Tema: Como entender o
ser humano?
Entre
o ser e o saber
Nomenclatura
oficial da espécie humana, Homo sapiens quer
dizer homem sábio, aquele que sabe. Em se tratando, contudo, das normas morais
e éticas, ele sabe o que é certo e o errado, mas deixa-se atrair por caminhos
muitas vezes inadequados, como é o caso da intrínseca individualidade. Porém,
não há como o homem progredir social e cientificamente se ainda há mistérios no
íntimo humano a serem descobertos, sendo os sentimentos controversos os
principais responsáveis pela infinidade de comportamentos inerentes ao seres
humanos.
Por
maior que seja a ânsia por conhecer o desconhecido e conquistá-lo, o ser humano
depara-se com atitudes que o impedem de seguir adiante. Seu erro, entretanto, é
desejar explorar o universal quando sequer domina o pessoal. Em outras
palavras, porque almejar objetivos tão grandiosos quando ainda não é possível
conhecer psicologicamente o ser humano, seus sentimentos e concepções? Como
escreveu Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, “ao acabarem [as conquistas]
só resta ao homem a dificílima viagem de si a si mesmo”. Neste sentido, um dos
fatores que impedem a sociedade de progredir em suas obstinações é a falta de
conhecimento pessoal.
Apesar
de, cientificamente, o ser humano ser considerado a espécie de maior sucesso,
sua sabedoria é facilmente distorcida por “cortesias” que o fazem valorizar o
“ter” em detrimento do “ser”. É o caso da corrupção, na qual uma parcela da
população é favorecida quando uma maioria carrega o peso de uma nação injusta e
desigual. Não há uma explicação lógica para o fato de o homem, ao mesmo tempo
em que é intelectual, solidário e capaz, ser absurdamente corrupto e imoral. O
desconhecimento do “eu”, então, proporciona caminhos favoráveis para tais
contradições.
Sem
autocrítica ou autocontrole, entre outros “autos”, as pessoas tornam-se
susceptíveis a atos que, muitas vezes, ferem os direitos humanos, e isso requer
uma reflexão concisa de quem é e o que pensa, bem como o que quer o ser humano.
O ideal seria descobrir, de fato, esta espécie que pensa, que sente, que sabe,
e colonizá-la a fim de extrair atitudes fortemente humanitárias. Apenas desta
forma, o homem conhecerá, segundo Drummond, a “alegria de com-viver”.
Aluna: Ana
Carolina Lima
Prof. Diogo
Didier
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