Tema: Mulheres do Brasil:
ascensão, conquista e desafio.
Desconstruindo Amélia
Atividades domésticas. Cuidar da
família. Procriar. Salários inferiores. Historicamente submissa, a mulher passa
por um processo de mudanças e mostra que sua condição de inferioridade na
sociedade está ficando para trás. O grito de independência feminina foi
ocasionado quando pela luta contra as más condições de trabalho numa indústria
americana; a partir disso, o oito de março ecoa mundialmente imortalizado para
celebrar um marco na ascensão social da mulher. Hoje, a Amélia troca o avental
doméstico por um uniforme ou pelo mais alto cargo de uma nação. Diante dessa
análise, verifica-se que muito já se conquistou, porém há pontos a serem
desestigmatizados pela sociedade, que ainda repreende a mulher no tocante à sua
ascensão moral e particular.
A ideia cristalizada de
superioridade masculina está perdendo espaço – de forma literal. Atualmente é
possível encontrar mulheres exercendo as mais variadas funções, de maquinistas
a diretoras empresariais. A luta para tal “façanha” foi árdua e conquistada
paulatinamente. E, como ápice dessa conquista na esfera do trabalho, há
importantes países governados por mulheres. Servem de exemplo o Brasil,
comandado por Dilma Rousseff; a Argentina, por Cristina Kirchner e o Chile,
tendo Michelle Bachelet como ex-presidente. Elas provam que a mulher dota de
mesmo vigor e possui igual capacidade para gerir cargos até então exercidos
somente por homens.
Estabelecidas tais conquistas, é
importante destacar que a classe feminina ainda se vê diante de tabus a serem
desestigmatizados. No que se refere à sua vida privada, enfrenta discriminação
e revolta. Como forma de ressoar o grito de independência, as chamadas
“feministas” organizam-se em marchas e manifestos para reivindicar os seus
direitos. A Marcha das Vadias, por exemplo, é uma forma de disseminar o
conceito de que toda mulher possui o direito de vestir-se e comportar-se da
maneira que desejar – idem ao homem. Também engajam-se pelo fim da “cultura de
estupro”, que expõe o gênero como símbolo sexual (cultuando sua forma física) e
passivo aos desejos e conquistas masculinos, evidenciada em propagandas de
bebidas alcoólicas e de automóveis.
Fica claro perceber, portanto,
que, embora ascendido socialmente, a atual situação feminina tem desafios a
serem conquistados. Disseminar a ideia de que todo o cidadão possui os mesmos
direitos e são “iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”
(conforme consolidado na Constituição Federal), ratificando que o direito de
expressão e liberdade sexual femininos é tão igual quanto o masculino,
mostra-se como algo possível para iniciar a mudança de uma sociedade envolta
numa concepção machista ainda dominante. Assim, a imagem da Amélia que “foi
educada pra cuidar e servir”, da música da cantora Pitty, será desconstruída e
ficará no passado.
Aluno: Rossini Gomes
Professor: Diogo Didier
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