonia na integridade da beleza corporal. A fim de
que esta busca, torne-se uma atividade prazerosa e não a atrição do próprio
ser.
Aluna: Líbna
Monteiro
Professor: Diogo Didier
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