Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada
por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade.
Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!
De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões,
percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.
Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a
letra c. Depois, lembrei das
drogas pesadas: cocaína,
crack e maconha. Vale
lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem
mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também –
adivinha – começa com a letra c.
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que
por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola
vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria
haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente
revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum.
Impressionante, hein?
E o computador
e o chocolate? Estes dispensam
comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente
daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar
que vicia é aquele extraído da cana.
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente,
testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo o
mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade… cinco.
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa
com a letra C. Pois você está
redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a
conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o
“ato sexual”, e este é denominado coito.
Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo
que começa com cê vicia. Se fosse assim,
estaríamos salvos, pois a humanidade seria viciada em Cultura.
Luiz Fernando Veríssimo
No meu ver, a questão do vicio vai de cada um.
ResponderExcluirSou usuário de cannabis e não é um vicio meu.
Mas, são poucas as pessoas que sabem os seus limites, infelizmente.