O aborto vai além da questão moral
Mesmo com o advento da Revolução Sexual,nos anos
60,e a chegada de novos métodos contraceptivos,o aborto ainda é comum nos dias
atuais.O ato abortivo é praticado entre mulheres que desejam,por motivos
diversos,interromper a gestação,negligenciando a vida da criança.Contudo,tal
prática é feita de forma clandestina e coloca também em jogo a vida da mãe.Indo
em contra uma sociedade machista e princípios religiosos,a mulher que realiza o
ato é julgada de crimiminosa por querer ter autonomia sobre o corpo fazendo o
que achar melhor para si.
Apesar do Brasil apresentar um caráter democrático,o
ato abortivo é proibido por lei,diferente de outros países como a China que
legalizou essa prática visando o controle de natalidade.Muitos são os motivos
que levam centenas de brasileiras a abortarem,desde uma gravidez indesejada até
fatores econômicos que podem influências no desenvolvimento da criança pela
falta de condições financeiras.
O aborto é realizado também em casos de violência
sexual,o qual a mulher sem nenhuma opção adere a prática abortiva.Ainda
assim,com o intuito de amenizar a mortalidade infantil,o governo criou em 2010
o bolsa estupro, que oferece auxilio financeiro as vítimas.Mas o projeto
desconsidera que o abuso sexual não é só uma questão física como também
psicológica,que pode interferir no relacionamento afetivo da mãe para com o
bebê.
Além de abordar a esfera jurídica,o aborto é
sobretudo uma questão de sáude púlblica.Conforme pesquisas realizadas pelo
Concelho Federal de Medicina o ato abortivo é a quinta causa de morte
materna.Entre a classe social alta o abortamento é feito em clínicas
particulares oferecendo maior segurança,todavia o mesmo não acontece com
mulheres de baixa renda.Elas se submetem as aborteiras que muitas vezes
realizam o procedimento em más condições de saúde.
Portanto,é necessário pensar no aborto como uma
questão que vai além do cunho moral,pois trata-se de vida,tanto a que está em
formação como aquela que está em pleno desenvolvimento.É importante,também, que
haja a qualificação na saúde púlblica para diminuir o número de abortos
clandestinos ,espera-se ainda que o Estado repense no direito materno da
mulher.
Aluna: Nathalia
Emmanuella
Professor: Diogo Didier
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