Baterias cheias, pessoas vazias
Com a invenção dos primeiros computadores nos anos 30, uma nova era surgia.
O aumento da tecnologia e melhorias em suas funções, a sociedade se tornou cada
vez mais dependente das máquinas. Hoje, além de muito úteis no dia a dia por
serem práticas e rápidas, são utilizadas por uma grande parte da população como
passatempo. Porém, é importante lembrar que antes dos teclados, as letras já
existiam e a escrita é a base da formação humana.
Segundo uma pesquisa feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em média a
cada 5 habitantes do Brasil, 3 possuem computador. O problema é que as pessoas
estão ficando dependentes demais de telas digitais e esquecendo-se da vida real
fora do virtual. No Japão já existe uma clínica de reabilitação para jovens que
não conseguem viver sem a comunicação através de aparelhos celulares ou
computadores, desconforto que recebe o nome de nomofobia.
Escrever é muito importante, de fato, mas com todo o conforto de
digitar, a população vem deixando o papel para segundo plano. Os trabalhos
de escola com cartazes foram trocados por slides, cartas foram trocadas por
emails e visitas foram trocadas por mensagens em redes sociais. Assim,
comentários sobre preguiça de escrever ficaram muito comum e a escrita se
tornou algo não prazeroso de se fazer.
O que a sociedade precisa perceber é que com a falta de prática da
escrita, muitos problemas são ocasionados, como déficit de um vocabulário
formal, má qualificação para bons empregos e uma mente menos criativa. Algumas
escolas no Brasil substituem livros impressos por tablets, a inclusão dessa
tecnologia é útil para a performance dos alunos com a tecnologia, mas os
livros são de extrema importância para a sensibilidade dos alunos.
Portanto, não é preciso radicalizar e abolir as inovações digitais, mas
balancear o contato com elas. Favorecer a escrita e não se prender ao
virtual são atos essenciais para lidar com o mundo profissional e
essencialmente importante para o social. Até hoje não há tecnologia capaz de
substituir um abraço verdadeiro.
Aluna: Marahma
Professor: Diogo Didier
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