02 julho 2010

Entendendo o que é a Pesquisa Clínica

remédio, fármaco, pesquisa, clínica

By Julio Moura (Live and Let Live)
Correção textual: Diogo Didier

Na atualidade, em que há várias novas descobertas científicas acerca de excelentes resultados da ciência são muito significativos entender o que é uma pesquisa clínica e como ela é realizada, além de como nós somos beneficiados por meio dela. Antes de tudo, é muito importante citarmos o histórico das pesquisas clínicas, não apenas no Brasil, mas também no mundo todo. Nisso, algo que sempre trouxe muitas desconfianças e protestos em favor de animais e até de pessoas que se submetiam a usar medicamentos em fase II para se descobrir novos tratamentos que poderiam ajudar muitas delas a curar suas moléstias.

No entanto, como já falado, esses esforços sempre atraíram muita repercussão da sociedade contra a pesquisa clínica. Mesmo assim, vale ressaltar que é muito fácil acusar, condenar, criticar, ou seja, qual for o termo usado para direcionar a insatisfação a alguém quando apenas é muitas vezes visto um lado nocivo da pesquisa, por pessoas que não dominam plenamente esse assunto; o que em muitos casos é negado por aqueles que defendem tais interesses. Porém, a realidade é outra, pois quando um cientista procura pesquisar um novo fármaco ou tratamento é em interesse da população, já que, bem sabemos que os medicamentos que hoje conhecemos antes eram apenas ideias ou até sonhos de pesquisadores otimizados que não se acomodaram após sua formação acadêmica e procuraram manter-se na ativa em benefício da sociedade.

Ainda assim, alguns dos críticos das pesquisas certamente dizem erroneamente que é apenas por causa da soma oferecida por laboratórios, que financiam as pesquisas, o que ainda é muito pouco incentivado no Brasil. Não deixa de ser uma verdade, no entanto, não apenas por isso, pois sendo sinceros podemos entender que não há como realizar uma pesquisa clínica aqui no Brasil, sem o investimento estrangeiro. Pode até parecer muito duro dizer isso, mas é a mais pura realidade.

Mesmo que alguém diga que há pesquisa financiada por iniciativas nacionais, bem se sabe que são poucas e de pequena importância no mercado. Fato esse que não deveria se justificar, pois o Brasil tem um excelente potencial para pesquisas clínicas e, no entanto, isso não ocorre por falta de incentivos nacionais em nessas áreas; mesmo tendo uma grande variedade de recursos naturais.

Mas então, o que é uma pesquisa clínica? Bem, uma pesquisa é um estudo realizado de forma séria por um cientista e sua equipe que realiza um determinado achado, seja um fármaco ou um tratamento, e que é entendido como eficaz para determinada necessidade humana. Como é realizada uma pesquisa clínica? Uma vez feito essa pesquisa é passado para o processo de patentear e em seguida passa-se a buscar financiamento para a realização da pesquisa em fase I, ou seja, a viabilidade da medicação ser produzida, uma vez sendo realizada tal pesquisa entra-se na fase II que é o uso experimental da medicação por voluntários, que antes era apenas pagar um determinado valor para o voluntário e tudo ficava acertado, o que levou a necessidade de novas diretrizes que determinam o uso de um TCLE (TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO), que rege os direitos do paciente acerca do estudo baseado em uma lei de bioética lei N°196 onde determina todas as obrigações das pesquisas clínicas.




Concluindo a fase II entra-se na fase III na qual é realizada com placebos (falsa medicação), sendo alguns pacientes escolhidos sem saber para usá-lo, medicação sem fator ativo, e os que usarão a medicação com o fator ativo para não haver alteração no resultado por causa de um paciente achar que não estar tomando a medicação que faz efeito e assim esse tratamento serve para encontrar possíveis reações que o paciente pode ter ao uso da medicação por contra-indicação e nesse sentido o paciente é acompanhado por um período que permite ao estudo aferir essas contra-indicações.

Chegando a fase IV que permite a viabilização comercial da medicação e sua produção o que nos leva a fase V na qual é produzida comercialmente com o preço da medicação e seu nome sugerido pelo pesquisador mais o nome comercial do laboratório. Como nos beneficiamos de uma pesquisa clínica? Uma vez concluída todas as fases já mencionadas o medicamento chega ao mercado para ajudar contra algum mal que aflige a humanidade. Dessa forma podemos nos beneficiar de uma pesquisa bem realizada. Vale à pena ressaltar, que esses passos são de suma importância para um bom resultado da pesquisa. E não importa o que se disse antes, de uma forma ou de outra, a nova medicação acaba por ajudar milhares ou até milhões de pessoas a ter mais qualidade de vida.

Levando em conta tal fato, é até difícil entender os críticos da pesquisa clínica, pois tendo por objetivo melhorar a qualidade de vida para o ser humano, fica claro que os críticos deveriam ter algum interesse nesse assunto. O que podemos ter a oportunidade de ver graças às novas descobertas da ciência a respeito da celular sintética, pela qual um cientista recombinou a carga genética de uma bactéria e conseguiu que ela se se duplica deixando muitos perplexos com a nova descoberta e levando-os a trazer novos questionamentos a cerca do uso de tal achado.

É uma grande ilusão propagada pelos críticos da pesquisa clínica achar que essa pesquisa só apresenta falhas ou riscos a vida humana, pois há leis como já mencionado a 196 e outras que regularizam as pesquisas clínicas e outras podem ser criadas para regulamentar tal descoberta. Desta forma é muito infundado o medo e a perplexidade em que se encontra a população com respeito ao assunto. As pesquisas clínicas são necessárias e importantes para nosso benefício e devemos sim acompanhar o seu desenvolvimento, mais sem alarde desnecessário e irrefletido o que não trará nem um benefício para o coletivo. Logo, como coordenador de pesquisa clínica posso dizer que tanto os fármacos e tratamento da pesquisa são importantes como todos os que nela trabalham que a levam a sério para o seu benefício e de muitos outros.


Nenhum comentário:

Postar um comentário