22 abril 2012

Salvar a natureza é salvar a humanidade


Transformar a terra num lugar habitável onde todas as espécies pudessem viver harmoniosamente sempre fez parte da filosofia humana. Para isso, nossa espécie fez significativas mudanças no cenário do planeta, adaptando-se a ele desde as terras mais áridas até aos confins gelados dos polos. Esse povoamento, no entanto, trouxe também consequências drásticas ao meio ambiente. Hoje problemas com a poluição do ar e dos mares, o desmatamento das florestas, assoreamento de rios fizeram com que o ecossistema entrasse em alerta e com ele toda a vida existente no planeta. Mesmo consciente dos maus causados a natureza, o homem infelizmente não tem feito nada muito expressivo para reverter os danos causados ao seu hábitat. Pelo contrário, ele continua a ser o seu mais voraz predador, sem mensurar os prejuízos que isso pode acarretar para o seu próprio futuro.
 
O homem tem acabado paulatinamente com o planeta. Dentre os inúmeros fatores que confirmam tal constatação, o principal é indubitavelmente a nossa cultura do consumismo. Há quem diga que ela eclodiu com a Revolução Industrial no século XVIII, momento histórico do qual o mundo sofreu profundas transformações econômicas e estas foram contundentes para o surgimento de um novo comportamento social. De fato, este período foi determinante para o meio ambiente, uma vez que o progresso exigia cada vez mais da natureza para alavancar suas riquezas.
 
Entretanto, acredito que a necessidade de extrair demasiadamente das nossas reservas naturais os recursos que ela dispunha, antecede à Revolução. A humanidade, ao que parece, utilizou tudo que o meio ambiente pode fornecer, mas nunca teve a real preocupação com a preservação deste. Cultura esta que ganhou uma maior dimensão com o advento da globalização, a qual consolidou um mundo “moderno” que lamentavelmente não consegue equilibrar uma vida sustentável.
 
Sustentabilidade que percorre congressos importantes por todo o mundo, que serve de temas para calorosos debates, que é constantemente usada como um amuleto do qual irá salvar a terra de todos os males causados pelo seu principal predador, o homem. Em contrapartida, sustentabilizar um modelo de vida que consiga acoplar o desenvolvimento social fincado no consumismo, numa sociedade dita como vanguardista, com a preservação da natureza em sua totalidade, parece ser mais difícil do que se imaginava. Muita discussão e pouca ação. Teorias vazias, ideologias controversas e pouca perspectiva de mudança fazem com que a sustentabilidade tão sonhada tenha a sua concretização postergada.
 
Enquanto isso, fingimos que estamos ajudando o planeta com singelas campanhas de conscientização ambiental superficiais que não focam o real problema da natureza: o descaso que o homem tem com o seu habitat. Ao invés disso, criamos paliativos nomeados de sustentabilidade que, de certa maneira, são importantes, porque desperta na sociedade uma certa consciência ambiental da qual, talvez não no presente, mas num futuro não tão distante, possa colher frutos positivos em prol da natureza. Contudo, temos que ir além dessa discussão é centralizar o olhar numa educação ambiental transformadora, que desde a infância integralize cada individuo com o seu ambiente e faça-o entender a necessidade de preservar o planeta, para que a sua vida e as dos demais a sua volta não seja afetada.
 
Reduzir o consumo de coisas supérfluas, reciclar matérias primas renováveis e reutilizar o que for possível são estratégias louváveis para a salvação e, sobretudo perpetuação das riquezas naturais, porém não se pode limitar a apenas isso. O consumo consciente não vai salvar a terra, se antes disso não for revista à cultura do consumo social dos “Ipads”, “Ipods”, dos celulares que mais parecem bússolas, das imposições midiáticas que impelem para a sociedade um modelo de vida baseado no ter, no possuir e, consequentemente no extrair do meu ambiente a maior quantidade de recursos, mas sem a preocupação de garantir que eles sejam repostos na mesma proporção com que foram retirados.
 
As previsões apocalípticas sobre o desequilíbrio ambiental não são apenas teorias fantasiosas dos cientistas que se dedicam a alertar ao mundo que o planeta está sofrendo com a ação humana. Nem tão pouco é o ultimato de que a terra não tem mais salvação. São pequenos avisos sobre o cataclisma vivenciado pela terra ao longo do tempo e que se nada for feito imediatamente, no futuro as próximas gerações não poderão usufruir de um ambiente salubre. Os sinais já são visíveis nas manifestações que o meio ambiente externa com chuvas descontroladas, secas atemporais dentre outras exposições claras de que a terra não está mais suportando o alto grau da interferência humana. Por isso, antes que algo drástico realmente ocorra é preciso que a sociedade mude seus hábitos para que o planeta se torne um lugar eternamente benéfico a todos.

6 comentários:

  1. Diogo:

    Sem a natureza o Homem simplesmente deixa de existir. Linda postagem. Linda semana. Abraços querido.

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  2. Olha parabéns por trazer esse tema aqui no seu blog, é um assunto muito pertinente para discussão, afinal cada vez fazemos menos pelo planeta em que vivemos e que dependemos totalmente dele para a nossa existência.

    Quanto ao texto que vc leu no meu blog e pediu para publicar aqui no seu blog, ele não é meu é de um colunista que escreve no meu blog, o Dieison, mas vou pedir para ele se ele autoriza a reprodução do texto :)

    Abraços

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  3. LAMENTAVELMENTE,CHEGAMOS EM UM NÍVEL DE CONSUMISMO IRREVERSÍVEL. NINGUÉM ABDICARÁ DE SEUS RECURSOS LUXUOSOS EM PROL DE UMA SUSTENTABILIDADE, DE UMA CONTINUIDADE DA ESPÉCIE,QUE NÃO TRARÁ UM BENEFÍCIO INSTANTÂNEO.

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  4. Olá meu anjo lindo!
    Perdoe-me a ausência.
    Infelizmente o trabalho e alguns problemas pessoais não tem me permitido visitá-los como gosto.
    Mas saiba que não o esqueço viu?

    Fica com meu carinho.
    Beijos floridos

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  5. Oi, Diogo, meu querido! Obrigado, em primeiro lugar pelas visitas gentis enquanto estive ausente.

    Olhe, eu não acredito no discuros da sustentabilidade por uma série de razões mas a principal é a de que ela (a discussão) vem de cima para baixo. outro dia numa roda de conversa informal sobre a proibição de sacolinhas plasticas em BH eu falei: por que não proíbem também a insústria de nos vender coisas embaladas em isopor, sacos plásticos e outras embalagens não renováveis? Só o consumidor é que tem responsabilidade ambiental? Como havia empresário no meio da roda, a conversa não progrediu e ainda me olharam com aquela velha cara de quem não gostava de "subversivos". rsrs.

    Acho louvável a conscientização, desde que atinja a todas as camadas da população. Sem contar que quem mais polui e destrói irreversivelmente é exatamente a industria em geral e não a população.

    Muito bom o seu texto, meu amigo (pra variar).

    Um grande abraço. Paz e bem.

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