Em meio a um país capitalista, o ser humano
tem abdicado de seus valores éticos e morais para atender a demanda do
consumismo. O conceito de se feliz sofreu alteração e ficou cada vez mais
complexo definir o que seria a tal da felicidade plena.
O hiperconsumismo na sociedade
hodierna é de grande domínio, sobretudo, no modo de vida das pessoas. Exemplo
disso ocorre em algumas famílias, cujo capital prevalece sobre as horas
disponíveis para se ler um livro, sair com a família, amigos, até mesmo,
praticar o ócio. Todos esses momentos plenos são vendidos diante ao desejo de
comprar, consumir e descartar.
Ao falar no poder de compra, quem
sai vencendo é o mercado financeiro que comanda as ações estatais e lidera
soberano. Tal submissão do Estado liquefazem os valores concretos de felicidade
e os dissolvem no meio social. Diante a este fenômeno, é notável a inversão dos
papéis na esfera socioeconômica, onde ocorre, a coisificação do homem e a
humanização das coisas.
Segundo o Plano Nacional do Consumo e
Cidadania, os números de brasileiros que não se sentem felizes nem plenos com o
consumo presente em suas vidas correspondem a 37% do total. Este fato ocorre,
porque o consumo é imposto na sociedade, através de padrões, induzindo as
pessoas a conviverem com este sentimento.
Carlos Drummond já dizia, “Não me
convém mais o título de homem, meu novo nome agora é Coisa”. O poeta sabia, enquanto
houver a falta de valores concretos e a imposição paulatina ao mercado
capitalista, seremos taxados como coisas. Sendo assim, o conceito de ser feliz
será aplicado erroneamente e o consumo continuará a ditar padrões e a nos
influenciar.
Aluno: Paulo
Ricardo
Professor: Diogo Didier
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