19 maio 2013

Um fim sem fim - por Welber Oliveira



          A ideia de “fim do mundo” tem gerado diferentes formas de encarar o planeta como um verdadeiro lar. Os antigos Maias acreditavam que esse fim era mais um rito de passagem do que um findar humanitário propriamente dito. E, por mais falhas que tenham sido tais profecias, os seres humanos ainda polemizam-nas refletindo através destes questionamentos sua crença e medo de um fim próximo.

    Segundo o psicólogo norte-americano Bruce Hood, “nascemos com o cérebro desenhado para encontrar sentido no mundo.” Tal citação pode ser caracterizada pelo medo que existe em acreditar exageradamente num fim para a humanidade como forma de desviar-se dos demais problemas que se fazem presente atualmente, como por exemplo: os buracos na economia e as porcentagens exageradamente preocupantes.

         No atual século é possível ainda estabelecer uma base de estudos voltados ao destino da humanidade, baseando-se tanto em fatos religiosos quanto histórico científicos. Biblicamente, o apocalipse acontecerá em questão de tempo. No mundo, cerca de metade da população baseia sua vida no cristianismo; que por sua vez acredita no fim como eterno, e/ou para dar lugar a um novo começo, considerando as diferentes e modernas maneira de interpretar o fim dos tempos.

        A astronomia, a geografia e outras ciências por sua vez, encorajam ainda mais a crença nos fenômenos naturais como sendo indicativos de um fim próximo. A passagem de cometas, os vários terremotos e inundações que vem assustando o planeta recentemente, tem trazido ainda mais perturbação na mente humana. Isso se dá devido a constante mudança similar da mente, enfatizando utopicamente algo que deveria ser encarado como natural.

       É difícil dizer se vão ocorrer grandes ou pequenas catástrofes, mas já se sabe que a intensidade das catástrofes vai crescer. Isso por que o mundo é como um espelho: reflete a ação do homem, e em resposta disso usa a natureza como resposta. Portanto, desprendendo-se de tabus proféticos e mitológicos, o mundo seria um lugar realmente habitável; e, isso por sua vez refletiria a melhoria na ação exercida pelo homem à natureza, aperfeiçoando assim, o equilíbrio pré-estabelecido nos primórdios da humanidade. 

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