Tema:
VIVER COM A DIFERENÇA: O DESAFIO DO HOMEM MODERNO
Embora a máxima “Narciso acha feio
o que não é espelho” tenha sido escrita na década de 80 pelo compositor Caetano
Veloso, ela continua mais atual do que nunca e pode ser considerada como uma
espécie de síntese do pensamento que permeia um considerável percentual da
sociedade. Se no passado, a história ilustrou diversas discriminações entre os
seres humanos, hoje ela continua se repetindo: a Xenofobia e a Homofobia têm
despontado como os dois maiores problemas comportamentais da humanidade,
causando-lhe dor e sofrimento.
Antagonicamente, boa parte da
população, ainda que mestiça, contém uma grande carga de preconceito. É
provável que essa cultura seja um reflexo das ações governamentais de outrora,
quando ainda, no período colonial, o Imperador Don Pedro II, intencionando
clarear a cor da população brasileira, viabilizou o ingresso de imigrantes
alemães, italianos e ucranianos entre outros. Se há algumas décadas após, o
mundo testemunhou estarrecido as atrocidades promovidas pelo alemão Hitler com
a sua eugenia; o Brasil atualmente ganhou destaque na mídia internacional: a
estudante de direito, Mayara Petruso, em um acesso de xenofobismo explícito,
incitou, no Facebook, a morte de nordestinos como uma das soluções para a
capital paulista.
Enquanto o Nordeste é hostilizado
por esse movimento, os homossexuais igualmente sofrem com outro: a Homofobia. A
opção sexual vem sendo usada como marca divisória entre o respeito e o
sarcasmo, a idoneidade e o deboche. Entretanto o panorama promete mudar:
recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF), trazendo uma interpretação
moderna da Constituição Federal (CF), reconheceu por unanimidade de votos a
união oficial entre casais de mesmo sexo. Dessa forma, garantiu segurança aos
parceiros que encontravam dificuldades em preservar direitos oriundos de suas
relações homoafetivas estáveis.
Em linhas gerais, o Estado tem
trabalhado na direção de dirimir as diferenças equalizando-as sempre que
possível; seja por intermédio da CF que, amparada em suas cláusulas pétreas,
defende a igualdade entre todos; seja por meio de decisões do STF, editando
entendimentos a favor da universalidade dos direitos. Assim, não é bastante que
o homem se ajuste à atual realidade, mas, sobretudo, entenda que não há mais
lugar para preconceitos, quer sejam eles de raça, cor ou sexo. Somos todos uma
só Nação: o Brasil negro, branco, índio e ainda homem, mulher e homossexual.
Aluno: Alexandre Spinelli
Professor: Diogo Didier
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