14 junho 2010

Mulheres: Transformando a História Através dos Tempos



Chamadas de sexo frágil, as mulheres vem mostrando que são capazes de se destacarem em diversas áreas. Seja em casa, na vida profissional, elas hoje ocupam cargos de confiança e até mesmo de liderança, ultrapassando barreiras que antes eram intransponíveis. Nesse sentido, elas são consideradas como símbolo de superação numa época em que o machismo dita as regras e costumes da sociedade.

Mesmo com toda essa ascensão feminina através dos tempos, ainda é presente a discriminação vivida por muitas delas. Para se ter uma ideia, no Brasil, em alguns setores, é comum haver diferenciação salarial entre homens e mulheres. É vergonhoso saber que exista esse tipo de preconceito, só pelo simples fato de serem pessoas de sexos diferentes, dos quais, na maioria das vezes, o homem ganha o dobro que a mulher, executando funções semelhantes.

Outro dado importante é a questão da violência doméstica sofrida por muitas mulheres. Segundo pesquisas feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de oito, em cada dez mulheres, passam por algum tipo de agressão, que, na maior parte dos casos, acontece na residência da vitima e o agressor, geralmente o companheiro, não é denunciado, aumentando assim a impunidade.

Só em Pernambuco o número de assassinatos contra a mulher no ano de 2007 aumentou de forma assustadora, se comparado há dez ou vinte anos, levantando a crucialidade da criação de leis públicas mais eficientes. Esses dados refletem em dois fatores que sustentam a violência contra as mulheres: a falta de politicas públicas e o medo de denunciar o agressor.

O primeiro já está sendo solucionado, uma vez que em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha que tem como intuito diminuir os índices de crimes contra a massa feminina. Essa lei surgiu baseada numa historia real de uma mulher (Maria da Penha), que após passar anos sofrendo com os maus tratos do seu marido, cria coragem e resolve denunciá-lo. Com essa atitude, ela dá o primeiro passo para a legitimação da lei que ampara as mulheres, além de enconrajá-las a não se calarem diante de uma agressão, seja ela física ou verbal, denunciando o culpado e evitando tragédias maiores.

Iniciativas como essa são importantes para descontruir a mentalidade machista herdada dos nossos cânones desde a época colonial. A mulher, como qualquer outro ser humano, não pode ser tratada como objeto, nem tampouco pouco deve ser estereotipada de “sexo frágil”, com intenção de restringir o seu crescimento social.

Acabou o tempo em que as mulheres eram propriedades dos seus maridos. Hoje, elas buscam o seu espaço e estão cada vez mais independentes, sendo quase impossível associá-las com aquela dona de casa que tinha como função cuidar do lar, do marido e dos filhos. Não que isso esteja fora de moda, mas elas querem ir além, e não está longe o dia de presenciarmos a igualdade entre os sexos.


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