O peso da idade
Na mitologia, a fonte da juventude
era um rio que saia do monte Olimpo e passava pela terra; como vinha dos
Deuses, o rio seria capaz de rejuvenescer a quem bebesse de sua água. Hoje,
porém, a água deu espaço aos produtos estéticos e os Deuses tornaram-se os
padrões impostos pela sociedade, as quais se materializam pelo protótipo de
feições jovens e muitas vezes superficiais.
Em meio à necessidade de um consumo
desenfreado, as clínicas estéticas, academias e uma variedade de cremes, surgem
para atender e acobertar as marcas do tempo nas pessoas. No desejo de se
encaixar nos moldes exigidos na/pela sociedade, as pessoas se submetem as horas
de tratamentos, deixando para segundo plano, os valores éticos e morais, além
dos limites da vaidade.
Ao vender sonhos de beleza eterna, as
indústrias cosméticas em parceria com os meios comunicativos, vendem a ideia de
que para ser feliz é preciso ser jovem e bonito. Embora o mercado publicitário
agregue a ideia da beleza ao conceito de saúde e inteligência, fica implícito
na mensagem, que a essência das pessoas foi perdida em um pote de um caro creme
rejuvenescedor.
Segundo o Instituto Brasileiro de
Cosméticos, o número de pessoas, na maioria mulheres, que vem recorrendo aos
usos de produtos de beleza corresponde aproximadamente a 63,5%, ou seja, mais
da metade. Entretanto, os homens também não ficam atrás, na busca pelo corpo
‘’aparentemente’’ saudável, eles acabam fazendo o uso das academias ou até
mesmo de anabolizantes. Ambos, movidos pelo desejo de continuarem jovens e
bonitos.
Nunca se deu tanta atenção à beleza e
ao medo de envelhecer quanto hoje. No entanto, da mesma forma que o belo e o
jovem são pautados como fundamentais outros fatores também são. Portanto, é
preciso deixar que as marcas do tempo emanem sobre a nossa pele e as pessoas
passem a valorizar o interior de cada um, porque no final não é a jovialidade
que vai importar e sim o nosso caráter.
Aluno: Paulo Ricardo Mendes da Silva
Professor: Diogo Didier
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