23 dezembro 2013

A dura realidade do negro no Brasil


        Marcas que perpetuam em pessoas de cabelo crespo, lábios grossos e pele escura. Um histórico formado por feridas vulcânicas que perpassam a carne e penetram na alma, criando uma chaga de racismo branco que encontrou, e ainda encontra, refúgio nos rostos de racistas do séc. XXI. Afinal, a corrente que prendia os mulatos na senzala foi quebrada em 1888, mas, a ferrugem impregnada de racismo europeu ainda é o legado europeu.

            Com a chegada de Bantos e Sudaneses para o Brasil, como mão de obra escrava, os colonos aqui residentes detinham o poder sobre a vida no negro, rejeitando suas culturas, crenças, costumes e os tornando objetos. Entretanto, o país, em 1850-1888, criou leis abolicionistas para que o direito dos negros pudesse ser legitimado. Mas isso não aconteceu por excelência. Afrodescendentes que não tinham onde morar ocupavam quilombos e morros, começando, assim, a marginalização.

            No nosso meio social, os estereótipos criados para pessoas cafuzas são de ladrões, traficantes e vagabundos. Quanto às suas culturas, são tidas como primitivas. Suas crenças, são demonizadas. E seus costumes, embora aderidos indiretamente na sociedade, estão relacionados a algo arcaico e rupestre. Vale pontuar que algumas expressões verbais carregam discriminações, tais como: mulato, que deriva de mula, por exemplo e que ainda está inserido em nosso dialeto.

            Salientando, ainda, o “apartheid” entre negros e brancos, hoje se faz presente em nosso cotidiano televisivo programas em que a maioria dos atores e apresentadores seguem o modelo europeu. Todavia, afrodescendentes ocupam destaque na mídia: se protagonistas, o enredo normalmente é escravista; se coadjuvantes, são empregados domésticos e/ou ocupam cargos menores.

            O nosso país foi, e ainda é, marcado por “guerras” para com pessoas de pele escura. O ideal a se fazer é legitimar a igualdade em direito de todas as cores e raças, como está escrito em nossa constituição, no artigo 5º. Deve-se haver, também, uma maior participação das manifestações de origem africana. Afinal, como bem afirma Bob Marley: “enquanto a cor dos olhos for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”, ou seja, a melanina que pigmenta o nosso corpo não precisa ser motivo para segregação.

Aluno: Cleston francisco
Professor: Diogo Didier

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