29 junho 2014

Ato abortivo no Brasil: O tabu em torno da vida



O aborto vai além da questão moral

      Mesmo com o advento da Revolução Sexual,nos anos 60,e a chegada de novos métodos contraceptivos,o aborto ainda é comum nos dias atuais.O ato abortivo é praticado entre mulheres que desejam,por motivos diversos,interromper a gestação,negligenciando a vida da criança.Contudo,tal prática é feita de forma clandestina e coloca também em jogo a vida da mãe.Indo em contra uma sociedade machista e princípios religiosos,a mulher que realiza o ato é julgada de crimiminosa por querer ter autonomia sobre o corpo fazendo o que achar melhor para si.

     Apesar do Brasil apresentar um caráter democrático,o ato abortivo é proibido por lei,diferente de outros países como a China que legalizou essa prática visando o controle de natalidade.Muitos são os motivos que levam centenas de brasileiras a abortarem,desde uma gravidez indesejada até fatores econômicos que podem influências no desenvolvimento da criança pela falta de condições financeiras.

      O aborto é realizado também em casos de violência sexual,o qual a mulher sem nenhuma opção adere a prática abortiva.Ainda assim,com o intuito de amenizar a mortalidade infantil,o governo criou em 2010 o bolsa estupro, que oferece auxilio financeiro as vítimas.Mas o projeto desconsidera que o abuso sexual não é só uma questão física como também psicológica,que pode interferir no relacionamento afetivo da mãe para com o bebê.

      Além de abordar a esfera jurídica,o aborto é sobretudo uma questão de sáude púlblica.Conforme pesquisas realizadas pelo Concelho Federal de Medicina o ato abortivo é a quinta causa de morte materna.Entre a classe social alta o abortamento é feito em clínicas particulares oferecendo maior segurança,todavia o mesmo não acontece com mulheres de baixa renda.Elas se submetem as aborteiras que muitas vezes realizam o procedimento em más condições de saúde.

      Portanto,é necessário pensar no aborto como uma questão que vai além do cunho moral,pois trata-se de vida,tanto a que está em formação como aquela que está em pleno desenvolvimento.É importante,também, que haja a qualificação na saúde púlblica para diminuir o número de abortos clandestinos ,espera-se ainda que o Estado repense no direito materno da mulher.
 
Aluna: Nathalia Emmanuella 
   Professor: Diogo Didier                                 

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