Paixão que cega
Nosso primeiro contato
com o futebol é datado em 1894 através de Charles W. Miler, considerado o pai
do futebol. A prática do esporte caiu no gosto popular e anos depois o Brasil
passou a ser considerado o país do futebol. É evidente a inclusão social que
esse esporte exerce, no entanto, sua idolatração e valorização exacerbada tornou-se
o maior exemplo de alienação nacional.
Em junho, o Brasil será
palco da Copa do Mundo 2014 e os gastos com cidades planejadas, construções e
reformas de estádios apresentam cifras bilionárias. Tal constatação é
contraditória: há dinheiro para investir em eventos futebolísticos, porém, as
autoridades alegam falta de recursos para a educação, saúde e segurança. O
futebol é tido como primordial enquanto a população segue em segundo plano,
como declarou o ex-jogador e membro do Comitê Organizador Local (COL) Ronaldo:
“(...) não se faz Copa com hospitais e escolas”.
Nossa cultura
incorporou o futebol como identidade nacional, menosprezando e desmotivando a
prática de qualquer outro esporte. Jogadores como no caso de Neymar são
idolatrados, têm seus comportamentos e visuais copiados e a mídia, por sua vez,
usa-o para incentivar o consumismo.
Nesse contexto, chegamos
ao ápice da alienação nacional, fica evidente que a paixão pelo esporte é usada
como agente mascarativo para os males da população. É necessário que as pessoas
se conscientizem do quanto o país está perdendo economicamente e culturalmente.
Futebol é entretenimento, distração, 90 minutos de bola rolando no gramado não
colocará fim em nossos dilemas sociais, culturais e políticos.
Aluna: Rafaela
de Souza
Professor: Diogo Didier
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