Incrível! Indescritível! Inenarrável...Esses são alguns dos adjetivos que tentam classificar o novo show de Maria Bethânia. Na última sexta-feira eu tive o privilégio de contemplar o belissímo espetáculo "Amor, festa e Devoção", compliação dos dois mais novos cds de Bethânia, "Tua" e "Encanteria". O primeiro exala um clima de romantismo típico das canções clássicas que fizeram parte da sua trajetória. O segundo é marcado pelas músicas e toadas do povo da Bahia, no qual o carro chefe são a musicalidade e a devoção. Aclamado pela crítica e público, esse novo show de Bethânia consegue unir duas coisas que, para muitos, seria totalmente distintas, a religiosidade e o amor execerbado. O resultado dessa eclética mistura não poderia ter sido mais arrebatadora, visto que por todo o país onde ela se apresentou a receptividade foi acima do esperado.
A aceitação do público ao novo espetáculo de Bethânia têm suas razões, a começar pela escolha do repertório. Os dois cds de músicas inéditas trouxeram para o mercado musical uma Bethânia clássica em sua essência, porém antenada com os grandes nomes do cenário musical da atualidade. Prova disso é a participação de Gilberto Gil, um dos maiores cantores e compositores brasileiros, numa das faixas do cd "Encanteria" chamada "Saudade Dela". Além é claro do seu irmão Caetando Veloso que nessa mesma música faz uma bela tríade, proporcionando um encontro raro na música nacional. Nesse mesmo cd a cantora Vanessa da Mata fez uma linda letra denominada "Ê Senhora", na qual emana toda a regionalidade do povo baiano, terra onde Bethânia nasceu e viveu grande parte da sua vida.
Já no outro cd, "Tua", nomes como Adriana Calcanhoto e Jorge Vercilo encabeçam a trilha romântica das faixas. Escolhidas detalhadamente por Bethânia, as canções transpiram sentimento e paixão, elementos que sempre fizeram parte da carreira dessa diva. O legal é que ela conseguiu fazer uma mistura bem interessante durante o seu show. Em vários momentos do seu repertório Bethânia encaixou músicas que a consagraram no cenário nacional, como a linda interpretação da música "É o Amor", conhecida, a priori, na voz da dupla Zezé de Camargo & Luciano. Essa música, já bem conhecido do público brasileiro, ganhou uma nova versão, mais melodiosa e romântica. Isso mesmo, romântica! Bethânia conseguiu extrair de cada palavra dessa canção um sentimento amoroso visto por poucos. Para isso ela fez um pequeno acústico nessa canção, deixando a plateia em polvorosa.
Outro detalhe marcante é o cenário desse show. A cascata de rosas atrás de Bethânia, esparramando por todo o palco é algo delicado, romântico, sútil e extremamente apaixonante. Acredito que uma dos melhores momentos do show é quando as luzes da ribalta se acendem e as cortinas se abrem, mostrando um mar de rosas e na frente delas uma pessoa divinal vestida de branco. É nesse contraste que bethânia inicia as suas primeiras canções, levando o povo a loucura. Na foto abaixo dá para se ter uma ideia do bom gosto na escolha do cenário.
A aceitação do público ao novo espetáculo de Bethânia têm suas razões, a começar pela escolha do repertório. Os dois cds de músicas inéditas trouxeram para o mercado musical uma Bethânia clássica em sua essência, porém antenada com os grandes nomes do cenário musical da atualidade. Prova disso é a participação de Gilberto Gil, um dos maiores cantores e compositores brasileiros, numa das faixas do cd "Encanteria" chamada "Saudade Dela". Além é claro do seu irmão Caetando Veloso que nessa mesma música faz uma bela tríade, proporcionando um encontro raro na música nacional. Nesse mesmo cd a cantora Vanessa da Mata fez uma linda letra denominada "Ê Senhora", na qual emana toda a regionalidade do povo baiano, terra onde Bethânia nasceu e viveu grande parte da sua vida.
Já no outro cd, "Tua", nomes como Adriana Calcanhoto e Jorge Vercilo encabeçam a trilha romântica das faixas. Escolhidas detalhadamente por Bethânia, as canções transpiram sentimento e paixão, elementos que sempre fizeram parte da carreira dessa diva. O legal é que ela conseguiu fazer uma mistura bem interessante durante o seu show. Em vários momentos do seu repertório Bethânia encaixou músicas que a consagraram no cenário nacional, como a linda interpretação da música "É o Amor", conhecida, a priori, na voz da dupla Zezé de Camargo & Luciano. Essa música, já bem conhecido do público brasileiro, ganhou uma nova versão, mais melodiosa e romântica. Isso mesmo, romântica! Bethânia conseguiu extrair de cada palavra dessa canção um sentimento amoroso visto por poucos. Para isso ela fez um pequeno acústico nessa canção, deixando a plateia em polvorosa.
Outro detalhe marcante é o cenário desse show. A cascata de rosas atrás de Bethânia, esparramando por todo o palco é algo delicado, romântico, sútil e extremamente apaixonante. Acredito que uma dos melhores momentos do show é quando as luzes da ribalta se acendem e as cortinas se abrem, mostrando um mar de rosas e na frente delas uma pessoa divinal vestida de branco. É nesse contraste que bethânia inicia as suas primeiras canções, levando o povo a loucura. Na foto abaixo dá para se ter uma ideia do bom gosto na escolha do cenário.
Um outro momento que me marcou muito foi quando Bethânia falou sobre a proposta do seu show. Entre as palavras ditas por ela, um frase me chamou atenção: "Deus me deu voz e eu a faço ecoar". Essa frase me deixou comovido, de modo que comecei a refletir sobre ela. Na verdade o que ela diz só reforça o que um grande crítico da musica nacional disse sobre o estilo de sua voz: "Bethânia é a nossa maior reliquia vocal". Lembro-me que recentemente Bethânia deu uma entrevista num consagrado site de noticias na internet, no qual, quando interrogada sobre seu estilo único de cantar, ela respondeu com a simplicidade que lhe é peculiar: "Meu canto não é meu, são as sereias que me possuem...Lindo! Poucos artistas no Brasil e no mundo tem a sensibilidade que Bethânia tem.
O que também me deixou muito feliz foi presenciar na plateia pessoas de várias faixas etárias. Acabou o tempo em que assitir o show de Bethânia ou de outros cantores da antiga/atual MPB, fosse um programa para pessoas mais velhas. Procurar ouvir cantores que respeitam a musicalidade nacional, desde os estilos mais clássicos até os regionais está se tornando comum entre as pessoas de ouvidos apurados. Hoje, felizmente elas estão buscando cada vez mais artistas completos, com conteúdo e, sobretudo com uma trajetória musical respeitável e isso tudo Bethânia tem de sobra. Adolescentes cantando músicas de dez, vinte anos atrás mostra que a decadência em que as canções nacionais insistem em furtar nossos jovens não alcançou toda a parcela da população, pois ainda exitem pessoas que buscam o que tem de melhor na pluralidade musical do nosso país.
Bethânia não é apenas uma simples intérprete, nem tão pouco uma cantora comum. Ela é um grande tesouso vivo e deve ser aclamada por isso. Seu canto é único, suas canções são inesquicivés, suas interpretações são inconfundíveis e seu talento é indiscutível. O seguidor do meu blog (Cacá), disse um coisa que eu concordo plenamente: "Bethânia deveria ser tombada como patrimônio nacional". Cacá você tem toda a razão. Ela é uma diva, uma musa, uma entidade, que viverá eternamente retratando essa terra tão rica e mista que é o nosso Brasil. Ninguém consegue cantar tão bem a nossa religiosidade, nossos índios, nossa mata , nosso amor intimista, nosso amor regionalista, nossos animais, plantas do que Maria Bethânia.
Se você que está lendo esse post achou exagero tudo o que eu disse eu o desafio a sentir a energia positiva que emana da voz dessa mulher. Vá, se tiver oportunidade, assistir e ver de perto o que o nosso Brasil tem de melhor na musica, poesia e interretação. Temos que começar a valorizar os nossos artistas enquanto estes estão vivos e produzindo. Não podemos viver com a alcunha de adorá-los postumamente. Bethânia tem que ser vista, lida, estudada, aplaudida, ovacionada agora. A geração atual precisa ser contaminada com o seu infidável talento, com a sua devoção ilimitável, com a sua voz incomparável, com a sua simplicidade inesgotável, com toda a gana de sentimentos que um verdadeiro artísta tem que ter para comover o público, como Maria Bethânia faz.
O que também me deixou muito feliz foi presenciar na plateia pessoas de várias faixas etárias. Acabou o tempo em que assitir o show de Bethânia ou de outros cantores da antiga/atual MPB, fosse um programa para pessoas mais velhas. Procurar ouvir cantores que respeitam a musicalidade nacional, desde os estilos mais clássicos até os regionais está se tornando comum entre as pessoas de ouvidos apurados. Hoje, felizmente elas estão buscando cada vez mais artistas completos, com conteúdo e, sobretudo com uma trajetória musical respeitável e isso tudo Bethânia tem de sobra. Adolescentes cantando músicas de dez, vinte anos atrás mostra que a decadência em que as canções nacionais insistem em furtar nossos jovens não alcançou toda a parcela da população, pois ainda exitem pessoas que buscam o que tem de melhor na pluralidade musical do nosso país.
Bethânia não é apenas uma simples intérprete, nem tão pouco uma cantora comum. Ela é um grande tesouso vivo e deve ser aclamada por isso. Seu canto é único, suas canções são inesquicivés, suas interpretações são inconfundíveis e seu talento é indiscutível. O seguidor do meu blog (Cacá), disse um coisa que eu concordo plenamente: "Bethânia deveria ser tombada como patrimônio nacional". Cacá você tem toda a razão. Ela é uma diva, uma musa, uma entidade, que viverá eternamente retratando essa terra tão rica e mista que é o nosso Brasil. Ninguém consegue cantar tão bem a nossa religiosidade, nossos índios, nossa mata , nosso amor intimista, nosso amor regionalista, nossos animais, plantas do que Maria Bethânia.
Se você que está lendo esse post achou exagero tudo o que eu disse eu o desafio a sentir a energia positiva que emana da voz dessa mulher. Vá, se tiver oportunidade, assistir e ver de perto o que o nosso Brasil tem de melhor na musica, poesia e interretação. Temos que começar a valorizar os nossos artistas enquanto estes estão vivos e produzindo. Não podemos viver com a alcunha de adorá-los postumamente. Bethânia tem que ser vista, lida, estudada, aplaudida, ovacionada agora. A geração atual precisa ser contaminada com o seu infidável talento, com a sua devoção ilimitável, com a sua voz incomparável, com a sua simplicidade inesgotável, com toda a gana de sentimentos que um verdadeiro artísta tem que ter para comover o público, como Maria Bethânia faz.
ASSISTA UM POUCO DO SHOW DELA:
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