11 maio 2014

Deficientes físicos: como sobrevivem nesta sociedade ineficiente?


A real complexidade de uma vida “defeituosa”

   Vive-se em uma sociedade cujos modelos de integração, sejam quais forem, são incoerentes com a realidade apresentada. Nesse contexto, diversas pessoas são eliminadas no processo seletivo da vida em cidadania, na qual, segundo o darwinismo social, apenas os mais fortes sobrevivem. Os considerados incapazes estão, no fim das contas na base da pirâmide, vítimas da humilhação e do desleixo por não se adequarem ao perfil do ser humano como mão-de-obra.

   Em busca de um futuro promissor, apesar das dificuldades, os deficientes têm demonstrado competência suficiente para desenvolverem tarefas nos diversos campos de trabalho. No Brasil, de acordo com estudos do Instituto de Sociologia da UnB, 3 a cada 10 portadores de qualquer tipo de deficiência conseguiram um emprego adaptado às suas condições. Um quantitativo ínfimo, se levarmos em conta todas as exigências do atual mercado capitalista.

   Além das complicações para se ter uma vida financeira estável, a própria população corrobora com a inferiorização do portador. Olhares de indiferença ou pena são comuns de um povo bitolado a estereótipos e atos preconceituosos como “ele não sabe se virar sozinho” ou são taxados de fardo familiar.

   As políticas públicas referentes à adaptação urbana para essas pessoas especiais não tem surtido o efeito desejado. Poucas são as rampas de acesso e, como mostram os programas televisionados, os elevadores dos transportes públicos muitas vezes se encontram danificados ou em péssimo estado de conservação.

   Visando atender todas as necessidades dessa parcela “invisível” da população, é preciso que haja mais oportunidades de emprego e uma melhor estruturação das cidades. Afinal, incapaz é quem não vê no outro a força de vontade e responsabilidade para ter sucesso em todos os sentidos da vida.


Aluno: Bruno Nascimento
Professor: Diogo Didier

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