Por Arlete Gavranic*
A sexualidade é o aspecto mais conflituoso,
controverso e desconhecido do ser humano. A nossa cultura lida mal com esse
importante aspecto da vida e, para agravar, cria modelos estanques nos quais
pretende encaixar e classificar as pessoas. Esses moldes, muitos dos quais
baseados apenas no preconceito e na falta de informação não permitem que sejamos
exatamente aquilo que somos ou poderíamos ser.”
A homossexualidade é uma das primeiras grandes
divisões em relação à orientação sexual, que designa o interesse e a atração
sexual por indivíduos do mesmo sexo(*Silvério Oliveira).
A orientação sexual é um processo interno,
psico-afetivo e não uma doença ou opção. Afinal, ninguém acorda de manhã e se
questiona: vou me relacionar com homem ou mulher? Esse processo interno
psico-afetivo pode ser traduzido da seguinte forma: integração do corpo às
vivencias sociais e a elaboração emocional dessa sexualidade
A OMS Organização Mundial de Saúde, há mais de
10 anos (1993) - conjuntamente com a revisão e publicação da 10º edição da
Classificação Internacional de Doenças (CID 10) - não considera homossexualidade
como doença mental. Segundo o DSM III – Manual de Diagnóstico e Estatística das
Perturbações Mentais publicado pela American Psychiatric Association – a
homossexualidade deixou de ser considerada perversão e passou a ser designada
como estilo de comportamento.
No Brasil desde 1985 o Conselho Federal de
Medicina não considera homossexualidade como desvio sexual.
Homossexualismo e
homossexualidade
Todos esses fatores nos fazem ter cuidado de
não mais falar em homossexualismo, pois o sufixo ‘ismo’ está relacionado a
patologias, portanto, hoje devemos falar em homossexualidade.
Segundo o psiquiatra Ronaldo Pamplona, a
sexualidade é o aspecto central de nossa personalidade, por meio da qual nos
relacionamos com os outros, conseguimos amar, ter prazer e procriar.
“A sexualidade é o aspecto mais conflituoso,
controverso e desconhecido do ser humano. A nossa cultura lida mal com esse
importante aspecto da vida e, para agravar, cria modelos estanques nos quais
pretende encaixar e classificar as pessoas. Esses moldes, muitos dos quais
baseados apenas no preconceito e na falta de informação não permitem que sejamos
exatamente aquilo que somos ou poderíamos ser.”
A homossexualidade ganha espaços pessoais.
Questionamentos sobre união civil homossexual, adoção por casais homossexuais e
outros, têm sido motivo de constantes estudos e defesas.
Muitas ONGs e instituições buscam
reconhecimento desses direitos, entre elas, a Associação da Parada do Orgulho de
Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgênerosfundada em 1999, como uma organização
da sociedade civil em defesa da diversidade sexual. Sua missão é lutar por uma
sociedade mais justa e inclusiva, que reconheça direitos iguais para todos.
Visto no: Uol
*Arlete Mª Girello Tavares Gavranic é
Psicóloga, Mestre em Educação; Educadora e Terapeuta sexual
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