Pessoas que emergem das
vielas escuras da periferia, das veredas de concreto e aço, das frias e
perigosas madrugadas buscando satisfazer os desejos insaciáveis e voluptuosos
de muitos. Todos os protagonistas desse cenário são pessoas marginalizadas e
pobres, crianças de rua que anseiam um prato de comida e seres prostituídos
pelos vícios e falta de oportunidades. Palco esse em que os artistas principais
tornam-se invisíveis no espectro sombrio e imperceptível formado pela
sociedade.
Desde sempre, nossas ruas protagonizaram espetáculos de
horror e malefícios que esteve inerente, e ainda continua, ao ser humano a
partir de algumas necessidades, tais como: falta de educação, apoio e assistência.
Mas, em um local onde o brilho do luar resplandece sobre todos, infelizmente,
não abrange a outros. E assim continuam penando sobre uma trilha a qual
dificilmente sairão dela.
E, em se tratando do Brasil, é comum, pelo menos em nosso
meio social, pessoas como estas passarem despercebidas ou, até serem
percebidas, porém, pelo desprezo de muitos transeuntes. Crianças e adultos que
mendigam sua alimentação; jovens que por falta de oportunidades e pela corrida
tecnológica pelo emprego acabam ficando no limbo do ostracismo sediado pela
discriminação e pelo preconceito de muitos “cidadãos”.
À noite a cena se repete, portanto, com novos personagens
no “reality show” de massacres e perturbações que ferem a alma de muitos corpos
que buscam na prostituição um atalho para afogar as mágoas oferecidas pelo
prazer do outro. Como bem é versado por um famoso cantor brasileiro “eu amo
esse corpo que a plebe deseja embora ele seja prenúncio do mal”, ou seja, seres
em busca de desejos não realizados com seus parceiros tornam a “comprar
mercadorias descartáveis”, demonizando, assim, a figura prostituída.
É notório que o crescimento dessa massa invisível e sem
perspectiva tende a crescer. Estatísticas mostram que a cada 10 pessoas 6 são
marginalizadas e invisíveis em uma sociedade com tons de preconceito e
discriminação. O ideal a se fazer é igualar nossos direitos aos deles e que os
mesmos possam legitimados.
Aluno: Cléston Francisco
Professor: Diogo Didier
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