Um
fiasco, pela ausência de muitas representações governamentais, como por
exemplo, a ausência do presidente americano Barac Obama, chefe de estado de uma
das maiores potencias mundiais.
Um
fiasco, porque as nações mais ricas do mundo, não assumiram
responsabilidades financeiras sobre o que foi acordado no texto sobre a
economia verde.
Um
fiasco, porque os governantes não contribuiram em nada para que houvesse
mudanças no texto produzido pelos diplomatas nas rodadas iniciais.
Um
fiasco, pelas críticas veladas feitas pelos governantes de países pobres, em
especial os do cone sul , do continente africano e asiáticos, em relação ao não
comprometimento dos países mais ricos com a questão da economia verde e da
preservação ambiental.
Um
fiasco, porque transformaram a Rio +20 numa oportunidades de negócios
bilaterais entre os países mais ricos e emergentes.
Um
fiasco, um deboche, um circo, uma enganação, que prova inegavelmente, que as
nações mais ricas não estão preocupadas com futuro da terra; estão preocupadas
com suas economias, suas políticas de desenvolvimento, deixando de lado a
preservação do meio ambiente, a pobreza que assolapa países africanos,
sul-americanos e asiáticos.
Do ponto
de vista político e econômico, a Rio +20 foi um sucesso. Um sucesso
para que acordos de comércio pudessem ser fechados.
De
acordo com as declarações emitidas pelo Secretário Geral da ONU, o texto
produzido pelos diplomatas, que ficou aquém dos objetivos da Rio
+20, será aprovado e mantido até a próxima conferência das nações sobre meio
ambiente.
A
economia verde ficou para novos debates e encontros de chefes de governo. Cada
país individualmente que continue trabalhando para reduzir a emissão de gases
poluentes, continue a produzir energias limpas, reduza a pobreza e adote
medidas de preservação da natureza.
A
Rio +20 não passou de um forma de promover internacionalmente o
Brasil e a cidade do Rio de Janeiro, como sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014
e as Olimpíadas de 2016.
A
Rio +20 serviu como atrativo internacional para aquecer a economia do Rio de
Janeiro, e atrair investimentos internacionais para o Brasil.
A
Rio +20 foi uma vergonha quando o assunto foi a economia
verde, desenvolvimento sustentável sem agressão à natureza.
Enquanto
os Europeus estavam preocupados com a UEFA EURO 2012, pouco mais de 94 países
compareceram a Conferência da Rio +20, um número muito abaixo da presença na
Eco 92.
Quem
realmente ganhou com a Rio +20, foi a “nota verde” – O dólar – que esteve
presente nas negociações bilaterais mantidas pelos chefes de governo.
Parece
que a reunião da cúpula dos 40 países ricos e emergentes realizada no México em
meio ao andamento da Rio +20, ganhou da Rio +20. Os países decidiram ajudar
financeiramente os países mais pobres, contribuindo com a criação de um fundo
internacional de combate a pobreza, e o Brasil já autorizou a liberação e
doação de 40 milhões de dólares.
O
fiasco da Rio +20 serviu como um alerta, para que as nações sejam mais
agressivas e ambiciosas na construção de uma carta para preservação da
natureza, e as nações mais ricas assumam financeiramente os gastos com essa
preservação.
A
Rio +20 deixou claro que, se fala muito sobre desenvolvimento sustentável, mas
pouco se fez desde o tratado de Kioto e a Eco 92.
Esperamos
que nas próximas rodadas de discussões entre os chefes de governo, que estarão
ocorrendo ao longo dos anos seguintes, possam resultar em um texto final, onde
todos assumam responsabilidades com a preservação do meio ambiente. Mas parece
que as nações mais ricas do mundo, não estão mobilizadas em mexer em seus
orçamentos e investir no assunto.
Será
que realmente chegarão a um acordo que seja bom para todos os povos?
Texto
do Vieira
Vieira/G1
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