07 junho 2018

Só a homossexualidade vai salvar a espécie - Por Gregório Duvivier



Precisamos falar de um problema seríssimo. A hiperpopulação. Sim, tem gente demais no mundo. Todo mundo que pegou o trem pra Japeri às seis da tarde sabe disso. Todo mundo que já foi pro aniversário do supermercado Guanabara também. Todo mundo que já passou um Carnaval em Salvador ou frequentou um natal do Mister Catra sabe: tem gente demais no planeta.

Não sou eu que tô dizendo. São os cientistas. Alguns dizem que o mundo devia ter a metade dos habitantes do que tem. Outros dizem que é um terço. Todos concordam que tá apertado demais pra gente e que tem gente que não deveria estar aqui.

Eu sei o que você tá pensando: será que ele tá falando de mim? Calma. Todo o mundo já se perguntou em algum momento: o mundo tem 3 bilhões de pessoas a mais do que deveria, será que eu sou uma delas? Provavelmente é. E eu também. Em cada ano nascem 80 milhões de pessoas, e já já o mundo vai ter 10 bilhões de pessoas, e se tudo continuar como está, o mar vai ter subido alguns metros.

Enquanto o mundo superlota, deputados alegam que a homossexualidade vai acabar com o mundo, porque homem com homem não pode ter filho, nem mulher com mulher, daí se todo homem gostar de homem e toda mulher, de mulher, ninguém mais vai ter filho. Ou seja, EUREKA.

Foi um deputado evangélico, por meio do seu discurso, que me fez ver a verdade: a única salvação pra espécie humana é a prática da homossexualidade. Ao contrário do que podem tentar te convencer, não existe sexo seguro entre heterossexuais. Se você quer estar 100% seguro/a de que ninguém vai engravidar, melhor transar com alguém do mesmo sexo. Nunca, na história do mundo, dois homossexuais conseguiram engravidar transando entre si. E olha que estão experimentando há milênios, e em toda sorte de posições e temperaturas. De todas as pesquisas da ciência, essa é a mais antiga -e, apesar dos resultados pouco entusiasmantes, a prática continua, por ser prazerosa.

Por isso, faça esse esforcinho e passe mais tempo no vestiário do clube.

"Ah, mas eu não tenho tesão em homem." dirá o leitor. "Ah, mas não curto mulher", dirá a leitora. Por favor, reconsidere. Lembre que antigamente você não curtia cerveja. É um sinal de maturidade, tipo gostar de rúcula. Por não ser fácil, mas no entanto necessário, acho que o governo tinha que tratar igual vacina e promover campanhas públicas de homossexualização. "Ainda não caiu a ficha? O jeito é ser bicha".

Não tem a ver com tesão. Tem a ver com pensar no planeta. Obrigado.

Um comentário:

  1. Presumo que o homosapiens seja a única espécie que "escapou" do "cio" e tenha período fértil todo mês, mas seria período fértil? Por isso que a homossexualidade sempre esteve presente na história, tal como excitar a outra pessoa nem sempre levam as pessoas a transarem: no dia a dia quantas pessoas podem nos despertar a atração mas acabamos tendo o famoso: "pingo na cueca", várias vezes, diariamente, ainda mais quem trabalha ou trabalhou com público! Numa ocasião atendi um homem em que a colega foi bem racional, digamos assim, ja com o meu atendimento cortês, ele até chegou a dizer ter tido ereção e maroto disse imaginado como seria meu bumbum. Comentei que ultrapassamos a mera atração "cotidiana", além da ereção desejei ele me penetrando, mas claro, estávamos ali noutro tipo de transação mas o afeto super válido!

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