Nas
ruas, jogadas nas calçadas e entregues ao perigo e à escuridão da noite. Esta é
a realidade de muitas crianças no cenário urbano de nosso país, onde estas têm
que suportar as formas mais opressivas da sociedade: a marginalização e a
exclusão. Contudo, isto é mais uma barreira a ser enfrentada por estes
moradores de rua que ainda sonham em acordar em um lugar onde a tristeza é
esquecida.
As ruas, desde outrora, acomodaram
pessoas que buscavam nelas o brilho do luar e a beleza de um céu estrelado.
Entretanto, o que era para ser um conto de fadas infantil acabou virando um
cenário de horror. Hoje, as ruas abrigam uma legião de crianças que foram
abandonadas, expulsas de casa ou que não tiveram oportunidade na vida e, agora,
almejam apenas um prato de comida e uma educação que lhe possa mostrar a outra
face deste dia a dia tão árduo.
Vale pontuar que nossa sociedade
deturpa, da forma mais agressiva possível, a imagem destes pequenos
desprovidos. E isto é notório quando vemos pessoas criando estereótipos de
ladrões, drogados e, na maioria das vezes, vagabundos. Todavia, esta mesma
sociedade se esquece de que esses “pivetes” estão naquela situação, não porque
querem ficar nela, mas sim porque precisam. E quando eles mais precisam de nós,
viramos as costas.
Se faz importante salientar, também,
que o governo não disponibiliza condições favoráveis à sobrevivência destas
crianças, fazendo com que elas passem quase despercebidas no cotidiano se não
fosse o desprezo de muitos transeuntes. Logo, o meio mais simples e rápido de
se conquistar algo para diminuir a fome é, por vezes, o roubo, o qual, se torna
aliado nesta caminhada difícil e sem subsídios para articular um esquivo dessa
vida.
Devemos nos conscientizar sobre esse
mal urbano nos desprendendo de estereótipos criados para denegrir a imagem dos
pequenos moradores de rua. Quanto ao governo, este deve realizar ações que
possam retirar estas crianças das ruas, dando a elas uma boa educação, saúde,
alimentação e proporcionar às mesmas o direito vital do ser humano: o ato de
sonhar.
Aluno:
cléston Francisco
Prof°.
Diogo Didier
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