Fonte: Toda Forma de Amor
Brasil trata bullying com cartilha, EUA com mobilização nacional
Ajuda às vítimas no Brasil ainda está no discurso
Um único assunto: bullying (agressões de alunos contra alunos nas escolas) e frentes de combates bem diferentes ao se comparar o Brasil e os Estados Unidos. Os norte americanos decretaram guerra nacional contra esse tipo de violência. O Brasil deu um passo importante ao lançar uma cartilha sobre o assunto, mas falta muito, muito mais.
Nos Estados Unidos celebridades gravaram mensagens contra o bullying exibidas em rede nacional. Juristas participaram de audiência com depoimentos de personalidades gays e de políticos gays. Nos Estados Unidos, o bullying provocou uma mobilização nacional em toda a sociedade estimulando o combate, propondo soluções, punindo agressores, protegendo vítimas.
Os suicídios de jovens gays norte americanos são tratados com a seriedade de um crime de ódio. As vítimas são homenageadas, os pais protegidos. No caso mais recente, a da morte do estudante Tyler Clement houve manifestações reunindo centenas de pessoas. O aluno de 18 anos se matou, em Nova Jersey, depois que os colegas de quarto fizeram imagens dele em intimidades com outro homem e publicaram na Internet.
Até o presidente Barack Obama gravou mensagem da campanha "It´s Get Better" (As Coisas vão Melhorar, em tradução livre), assim como outras personalidades do país. "Isto (bullying) é algo que simplesmente não poderia acontecer neste país" disse Obama.
O Ministério da Educação norte americano lançou, esta semana, uma determinação informando aos professores que é responsabilidade deles combater o bullying e, especialmente, denunciando os casos. O documento determina ainda o fim e a proibição de humilhação com base na orientação sexual dos alunos.
No Brasil não se tem estatísticas. No Brasil, os casos caminham para uma única vala: a do silênciodas vítimas, dos pais e das escolas. Em instituições particulares a situação é ainda pior, já que o poder econômico contribui para abafar os casos. Nas escolas públicas, o combate ao bullying tem muito mais efeito.
Produzida pela médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, a cartilha contra o bullying lançada pelo Conselho Nacional de Justiça traz em 16 páginas um excelente material para professores, pais e a sociedade em geral. O conteúdo é baseado no livro "Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas" de Ana Beatriz que é diretora técnica da Medicina do Comportamento SP e RJ. Falta agora a mobilização nacional.
Leia a Cartilha
da Redação do Toda Forma de Amor
os educadores ainda não estão preparados para combater o bullying e precisa se repensar em novos modelos de educaçao porque cartilha e mobilizaçao nacional são muito superficiais para este problema que trás consequências tão trágicas!
ResponderExcluirbeijos
Poxa, que pena isso ne Diogo.
ResponderExcluirtriste mesmo ver essa violência,quando poderia ser totalmente diferente.
Sera a falta de amor?
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Beijossssssss lindo o post, acho que todos nós devemos nos preocupar tentar fazer alguma coisa para melhorar isso.
Concordo com vocês! O byllying deve ter um espaço especial no programa educacional do país, para que possamos reverter os atuais incidentes que ele acarrete fisíca e psicologicamente na vida das crianças.
ResponderExcluirpor cá também está a acontecer essas cenas de bullyng é assustador o que essas crianças sofrem e nada contam aos professores ou á família com medo de represálias maiores
ResponderExcluirBj
Sabe qual a impressão que eu tenho sobre esta e muitas outras atrocidades que acontecem em nossa asociedade, Diogo? A gente tem muitas mazelas sociais, sim, as desigualdades são mairores do que na maioria dos lugares do mundo, mas tem um estímulo muito grande para todo tipo de bandido, de corrupto, de marginal, de delinquente: é a certeza da impunidade que transita em nosso meio. Já reparou que para a maioria dos grandes delitos há uma certa folga com relação às punições exemplares? Claro que o processo educacional é o mais importante, mas as coisas têm que caminhar juntas, a meu ver. Um abração. paz e bem.
ResponderExcluirBelíssimo texto, realmente demos apenas os primeiros passos, ainda temos muito que avançar na questão de direitos e separação de fé e estado.
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