Desde o século XV, com a invenção da imprensa por Gutenberg, os processos de interação comunicativa aprofundaram as relações humanas e intensificaram as atividades culturais e informativas. Entretanto, a atual indústria midiática, apesar de promover as mesmas interações, fundamenta-se como forma de alienação e domínio social; outrossim, garante a permanência de realidades políticas fundadas na passividade dos indivíduos, porquanto se fazem pela normatização da sociedade.
As linhas de comunicação são importantes tanto para a difusão cultural e científica, quanto para o desenvolvimento econômico-comercial. Contudo, o marketing da mídia não se limita à venda de produtos, mas à formulas prescritas de como se viver e agir, o que lhe confere força social e política.
Essa relação com o poder caracterizam-nas como instituições sociais que constituem o que o filósofo Michel Foucault nomeou de “sociedade disciplinar”. Sociedade esta que interfere de modo incisivo nas ações individuais da população; ou seja, as atividades midiáticas fundamentam-se na uniformização de valores em detrimento da diversidade étnico-cultural de um povo.
Além disso, o processo informativo relacionado a essas instituições provocam uma crise epistemológica, sobretudo no que diz respeito aos veículos de informação da internet. Não se sabe mais distinguir as notícias procedentes das sem legitimidade. Como efeito, isso abre espaço para discursos coercitivos e de dominação das camadas sociais.
Sendo assim, faz-se necessário a conscientização popular de modo a criar uma “vigilância epistêmica”, no intuito de filtrar os dados e notícias de forma minuciosa. Fundamental também é a ação educativa na formação de cidadãos críticos, com capacidade de subsidiar pensamentos construtivos para criar uma sociedade legítima.
Aluno: George Rodrigues do Nascimento
Professor: Diogo Didier
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