19 maio 2013

Vidas em Jogo



“A criança não tem culpa da irresponsabilidade dos pais”, geralmente esse é o discurso adotado por aqueles que são contra o aborto. Porém é necessário lembrar que a vida em perigo não é apenas a do bebê no ventre da mãe. E que fatores muito relevantes, como de independência e saúde física e mental da mulher, devem ser considerados no momento de defender algum ponto de vista.

            Durante muitos anos a mulher foi inferiorizada e submissa ao homem. Hoje, ela conquista cada vez mais seus direitos, mas ainda não pode mandar em seu próprio corpo. É obrigada pela lei a levar adiante uma gravidez que ela não planejou caso contrário corre o risco de ser tratada como criminosa, ficando de 1 a 3 anos presa quando não necessariamente oferece risco à sociedade.

            Nesse sentido, está em votação o projeto conhecido como Bolsa Estupro que concede direitos ao embrião a partir do momento em que ele é gerado e oferece beneficio financeiro a quem não interromper a gestação. Este projeto faz retomar a uma sociedade patriarcal, que controla o corpo da mulher e que está mais preocupada em respeitar certos valores culturais que erradicar a violência sexual que elas sofrem.

            Legalizar o aborto não significa necessariamente um aumento na incidência dos casos. Na China e na Holanda, onde isso aconteceu, os casos de interrupção de gravidez manteram-se intactos, ou seja, não aumentaram e também não diminuíram. Esses países tem um sistema de saúde que auxilia as grávidas, ao contrário do Brasil, onde muitas morrem, pois recorrem a métodos perigosos por não receberem apoio.

            É necessário perceber que o aborto é uma questão de saúde pública e respeito aos direitos das mulheres. O Brasil deveria seguir o exemplo desses países que legalizaram o aborto e apoiam as mulheres em suas decisões. Legalizar o aborto não significa que mais vidas serão tiradas e sim que mais pessoas serão independentes e conscientes do que fazem.

                                                                                                       Aluna: Amanda Raiza
                                                                                            Professor: Diogo Didier

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