Meu corpo, minhas regras
Por muito
tempo, a mulher foi vista como um ser submisso ao homem nos mais variados
aspectos. Essa mentalidade empobrecida perpetuou por décadas e até hoje ainda
há pessoas que pensam dessa maneira. Embora ascendida socialmente, a atual
situação feminina tem desafios a serem vencidos, e o maior deles é a luta
contra o estupro, o qual apesar de terem seu espaço invadido por outra pessoas,
são vistas por alguns como culpadas.
Ultimamente,em uma pesquisa sobre o estupro, o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgou que 66,5% das mulheres entrevistadas, afirmavam que mulheres que usam roupas que mostram o corpo, merecem ou são culpadas por serem atacadas. Após gerar revolta e indignação de boa parte da população, o Instituto divulgou um erro na pesquisa, onde, na verdade, 26% dos entrevistados afirmavam isso.
Embora não seja a maioria, percebe-se que muitos veem a mulher como culpada por serem atacadas. Para esses, o fato de usar uma roupa curta, a torna vulnerável e dá o direito ao homem de invadir seu espaço. Porém, de acordo com Jéferson Drezett, coordenador do Serviço de Violência Sexual, 70% dos casos de estupro acontecem durante situações cotidianas e a maioria das vítimas não usava roupas provocantes na hora do ataque, o que desconstrói a crença de que a vítima tem culpa pela violência.
Assim, o que se vê é que a luta das mulheres é simplesmente pelo direito de posse do seu próprio corpo, de vestir-se e comportar-se da maneira que desejar, assim como os homens. O problema, como diria Kurt Cobain, é que os grupos que lidam com o estupro tentam ensinar as mulheres como se defender, quando o que precisa ser feito é ensinar aos homens a não estuprar.
Aluna: Dayane Silva
Professor: Diogo Didier
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