Como se sabe, o nosso
país é um dos mais ricos em recursos hídricos. No entanto, o crescimento
desordenado das cidades e a falta de planejamento adequado para o tratamento da
água acaba resultando na escassez que afeta diversas regiões do país. Além
desse manejo inadequado do líquido, existe também a ausência de chuvas que
atinge grande parte da população, sobretudo aquela que vive no nordeste
brasileiro, onde enfrenta a mais grave e devastadora estiagem vista nos últimos
50 anos.
Infelizmente, o crescimento desenfreado das cidades acaba
dificultando o acesso a uma água de qualidade e em quantidade satisfatória a
todos. Isto porque, a falta de planejamento das instalações nas cidades
acarreta a perda de milhões de litros por vazamento nos canos subterrâneos.
Segundo pesquisas do Instituto Ambiental, as capitais brasileiras perdem
diariamente quase metade da água captada durante a distribuição, um volume
suficiente para abastecer aproximadamente 38 milhões de pessoas.
Além disso, a estiagem no nordeste brasileiro vem
tornando pior a qualidade de vida dos moradores desta região. A seca retratada
por Graciliano Ramos, a qual é responsável por enfraquecer as perspectivas de
vida, e por João Cabral de Melo Neto, o qual narra a peregrinação de Severino,
mais um entre tantos “Severinos” que morrem a cada dia um pouco pela fome, é a
mesma seca que hoje é vista no semiárido nordestino. Esta ausência de água vem
desde 2011 e tirou dos nordestinos os meios que eles tinham para sobreviver.
Além do mais, as plantações foram sendo destruídas
paulatinamente, o sertão tornou-se um grande cemitério, onde a fome e a sede
destruíram tanto o gado quanto a população. Os que sobreviveram esperam o
auxílio do governo ou optam por sair de suas terras e buscam trabalho bem longe
do sertão. Euclides da Cunha estava certo ao dizer que “O sertanejo é, antes de
tudo, um forte”, afinal, nem todo mundo seria forte o bastante para
alimentar-se de ratos com o intuito de matar a fome como fazem os nordestinos.
Sendo assim, é preciso que haja uma manutenção das
instalações subterrâneas das cidades, para que o desperdício seja mínimo.
Quanto a seca no nordeste, apesar de ser um fenômeno natural, é necessário que
o Estado desenvolva mais políticas de combate aos seus efeitos. Além disso, a
população do país deve se mobilizar para ajudar os sertanejos, mandando
alimento e água, e também fazer a sua parte evitando desperdícios, assim, esse
líquido tão precioso e raro em algumas regiões alcançará boa parte da
população.
Aluna: Juliana do
Nascimento
Professor: Diogo Didier
É errado usar dados estatisticos na introdução?
ResponderExcluirDe forma alguma! Você pode utilizar um dado na introdução, desde que não se prolongue nele.
ExcluirExiste algum problema em citar a ONU em redações?
ResponderExcluirNenhum problema, desde que esteja contextualizado com o tema.
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