Chamadas de sexo frágil, as mulheres vem mostrando que são capazes de se destacarem em diversas áreas. Seja em casa, na vida profissional, elas hoje ocupam cargos de confiança e até mesmo de liderança, ultrapassando barreiras que antes eram intransponíveis. Nesse sentido, elas são consideradas como símbolo de superação numa época em que o machismo dita as regras e costumes da sociedade.
Mesmo com toda essa ascensão feminina através dos tempos, ainda é presente a discriminação vivida por muitas delas. Para se ter uma ideia, no Brasil, em alguns setores, é comum haver diferenciação salarial entre homens e mulheres. É vergonhoso saber que exista esse tipo de preconceito, só pelo simples fato de serem pessoas de sexos diferentes, dos quais, na maioria das vezes, o homem ganha o dobro que a mulher, executando funções semelhantes.
Outro dado importante é a questão da violência doméstica sofrida por muitas mulheres. Segundo pesquisas feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de oito, em cada dez mulheres, passam por algum tipo de agressão, que, na maior parte dos casos, acontece na residência da vitima e o agressor, geralmente o companheiro, não é denunciado, aumentando assim a impunidade.
Só em Pernambuco o número de assassinatos contra a mulher no ano de 2007 aumentou de forma assustadora, se comparado há dez ou vinte anos, levantando a crucialidade da criação de leis públicas mais eficientes. Esses dados refletem em dois fatores que sustentam a violência contra as mulheres: a falta de politicas públicas e o medo de denunciar o agressor.
O primeiro já está sendo solucionado, uma vez que em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha que tem como intuito diminuir os índices de crimes contra a massa feminina. Essa lei surgiu baseada numa historia real de uma mulher (Maria da Penha), que após passar anos sofrendo com os maus tratos do seu marido, cria coragem e resolve denunciá-lo. Com essa atitude, ela dá o primeiro passo para a legitimação da lei que ampara as mulheres, além de enconrajá-las a não se calarem diante de uma agressão, seja ela física ou verbal, denunciando o culpado e evitando tragédias maiores.
Iniciativas como essa são importantes para descontruir a mentalidade machista herdada dos nossos cânones desde a época colonial. A mulher, como qualquer outro ser humano, não pode ser tratada como objeto, nem tampouco pouco deve ser estereotipada de “sexo frágil”, com intenção de restringir o seu crescimento social.
Acabou o tempo em que as mulheres eram propriedades dos seus maridos. Hoje, elas buscam o seu espaço e estão cada vez mais independentes, sendo quase impossível associá-las com aquela dona de casa que tinha como função cuidar do lar, do marido e dos filhos. Não que isso esteja fora de moda, mas elas querem ir além, e não está longe o dia de presenciarmos a igualdade entre os sexos.
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