Inicia fazendo uma pergunta: “Para que se dá aulas de uma língua para seus falantes?”, em seguida restringi à pergunta para os falantes de língua Portuguesa: “Para que se dá aulas de Português para quem já fala Português?.Posteriormente, apresenta quatro respostas para esse pergunta
Na primeira resposta, propõe que o ensino de língua materna se justifica, pois tem como objetivo desenvolver a comunicação entre seus usuários, empregando-a corretamente em diversas situações. Divide esse bloco em duas competências: a gramática ou a linguística e a textual. Está última define-se como a capacidade de todo usuário da língua, gerar sequências gramaticais típicas da língua em questão.
A outra competência, a textual, diz respeito à capacidade de, em situações de interação, produzir e compreender textos bem formados que, segundo Charolles (1979), seriam as três seguintes: a capacidade formativa, que possibilita aos usuários da língua produzir e compreender um número ilimitado de texto, identificando se é ou não um texto; a capacidade transformativa, que possibilita aos usuários da língua modificar, parafraseando o texto de acordo com as suas conveniências; a capacidade qualificativa, que possibilita aos usuários da língua classificar certas tipologias textuais.
Esse primeiro objetivo, contudo, só poderão confirmar-se quando o aluno estiver em contato com várias situações de interação comunicativa. Propiciando o contato e o trabalho com textos diversos, em situações comunicativas diversas, desenvolvendo sua competência.
A importância de ensinar uma teoria de texto resulta na interação entre sujeitos e sua atuação no momento da comunicação. A linguística tem contribuído significativamente para isso.
A segunda resposta engloba o ensino da norma culta e o ensino da variedade escrita da língua. Ressaltam que as duas formas de língua se justificam, pois o aluno já possui a variedade coloquial, faltando apenas o ensino da norma padrão.
A terceira resposta tem como objetivo principal o ensino da língua materna, levando o aluno ao conhecimento da língua como instituição linguística, como forma e função. Esse tipo de conhecimento torna-se primordial como todas as outras formas de aprendizado necessárias do nosso cotidiano
A quarta resposta está ligada à metalinguagem, ou seja, se debruça no estudo na língua, sem necessariamente ser a de origem.
2- CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM
Trabalha a importância do ensino de língua materna e a forma como o professor concebe a linguagem e a língua em sala de aula. Levanta três possibilidades de conceber a linguagem.
A primeira concepção vê a linguagem como expressão do pensamento. Explica que as pessoas não se expressam bem porque não raciocinam, pois a enunciação é a exteriorização do pensamento, sendo assim um ato monológico. Para que isso aconteça, será necessário obedecer a regras de pensamento lógico, encontradas nas gramáticas normativas.
A segunda concepção vê a língua como instrumento de comunicação. A língua é vista como código, capaz de transmitir uma mensagem de um emissor a um receptor. Esse código deve ser dominado pelos falantes da língua, para que ocorra a comunicação, utilizando o código de forma condicionada a fim de efetivar a comunicação.
A terceira concepção vê a linguagem como processo de interação. Nessa concepção o indivíduo não só exterioriza, ou transmiti informação, mas realiza sobre o interlocutor uma determinada ação.
3- CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA
3.1. Conceito de gramática
Estudo sistemático de uma língua, no intuito de estabelecer as formas corretas de fale e escrita que, geralmente são chamadas de norma culta ou padrão. O indivíduo que a domina, em teoria e na prática, é considerado possuidor de gramática, ao contrário de quem não domina a noção e as práticas gramaticais.
Nesse primeiro sentido afirma-se que a língua é aquela variedade dita padrão e que todas as outras formas de uso são deformações da língua; cabe a cada cidadão aprender essa variação evitando desvios. A gramática trata da variedade considerada culta da língua fazendo sua descrição, e repudiando todas as outras formas. Isso se firmou com o uso de grandes escritores, ignorando a forma oral, criando em seguida toda espécie de preconceitos, baseados em parâmetros equivocados.
Nessa primeira concepção estão embutidos vários argumentos para execução do papel prescritivo da norma culta da língua:
a) estética: imposição da língua por falantes aristocratas em contraposição das línguas ditas populares;
b) política: busca do purismo e da vernaculidade, renegando todo tipo de estrangeirismos, pois há a preocupação com a ameaça à nacionalidade;
c) comunicacional: refere-se a facilidade de compreensão dos falantes da língua;
d) histórica: língua como organismo vivo, que se desenvolve e pode entrar em decadência.
A segunda concepção de gramática, chamada de gramática descritiva, pois faz uma descrição de sua forma e função. É o estudo das descrições que dizem respeito ao uso da língua, separando o que é gramatical do que não é gramatical. Gramatical será tudo o que atende as regras funcionais da língua; saber gramática significa descrever a estrutura interna da língua, avaliando sua gramaticalidade.
A terceira concepção de gramática, diz respeito ao aprendizado do individuo com a língua independente, a princípio, de escolarização. Nessa concepção não há erro lingüístico, mas inadequação da variedade no ato da interação comunicativa.
3.2. TIPOS DE GRAMÁTICA
Afirma a existência de vários tipos de gramáticas e que estas podem ser trabalhadas de formas distintas em sala de aula. Entre as mais conhecidas destacam-se:
1) A gramática normativa, que é aquela que estudo a norma dita culta ou padrão da língua. Baseia-se geralmente na forma escrita ignorando a forma oral. Essa gramática dita regra de como se falar e escrever bem e considera apenas uma variedade de língua como válida;
2) A gramática descritiva é a que descreve uma determinada variedade da língua em um dado momento de sua existência. Trabalho com qualquer variedade de língua e dá preferência a forma oral;
3) A gramática internalizada é o próprio conjunto de regras dominado pelos falantes.
Metodologia da pesquisa científica Existem também mais três tipos de gramática ligados a explicitação da estrutura e funcionamento da língua:
4) Gramática implícita, pois os falantes não têm consciência se estão usando corretamente as regras impostas pelas gramáticas no momento de interação comunicativa;
5) A gramática explícita é o estudo metalingüístico que procura explicar o funcionamento da língua e sua estrutura;
6) A gramática reflexiva, representa os trabalhos de observação e reflexão da língua e tenta detectar a sua constituição em funcionamento.
Esses três tipos de gramática (implícita, explícita e reflexiva) apresentam uma distinção relacionado à atividades linguísticas, atividades epilinguísticas e atividades metalinguíticas.
As atividades lingüísticas são aquelas que o usuário da língua estabelece uma interação comunicativa por meio da língua permitindo construir textos de acordo com seus objetivos cominucacionais. Essas atividades são de construção do texto no ato da comunicação.
As atividades epilinguísticas são aquelas que suspendem o desenvolvimento do tópico discursivo, para, no curso da interação comunicativa, tratar dos recursos linguísticos, ou dos aspectos da interação.
As atividades metalingüísticas é a análise da própria língua, construindo o que se chama de metalinguagem. Há a busca consciente em analisar a língua e como ela funciona no momento da interação comunicativa.
Também existem outros tipos de gramática:
7) Gramática contrastiva é a descrição de duas línguas mostrando os padrões que uma pode esperar na outra. E muito utilizado no ensino de línguas diminuindo e selecionando suas dificuldades. No ensino de língua materna ela se torna útil por mostrar as variedades existes;
8) Gramática geral, trabalha com o maior número de línguas possíveis e as suas condições de realização. Com isso, busca formular princípios ao qual obedecem todas as línguas;
9) Gramática universal, investiga as características comuns de várias línguas com relação a sua estrutura;
10) Gramática histórica, estuda a origem e a evolução de uma determinada língua;
11) Gramática comparada, estuda a sequência de fases evolutivas de cada língua procurando algo em comum.
4- TIPOS DE ENSINO DE LÍNGUA
São três os tipos de ensino de língua: o prescritivo, o descritivo e o produtivo.
O ensino prescritivo objetiva levar os alunos a substituir seus padrões linguísticos considerados errôneos, por outros considerados corretos. Esse tipo de ensino está ligado à primeira concepção de linguagem e a gramática normativa, objetivando a correção formal da linguagem.
O ensino descritivo mostra como funciona a linguagem e como determinada língua funciona. A língua materna tem papel fundamental nessa concepção, pois é a que o individuo conhece desde cedo. Trabalha em conjunto com a norma culta da língua, entretanto não restringi seu universo, trabalhando com todas as variedades da língua;
O ensino produtivo objetiva ensinar novas habilidades linguísticas aos alunos, sem, contudo, retirar padrões já adquiridos por ele, e sim, aumentar a sua potencialidade linguística em várias situações de comunicação. Esse ensino é considerado mais adequado, pois desenvolve as habilidades comunicativas do aluno.
Inicialmente, esses tipos de ensino de língua não têm a intenção de excluir, podendo ser abdicado de acordo com nossos objetivos. Em contrapartida, existe um consenso entre estudiosos sobre a aplicação desse tipo de ensino, sobretudo o produtivo, que gera maiores benefícios para os alunos. Lamentavelmente o mais utilizado é o prescritivo devido a sua supervalorização, causando sérios prejuízos na formação educacional e no aprendizado da língua.
Na primeira resposta, propõe que o ensino de língua materna se justifica, pois tem como objetivo desenvolver a comunicação entre seus usuários, empregando-a corretamente em diversas situações. Divide esse bloco em duas competências: a gramática ou a linguística e a textual. Está última define-se como a capacidade de todo usuário da língua, gerar sequências gramaticais típicas da língua em questão.
A outra competência, a textual, diz respeito à capacidade de, em situações de interação, produzir e compreender textos bem formados que, segundo Charolles (1979), seriam as três seguintes: a capacidade formativa, que possibilita aos usuários da língua produzir e compreender um número ilimitado de texto, identificando se é ou não um texto; a capacidade transformativa, que possibilita aos usuários da língua modificar, parafraseando o texto de acordo com as suas conveniências; a capacidade qualificativa, que possibilita aos usuários da língua classificar certas tipologias textuais.
Esse primeiro objetivo, contudo, só poderão confirmar-se quando o aluno estiver em contato com várias situações de interação comunicativa. Propiciando o contato e o trabalho com textos diversos, em situações comunicativas diversas, desenvolvendo sua competência.
A importância de ensinar uma teoria de texto resulta na interação entre sujeitos e sua atuação no momento da comunicação. A linguística tem contribuído significativamente para isso.
A segunda resposta engloba o ensino da norma culta e o ensino da variedade escrita da língua. Ressaltam que as duas formas de língua se justificam, pois o aluno já possui a variedade coloquial, faltando apenas o ensino da norma padrão.
A terceira resposta tem como objetivo principal o ensino da língua materna, levando o aluno ao conhecimento da língua como instituição linguística, como forma e função. Esse tipo de conhecimento torna-se primordial como todas as outras formas de aprendizado necessárias do nosso cotidiano
A quarta resposta está ligada à metalinguagem, ou seja, se debruça no estudo na língua, sem necessariamente ser a de origem.
2- CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM
Trabalha a importância do ensino de língua materna e a forma como o professor concebe a linguagem e a língua em sala de aula. Levanta três possibilidades de conceber a linguagem.
A primeira concepção vê a linguagem como expressão do pensamento. Explica que as pessoas não se expressam bem porque não raciocinam, pois a enunciação é a exteriorização do pensamento, sendo assim um ato monológico. Para que isso aconteça, será necessário obedecer a regras de pensamento lógico, encontradas nas gramáticas normativas.
A segunda concepção vê a língua como instrumento de comunicação. A língua é vista como código, capaz de transmitir uma mensagem de um emissor a um receptor. Esse código deve ser dominado pelos falantes da língua, para que ocorra a comunicação, utilizando o código de forma condicionada a fim de efetivar a comunicação.
A terceira concepção vê a linguagem como processo de interação. Nessa concepção o indivíduo não só exterioriza, ou transmiti informação, mas realiza sobre o interlocutor uma determinada ação.
3- CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA
3.1. Conceito de gramática
Estudo sistemático de uma língua, no intuito de estabelecer as formas corretas de fale e escrita que, geralmente são chamadas de norma culta ou padrão. O indivíduo que a domina, em teoria e na prática, é considerado possuidor de gramática, ao contrário de quem não domina a noção e as práticas gramaticais.
Nesse primeiro sentido afirma-se que a língua é aquela variedade dita padrão e que todas as outras formas de uso são deformações da língua; cabe a cada cidadão aprender essa variação evitando desvios. A gramática trata da variedade considerada culta da língua fazendo sua descrição, e repudiando todas as outras formas. Isso se firmou com o uso de grandes escritores, ignorando a forma oral, criando em seguida toda espécie de preconceitos, baseados em parâmetros equivocados.
Nessa primeira concepção estão embutidos vários argumentos para execução do papel prescritivo da norma culta da língua:
a) estética: imposição da língua por falantes aristocratas em contraposição das línguas ditas populares;
b) política: busca do purismo e da vernaculidade, renegando todo tipo de estrangeirismos, pois há a preocupação com a ameaça à nacionalidade;
c) comunicacional: refere-se a facilidade de compreensão dos falantes da língua;
d) histórica: língua como organismo vivo, que se desenvolve e pode entrar em decadência.
A segunda concepção de gramática, chamada de gramática descritiva, pois faz uma descrição de sua forma e função. É o estudo das descrições que dizem respeito ao uso da língua, separando o que é gramatical do que não é gramatical. Gramatical será tudo o que atende as regras funcionais da língua; saber gramática significa descrever a estrutura interna da língua, avaliando sua gramaticalidade.
A terceira concepção de gramática, diz respeito ao aprendizado do individuo com a língua independente, a princípio, de escolarização. Nessa concepção não há erro lingüístico, mas inadequação da variedade no ato da interação comunicativa.
3.2. TIPOS DE GRAMÁTICA
Afirma a existência de vários tipos de gramáticas e que estas podem ser trabalhadas de formas distintas em sala de aula. Entre as mais conhecidas destacam-se:
1) A gramática normativa, que é aquela que estudo a norma dita culta ou padrão da língua. Baseia-se geralmente na forma escrita ignorando a forma oral. Essa gramática dita regra de como se falar e escrever bem e considera apenas uma variedade de língua como válida;
2) A gramática descritiva é a que descreve uma determinada variedade da língua em um dado momento de sua existência. Trabalho com qualquer variedade de língua e dá preferência a forma oral;
3) A gramática internalizada é o próprio conjunto de regras dominado pelos falantes.
Metodologia da pesquisa científica Existem também mais três tipos de gramática ligados a explicitação da estrutura e funcionamento da língua:
4) Gramática implícita, pois os falantes não têm consciência se estão usando corretamente as regras impostas pelas gramáticas no momento de interação comunicativa;
5) A gramática explícita é o estudo metalingüístico que procura explicar o funcionamento da língua e sua estrutura;
6) A gramática reflexiva, representa os trabalhos de observação e reflexão da língua e tenta detectar a sua constituição em funcionamento.
Esses três tipos de gramática (implícita, explícita e reflexiva) apresentam uma distinção relacionado à atividades linguísticas, atividades epilinguísticas e atividades metalinguíticas.
As atividades lingüísticas são aquelas que o usuário da língua estabelece uma interação comunicativa por meio da língua permitindo construir textos de acordo com seus objetivos cominucacionais. Essas atividades são de construção do texto no ato da comunicação.
As atividades epilinguísticas são aquelas que suspendem o desenvolvimento do tópico discursivo, para, no curso da interação comunicativa, tratar dos recursos linguísticos, ou dos aspectos da interação.
As atividades metalingüísticas é a análise da própria língua, construindo o que se chama de metalinguagem. Há a busca consciente em analisar a língua e como ela funciona no momento da interação comunicativa.
Também existem outros tipos de gramática:
7) Gramática contrastiva é a descrição de duas línguas mostrando os padrões que uma pode esperar na outra. E muito utilizado no ensino de línguas diminuindo e selecionando suas dificuldades. No ensino de língua materna ela se torna útil por mostrar as variedades existes;
8) Gramática geral, trabalha com o maior número de línguas possíveis e as suas condições de realização. Com isso, busca formular princípios ao qual obedecem todas as línguas;
9) Gramática universal, investiga as características comuns de várias línguas com relação a sua estrutura;
10) Gramática histórica, estuda a origem e a evolução de uma determinada língua;
11) Gramática comparada, estuda a sequência de fases evolutivas de cada língua procurando algo em comum.
4- TIPOS DE ENSINO DE LÍNGUA
São três os tipos de ensino de língua: o prescritivo, o descritivo e o produtivo.
O ensino prescritivo objetiva levar os alunos a substituir seus padrões linguísticos considerados errôneos, por outros considerados corretos. Esse tipo de ensino está ligado à primeira concepção de linguagem e a gramática normativa, objetivando a correção formal da linguagem.
O ensino descritivo mostra como funciona a linguagem e como determinada língua funciona. A língua materna tem papel fundamental nessa concepção, pois é a que o individuo conhece desde cedo. Trabalha em conjunto com a norma culta da língua, entretanto não restringi seu universo, trabalhando com todas as variedades da língua;
O ensino produtivo objetiva ensinar novas habilidades linguísticas aos alunos, sem, contudo, retirar padrões já adquiridos por ele, e sim, aumentar a sua potencialidade linguística em várias situações de comunicação. Esse ensino é considerado mais adequado, pois desenvolve as habilidades comunicativas do aluno.
Inicialmente, esses tipos de ensino de língua não têm a intenção de excluir, podendo ser abdicado de acordo com nossos objetivos. Em contrapartida, existe um consenso entre estudiosos sobre a aplicação desse tipo de ensino, sobretudo o produtivo, que gera maiores benefícios para os alunos. Lamentavelmente o mais utilizado é o prescritivo devido a sua supervalorização, causando sérios prejuízos na formação educacional e no aprendizado da língua.
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