O  plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quarta-feira  (4) o julgamento que vai decidir sobre o reconhecimento da união entre  casais do mesmo sexo. Após a fala de nove advogados de entidades que  participaram do julgamento e duas horas de voto do relator, ministro  Ayres Britto, o presidente da Corte, Cezar Peluso, adiou o julgamento  para esta quinta-feira (5).
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Até  a suspensão do julgamento, somente o relator havia votado - a favor do  reconhecimento da união estável entre casais do mesmo sexo. Faltam ainda  os votos dos outros dez ministros.
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Caso  o Supremo reconheça a união estável entre casais gays, a decisão criará  um precedente a ser seguido por todas as instituições da administração  pública, inclusive pelos cartórios de todo o Brasil. Direitos como  herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária  passariam a ser assegurados a casais de pessoas do mesmo sexo.
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Para  Ayres Britto, a decisão do tribunal sobre o reconhecimento da relação  entre pessoas do mesmo sexo pode viabilizar inclusive o casamento civil  entre gays e a adoção, que são direitos garantidos a casais em união  estável. Isso só acontecerá se o voto do relator for seguido pela  maioria dos integrantes da Corte.
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A  diferença é que a união estável acontece sem formalidades, de forma  natural, a partir da convivência do casa, e o casamento civil é um  contrato jurídico formal estabelecido entre suas pessoas. 
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O  plenário do STF começou a analisar nesta quarta duas ações, de  relatoria do ministro Britto, propostas pela Procuradoria-Geral da  República (PGR) e pelo governo do estado do Rio de Janeiro.
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A  primeira, de caráter mais amplo, pede o reconhecimento dos direitos  civis de pessoas do mesmo sexo. Na segunda, o governo do Rio quer que o  regime jurídico das uniões estáveis seja aplicado aos casais  homossexuais, para que servidores do governo estadual tenham assegurados  benefícios, como previdência e auxílio saúde.
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Na  prática, a decisão pode garantir a famílias formadas por casais gays os  mesmos direitos das uniões estáveis de heterossexuais. O relator dos  processos defendeu a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade  familiar e condenou o preconceito contra os homossexuais. “O órgão  sexual é um plus, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um  peso, em estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses”, disse Britto.
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O  ministro afirmou ainda que o sexo não pode ser usado como motivo para  tornar pessoas desiguais perante o Estado. Para ele, a conduta dos  casais homoafetivos não é ilegal e deve ser reconhecida pelo estado.
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“Quem  ganha com a equiparação postulada pelo homoafetivos? Os homoafetivos.  Quem perde? Ninguém perde. Os homoafetivos não perdem, os heterossexuais  não perdem, a sociedade não perde”, afirmou o relator. 
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Visto no Blog: Nosso Cotidiano
 
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Acho que isso passará fácil,fácil pelo STF.
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