TÍTULO: No banco dos réus
No Brasil, a violência não é um fenômeno recente.
Diante do crescimento hierárquico que vem desequilibrando a reciprocidade entre
a igualdade, o país tem vivido à mercê da intolerância. A corrupção e a
manipulação de poder tem influenciado para tal desequilíbrio. Mas, pode-se
afirmar que foi através desses poderes que ato de demasia foi, de certo
modo, legitimado historicamente na sociedade brasileira?
O ato violento tem-se nutrido através da corrupção
que atinge níveis administrativos, o que acaba reprimindo a sociedade, fazendo
com que os mesmos defendam-se com as próprias mãos. Tais acontecimentos
refletem no crescimento generalizado da violência nacional. Segundo o
IGBE/sendo 2010, a marginalidade cresce a cada ano cerca de 20%, o que leva o
Brasil a se manter entre os países mais violentos.
Ainda que a manipulação de poder domine, a
sociedade tem agido por conta própria devido ao não controle de seus atos.
Segundo afirma o sociólogo Antônio Rangel, coordenador de desarmamento do Viva
Rio, "a violência não é um fenômeno cíclico, sobre o qual interferem
inúmeros fatores, muitos dos quais não se refletem nas estatísticas, que são
necessariamente parciais."
Apontar possíveis culpados para o aumento do
desregramento é em contra partida, um tiro no escuro. Afinal, a sociedade ainda
se contrapõe, o que leva ambos a estabilizarem a balança, não levando nenhum
nem outro a condenação.
Portanto, é necessário que a hierarquia
dominante se conscientize e exerça as leis que funcionam apenas no papel. Dessa
forma, a balança decairá para algum dos lados, e, só assim saberemos quem
realmente merece ocupar o banco dos réus.
Aluno: Welber Oliveira
Professor:
Diogo Didier
Nenhum comentário:
Postar um comentário