29 setembro 2012

A Conferência da Rio +20 foi um fiasco sobre todos os aspectos.



Um fiasco, pela ausência de muitas representações governamentais, como por exemplo, a ausência do presidente americano Barac Obama, chefe de estado de uma das maiores potencias mundiais.
Um fiasco,  porque as nações mais ricas do mundo, não assumiram responsabilidades financeiras sobre o que foi acordado no texto sobre a economia verde.
Um fiasco, porque os governantes não contribuiram em nada para que houvesse mudanças no texto produzido pelos diplomatas nas rodadas iniciais.
Um fiasco, pelas críticas veladas feitas pelos governantes de países pobres, em especial os do cone sul , do continente africano e asiáticos, em relação ao não comprometimento dos países mais ricos com a questão da economia verde e da preservação ambiental.
Um fiasco, porque transformaram a Rio +20 numa oportunidades de negócios bilaterais entre os países mais ricos e emergentes.
Um fiasco, um deboche, um circo, uma enganação, que prova inegavelmente, que as nações mais ricas não estão preocupadas com futuro da terra; estão preocupadas com suas economias, suas políticas de desenvolvimento, deixando de lado a preservação do meio ambiente, a pobreza que assolapa países africanos, sul-americanos e asiáticos.
Do ponto de vista político e econômico,  a Rio +20 foi um sucesso. Um sucesso para que acordos de comércio pudessem ser fechados.
De acordo com as declarações emitidas pelo Secretário Geral da ONU, o texto produzido pelos diplomatas, que ficou aquém  dos objetivos da Rio +20, será aprovado e mantido até a próxima conferência das nações sobre meio ambiente.
A economia verde ficou para novos debates e encontros de chefes de governo. Cada país individualmente que continue trabalhando para reduzir a emissão de gases poluentes, continue a produzir energias limpas, reduza a pobreza e adote medidas de preservação da natureza.
A Rio +20 não passou de um forma de promover  internacionalmente o Brasil e a cidade do Rio de Janeiro, como sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
A Rio +20 serviu como atrativo internacional para aquecer a economia do Rio de Janeiro, e atrair investimentos internacionais para o Brasil.
A Rio +20 foi uma vergonha quando o assunto foi a economia verde, desenvolvimento sustentável sem agressão à natureza.
Enquanto os Europeus estavam preocupados com a UEFA EURO 2012, pouco mais de 94 países compareceram a Conferência da Rio +20, um número muito abaixo da presença na Eco 92.
Quem realmente ganhou com a Rio +20, foi a “nota verde” – O dólar – que esteve presente nas negociações bilaterais mantidas pelos chefes de governo.
Parece que a reunião da cúpula dos 40 países ricos e emergentes realizada no México em meio ao andamento da Rio +20, ganhou da Rio +20. Os países decidiram ajudar financeiramente os países mais pobres, contribuindo com a criação de um fundo internacional de combate a pobreza, e o Brasil já autorizou a liberação e doação de 40 milhões de dólares.
O fiasco da Rio +20 serviu como um alerta, para que as nações sejam mais agressivas e ambiciosas na construção de uma carta para preservação da natureza, e as nações mais ricas assumam financeiramente os gastos com essa preservação.
A Rio +20 deixou claro que, se fala muito sobre desenvolvimento sustentável, mas pouco se fez desde o tratado de Kioto e a Eco 92.
Esperamos que nas próximas rodadas de discussões entre os chefes de governo, que estarão ocorrendo ao longo dos anos seguintes, possam resultar em um texto final, onde todos assumam responsabilidades com a preservação do meio ambiente. Mas parece que as nações mais ricas do mundo, não estão mobilizadas em mexer em seus orçamentos e investir  no assunto.
Será que realmente chegarão a um acordo que seja bom para todos os povos?
Texto do Vieira

Vieira/G1

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