Negros no Brasil: A dicotomia entre o sucesso e a
liberdade.
Sob os chicotes dos seus senhores e
das marcas cravadas em suas almas, os negros sobreviveram por muito tempo com
rastros de um período duro e escravista. Hoje, apesar de se ter passado um bom
tempo, os traços da violência ainda persistem em permanecerem abertos, e estes,
substituídos apenas, pelo açoite da desigualdade, ignorância e discriminação.
Fruto de uma herança lusitana e de
uma sociedade estratificada socioeconomicamente, o Brasil em seus segmentos,
ainda é um país, onde os negros possuem poucas oportunidades; seja nas escolas,
um cargo na política ou até mesmo na busca por um emprego. Nesse sentido, o
preconceito incubado de uma grande parte das pessoas, aliado a falta de
oportunidades, resulta na imagem do negro, ligado a pobreza, ou melhor, a
marginalidade.
Entretanto, os negros, em meio das
tantas dificuldades enfrentadas, têm buscado galgar, mesmo que lentamente, um
espaço perante a sociedade. E de fato, isso vem acontecendo, seja através da
arte, política, educação ou até mesmo na realidade dos negros legitimada pela
música. No entanto, apesar de certos avanços, não podemos usar os poucos
exemplos, se comparado ao total de habitantes no mundo, que conhecemos e
alcançaram o seu espaço, como tese para fantasiar a ideia de uma melhoria no
país.
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE
mostra que a taxa de homicídios dos jovens negros é 74% maior que a taxa de
homicídios de jovens brancos, em qualquer estado do país. Tal resultado mostra
não só o preconceito presente no Brasil, mas também como os negros ainda
representam o segmento mais frágil de nossa sociedade.
O abolicionista Joaquim Nabuco já dizia,
“Não basta extinguir a escravidão, é preciso acabar também com a sua obra”.
Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que se traga à tona, o
respeito mútuo entre as pessoas, e o espírito de convivência e cidadania; além
é claro, de uma boa educação e investimentos suficientes para subtrair não só o
preconceito e a discriminação contra os negros, mas para também, libertá-los de
vez, dessas amarras ligadas a pobreza e a exclusão.
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