07 setembro 2010

Coração Ateu


Esse coração ateu
Não é meu
Nem é teu
Ele está acorrentado
Trancado nas profundezas da solidão
Vivendo por doação
Prestes a morrer
Perto do vale da tristeza
Do esquecimento
Da desventura
Do desamor...
Ele clama por algo
Chama um nome que eu não entendo
As palavras querem fugir das suas veias
O coração quer escapar
Sinto que ele quer sair
Ele quer encontrar a sua alma gêmea
Quer se libertar do sofrimento que o consome
Da incerteza que o guia
Ele quer recuperar os sentidos
Quer bater novamente
Quer pulsar o sangue para a direção certa
Mas falta alguma coisa
Algo que impulsione essa libertação
Um motor talvez!
Uma válvula mágica
Uma mão
algo...
Mas o quê?
Não sei...
Quem?
Também não sei...
Enquanto não acerto esse enigma ele morre
O coração sangra
Não o meu
Nem o teu
Mas o de quem então?


continua...

5 comentários:

  1. Embora suas experiencias poéticas sejam recentes, são de fato muito boas! Avanilda adoraria publicar isso no MEL kkkkkk !! PARABÉNS!

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  2. Obrigado amor! estou tendo várias epifanias de uns tempos para cá!

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  3. Oi, Gatinho1

    De quem será esse pobre coraçãozinho, tão sofredor?
    Enquanto ele se revelar, não há como curá-lo!
    Tomara que ele se revele logo...

    Seus poemas estão maravilhosamente doloridos de tão tocantes!
    Parabens, lindo, ah como é bom ver um rosto bonito sorrindo!

    Beijos.

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  4. Obrigado Meru! Gosto de fazer poemas enigmáticos. A ideia é deixar no ar o gosto da reflexão, da dúvida, do questionamento...

    É sempre bom tê-la por aqui!

    bjoxxxxxxxxxxxxxxxxxx linda!

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  5. Feche os olhos e deixe o coração encontrar-se com o Amor!
    E viva a vida Diogo!!!
    Beijossss

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