“A
criança não tem culpa da irresponsabilidade dos pais”, geralmente esse é o
discurso adotado por aqueles que são contra o aborto. Porém é necessário
lembrar que a vida em perigo não é apenas a do bebê no ventre da mãe. E que
fatores muito relevantes, como de independência e saúde física e mental da
mulher, devem ser considerados no momento de defender algum ponto de vista.
Durante muitos anos a mulher foi inferiorizada e submissa
ao homem. Hoje, ela conquista cada vez mais seus direitos, mas ainda não pode
mandar em seu próprio corpo. É obrigada pela lei a levar adiante uma gravidez
que ela não planejou caso contrário corre o risco de ser tratada como
criminosa, ficando de 1 a 3 anos presa quando não necessariamente oferece risco
à sociedade.
Nesse sentido, está em votação o projeto conhecido como
Bolsa Estupro que concede direitos ao embrião a partir do momento em que ele é
gerado e oferece beneficio financeiro a quem não interromper a gestação. Este
projeto faz retomar a uma sociedade patriarcal, que controla o corpo da mulher
e que está mais preocupada em respeitar certos valores culturais que erradicar
a violência sexual que elas sofrem.
Legalizar o aborto não significa necessariamente um
aumento na incidência dos casos. Na China e na Holanda, onde isso aconteceu, os
casos de interrupção de gravidez manteram-se intactos, ou seja, não aumentaram
e também não diminuíram. Esses países tem um sistema de saúde que auxilia as
grávidas, ao contrário do Brasil, onde muitas morrem, pois recorrem a métodos
perigosos por não receberem apoio.
É necessário perceber que o aborto é uma questão de saúde
pública e respeito aos direitos das mulheres. O Brasil deveria seguir o exemplo
desses países que legalizaram o aborto e apoiam as mulheres em suas decisões.
Legalizar o aborto não significa que mais vidas serão tiradas e sim que mais
pessoas serão independentes e conscientes do que fazem.
Aluna: Amanda Raiza
Professor: Diogo Didier
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