04 fevereiro 2011

Em Mulher não se Bate nem com uma Flor




 Á época em que as mulheres eram classificadas de “sexo frágil” já não existe mais. Hoje, elas fogem desse estereótipo, fincando cada vez mais as suas bases na sociedade. Não é difícil encontrá-las em funções assumidas em outrora apenas por homens, nem é mais estranho encontrar lares gerenciados totalmente por elas. Entretanto, fora desse âmbito das conquistas econômicas, a violência doméstica ainda é uma realidade vivida por muitas. Elas são espancadas, torturadas, humilhadas e mortas e, na maioria dos casos, a impunidade impera.
É lastimável evidenciar uma realidade dessas, mesmo com a sanção da Lei Maria da Penha no ano de 2006, a qual garante a proteção das vitimas de violência, bem como a punição dos acusados. Ainda assim, só no ano de 2010 os números de homicídios contra mulheres em todo o Brasil cresceram assustadoramente. Muitos desses casos não foram solucionados ou foram arquivados por falta de provas. Esse balanço da criminalidade contra a ala feminina não foi ratificado por mero capricho textual, mas sim por informações concedidas com frequência pelos meios midiáticos durante o ano passado.
Assaltos, estupros, atentados e todos os outros tipos de violência física e verbal fizeram parte do quadro de abuso sofrido por elas nesse período. Muitas não têm coragem suficiente ainda de denunciar o agressor, por medo ou dependência financeira. Além disso, falta nas delegacias um aparato que garanta a total proteção dessas vitimas. Se for feito um levantamento da quantidade de espaços especializados nesse tipo de atendimento, verifica-se que a deficiência do serviço também é um fator latente, impedindo que muitas delas sintam-se seguras para fazer a denuncia.
E com isso o martírio delas continua entre a dor e a impunidade, entre a violência e o medo, entre a morte e o descaso. Essa é a dura vida de muitas, de classes sociais variadas, que por razões diversas não procuram os meios legais para solucionarem os seus problemas. Por isso, pensar que a criação da Lei Maria da Penha foi o suficiente para acabar com as agressões, enganou-se. Essa Lei é um pequeno bloco de concreto da imensa obra da qual elas terão que construir.
De qualquer forma, atos de violência dessa magnitude não podem ser tolerados, sobretudo num país onde elas são a maioria. A nossas esferas legais devem ser mais operantes nesse sentido para que seja garantida a proteção integral das mulheres que sofrem abusos, punindo severamente os acusados. Não se pode permitir que uma discussão verbal termine em espancamento e morte. Acabar com a violência em toda a sua amplitude é uma responsabilidade da qual todos devem assumir.

8 comentários:

  1. òtimo tema, ótimo texto...
    totalmente contra violencias...
    Forte abraço!

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  2. Apoiadissimo meu lindooooooooo!
    BeijooooOOOOO no coração

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  3. Olá menino
    Qualquer tipo de violência é obominável. Precisamos de leis que saiam do papel e partam para a pratica de punir os agressores.
    Bjão

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  4. violência jamais! infelizmente ainda precisamos de leis fortes e de pessoas que as façam valer!

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