Responsável pela
agregação social em que brancos e negros, pobres e ricos deixam suas diferenças
de lado e se misturam formando uma grande multidão, cultuando uma mesma
cultura. O carnaval é uma das festas em que os dias são vividos num verdadeiro
“carpe diem”, sem limites e sem tristeza, embora haja problemas e dificuldades.
Assim, retrata-se essa festa como uma carapaça para encobrir de forma
momentânea as lacunas sociais.
Época em que são esquecidos os fatos sociais e coloca-se
em primeiro lugar a diversão, o prazer, são umas das principais características
do período carnavalesco. Pessoas que vivenciam durante todo ano a realidade,
entre esse espaço de tempo vivem a utopia propiciada, muitas vezes, pelas
políticas públicas com blocos e atrações. Indivíduos estampam no rosto a
felicidade e as necessidades tornam-se passado. Logo, equipara-se a política do
“Pão e Circo”, introduzida no Império Romano para acalmar os ânimos dos pobres
e miseráveis.
Assim, deparamo-nos com a verdadeira realidade do
carnaval, na qual pessoas destroem e são destruídas, em que drogas lícitas e
ilícitas são o auge do prazer. Porém, é carnaval, neste período tudo pode, tudo
é motivo de alegria e nada de pensar em tristeza, pois o momento é de
extravasar. Desta forma, vidas são ceifadas, mas passam despercebidas, jogadas
ao mausoléu, apenas mais um teatro da vida para a sociedade do espetáculo.
Contudo, a disparidade é algo constante antes, durante e
depois do período carnavalesco. Desta maneira, enquanto uns nestes três tempos
verbais pulam e se divertem, outros choram e se entristecem com as perdas, com
os males que permanecerão para sempre, marcas incuráveis. Com isso, permanecem
as vítimas, as quais voltam para o mundo real com grandes despesas a pagar, com
a vida mais fútil do que era antes.
Portanto, é indiscutível a alienação propagada nesse
período em que pessoas acabam esquecendo que são sucumbidas por certos poderes
e que existem dificuldades a serem resolvidas. Nesse caso, é preciso uma certa visão
mais crítica das pessoas para que consigam não apenas ver o lado satisfatório
do carnaval, e sim a negatividade, fatos devem ser analisados.
Aluno: Alisson Ulisses
dos Santos Silva
Professor: Diogo
Didier
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