21 junho 2013

No país das necessidades, o que deve ser prioritário?


A chegada do futebol ao Brasil aconteceu em 1894, e foi trazido por Charles Miller da Inglaterra. Este esporte se desenvolveu com muita adesão à cultura e assim tornando-se hoje uma paixão nacional, algumas vezes até fanática em parte da população. Desta maneira, se torna evidente a alienação social proporcionada, na qual a massa se sente numa situação confortável, mesmo sem nem ter acesso às necessidades básicas.

            Certamente, além de toda a carência estrutural a que estamos submetidos, a nação está quase que por completa defasada em relação a outros países, tanto desenvolvidos quanto sub. Dados do jornal Folha de São Paulo comprovam isso, mostrando que o nosso país ultrapassou os 26,5 milhões em gastos com a copa do mundo até o mês de fevereiro deste ano. Isto é só um dos muitos reflexos da falta de investimentos por parte de políticas públicas que regem o Brasil.

            No entanto, o superprestígio dado ao futebol gera uma desvalorização sobre os demais esportes, como também um ideal identitário, ou seja, muitos jovens, principalmente os de baixa renda, têm como sonho estar "entre as quatro linhas", que sobretudo significa dinheiro e fama. Neste país, onde o futebol é colocado acima de tudo, também é notável o fanatismo extremo, gerando às vezes violência, e até machismo, pouco valorizando as mulheres.

            Sem dúvidas, mesmo com todo esse sentimento de união, propagandas, reformas e melhorias, a copa vai passar, e todos estaremos de volta a nossas vidas monótonas e ciclo-viciosas como atualmente são. Sem falar, que boa parcela vai estar de mãos dadas, logo não irá importar cor, raça, nível social e opção sexual, mas isso só durante o evento. Ainda é importante destacar que mesmo com todas as necessidades que oprimem a sociedade, a nação possui verba para supri-las.

            Sendo assim, cabe aos governantes priorizar e suprir as necessidades básicas e estruturais, principalmente em relação a educação, que é tratada como mediação banal. E a população não se deixar dominar pelas influências futebolísticas e machistas, valorizando também outros desportos e as mulheres inseridas neles. Pois, em um país em que não se dá nem "conta do recado", se deseja prosperidade em época de copa. Afinal, o que realmente importa e ser hexa campeão mundial.


Aluno: Hugo Silva
Professor: Diogo Didier

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