15 julho 2013

Viver, conviver ou sobreviver: o desafio da existência humana na terra


Entre a queda e a superação: A arte da sobrevivência

   Do aconchego dos ventres maternos aos braços da morte inevitável, a humanidade, diariamente, é testada e manipulada pelas vielas e caminhos que constroem a vida. Pequenos como grãos em relação ao universo, aprendemos a utilizar nosso intelecto e habilidades como ferramentas na luta diária pela sobrevivência. Entretanto, os capítulos que descrevem nossa história, leva-nos ao mistério de até que ponto viver pode se tornar um tipo de tesouro de carácter penoso e seletivo.

  Feroz, sombrio e imaleável: Esta é a face que o cotidiano mostra-nos ser. De fato, o perigo e o medo de sofrer assombram-nos constantemente diante dos desafios que passamos. Enquanto o sofrimento, um dos males inevitáveis da sobrevivência, testa-nos diariamente, o mesmo por outro lado, lapida-nos. Como explanou Nietzsche em sua filosofia, sofrer é um combustível essencial na busca pelo carácter áureo. Afinal, é natural não queremos mudar e melhorar-nos quando estamos em uma boa situação, mas a dificuldade ergue-se como um impulso para sairmos da entediante zona de conforto pessoal e buscar o destaque na sociedade em si.

  Enquanto maneiras de administrar a vida em conjunto, também se criaram sistemas econômicos para mover a sociedade e energizar as civilizações. Porém, aquilo que deveria trazer progresso, também mostra sua face oculta. Como um veneno, o dinheiro e o culto ao valor monetário repartiu o âmbito social, hierarquizando-o, além de tornar a vida daqueles que o sustenta em um verdadeiro desafio. Na busca por modernizar nossas vidas e aliviar o peso da luta diária pela sobrevivência, acabamos tornando esta mesma batalha cotidiana, em um desafio ainda maior. Trazendo boa parte dos indivíduos a uma dicotomia injusta, a qual se caracteriza por exaltar uma minoria e esquecer-se das massas em si.

  Além de tudo isto, o preconceito e a indiferença criados por nós mesmos, trouxeram dor e gritos ao homem, que desuniu-nos e cegou-nos com uma ânsia de poder maléfica, a qual resultou na flagelação de povos e a destruição de culturas. Esta demonstração de ódio gratuito levou muitos a enfrentar uma vida duplicadamente pesada, onde a esperança, único bem ainda acesso em alguns, não enche barrigas nem sacia o clamor sufocante de justiça por parte de tais indivíduos.

  Na luta contra as dificuldades diárias, acabamos por criar um ambiente ainda mais inóspito. Isto mostra-nos que o egoísmo e a ganância são males perigosos, e devem ser extirpados de nosso meio. Por outro lado, a união em prol da vida e da sobrevivência é uma arma poderosa mediante as batalhas que são travadas derradeiramente. Pois, ao unirmos o senso de comunidade e sociabilidade, poderemos enfim, tornar realidade as palavras de Gandhi: “Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.”


Aluno: João Vitor de Andrade Alencar
Professor: Diogo Didier

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