11 maio 2014

Homofobia: a intolerância que mata


Entre a diversidade e a violência 

     Mesmo em pleno século XXI, ainda predominamos numa sociedade enraizada no patriarcado e no conservadorismo. Em que a prática da homossexualidade é considerada uma patologia e uma banalidade ao convívio social. Sociedade, esta, que não admite o direito fundamental das pessoas terem e assumirem uma identidade de gênero que não compatibiliza com seu sexo biológico. Resultando na intolerância e violência sofrida por esses indivíduos.

     A violência crônica que atinge a comunidade LGBTT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) brasileira, aumenta as estatísticas de homicídios, agressões psicológicas e morais. Segundo um estudo realizado pelo Grupo Gay da Bahia(GGB), o Brasil está em primeiro lugar no ranking mundial dos assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de todo planeta. Um percentual absurdo para uma sociedade que se alega laica.

     Muitas são as causas que levam o permanente estado de violência em razão da identidade de gênero dos LGBTT. Só em 2013 foram contabilizados 312 assassinatos no Brasil. Sendo o Nordeste campeão desta atrocidade. Uma realidade que mancha de sangue e de impunidade a sociedade e o estado brasileiro.

     Mas, a homofobia vai além. Ela implica na hierarquização das diferentes sexualidades e a ditadura de que a heterossexualidade é a norma, padrão de sexo normal, correto e natural. Em que não comporta a diversidade. Entretanto já dizia a letra de uma música dos mamonas assassinas "Um ser humano fantástico, com poderes titânicos...Gay também é gente."

     Portanto, a homofobia é uma violência fomentada pela intolerância de uma sociedade preconceituosa. No entanto, é necessário um trabalho contínuo dos movimentos sociais e da denúncia de crimes e violações dos direitos humanos. Combatendo a violência contra os homossexuais, levando a cabo a urgente aprovação, pelos nossos congressistas, de um projeto de lei que criminaliza a homofobia. A fim de que essas estatísticas nem se mantenham, nem sustentem a barbárie da cultura da intolerância.

Aluna: Líbna Monteiro
Professor: Diogo Didier

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