15 outubro 2013

Vidas secas dilema da escassez d’agua no Brasil

 
          Como se sabe, o nosso país é um dos mais ricos em recursos hídricos. No entanto, o crescimento desordenado das cidades e a falta de planejamento adequado para o tratamento da água acaba resultando na escassez que afeta diversas regiões do país. Além desse manejo inadequado do líquido, existe também a ausência de chuvas que atinge grande parte da população, sobretudo aquela que vive no nordeste brasileiro, onde enfrenta a mais grave e devastadora estiagem vista nos últimos 50 anos.
            Infelizmente, o crescimento desenfreado das cidades acaba dificultando o acesso a uma água de qualidade e em quantidade satisfatória a todos. Isto porque, a falta de planejamento das instalações nas cidades acarreta a perda de milhões de litros por vazamento nos canos subterrâneos. Segundo pesquisas do Instituto Ambiental, as capitais brasileiras perdem diariamente quase metade da água captada durante a distribuição, um volume suficiente para abastecer aproximadamente 38 milhões de pessoas.
            Além disso, a estiagem no nordeste brasileiro vem tornando pior a qualidade de vida dos moradores desta região. A seca retratada por Graciliano Ramos, a qual é responsável por enfraquecer as perspectivas de vida, e por João Cabral de Melo Neto, o qual narra a peregrinação de Severino, mais um entre tantos “Severinos” que morrem a cada dia um pouco pela fome, é a mesma seca que hoje é vista no semiárido nordestino. Esta ausência de água vem desde 2011 e tirou dos nordestinos os meios que eles tinham para sobreviver.
            Além do mais, as plantações foram sendo destruídas paulatinamente, o sertão tornou-se um grande cemitério, onde a fome e a sede destruíram tanto o gado quanto a população. Os que sobreviveram esperam o auxílio do governo ou optam por sair de suas terras e buscam trabalho bem longe do sertão. Euclides da Cunha estava certo ao dizer que “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, afinal, nem todo mundo seria forte o bastante para alimentar-se de ratos com o intuito de matar a fome como fazem os nordestinos.
            Sendo assim, é preciso que haja uma manutenção das instalações subterrâneas das cidades, para que o desperdício seja mínimo. Quanto a seca no nordeste, apesar de ser um fenômeno natural, é necessário que o Estado desenvolva mais políticas de combate aos seus efeitos. Além disso, a população do país deve se mobilizar para ajudar os sertanejos, mandando alimento e água, e também fazer a sua parte evitando desperdícios, assim, esse líquido tão precioso e raro em algumas regiões alcançará boa parte da população.
Aluna: Juliana do Nascimento
Professor: Diogo Didier

4 comentários:

  1. É errado usar dados estatisticos na introdução?

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    1. De forma alguma! Você pode utilizar um dado na introdução, desde que não se prolongue nele.

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  2. Existe algum problema em citar a ONU em redações?

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    1. Nenhum problema, desde que esteja contextualizado com o tema.

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