26 abril 2013

Professor: o médico social

A educação brasileira encontra-se num nível muito baixo se comparada com os países desenvolvidos. O funcionamento do sistema educacional caminha sobre um abismo entre a formação de seres pensantes e “máquinas humanas”. Logo, nota-se que a profissão de professor carrega o peso de uma sociedade desajustada, onde a educação tem papel secundário no plano político nacional.
As lacunas no processo educativo são inúmeras, desde a estrutura precária de algumas escolas, até o desinteresse dos alunos por falta de estímulos que desperte a curiosidade nos estudos. No cenário tão conturbado do mundo escolar, lecionar se torna uma missão para aqueles que muitas vezes têm que cumprir o papel que as demais instituições sociais, como a família, não cumprem.
Analisando o espaço brasileiro de maneira crítica, percebe-se que educar é remediar a doença enraizada no meio social: o descaso com a educação. Todavia, os médicos da educação, os professores, ensinam para sobreviver ao mesmo tempo em que alimentam os sonhos daqueles que buscam nos estudos uma maneira de melhorarem sua realidade desfavorável.
As limitações são diversas ao ensinar. Com tantos empecilhos, transmitir o conhecimento se transforma numa tarefa árdua para o educador. Assim, a criação de escolas técnicas foi a solução mais viável, já que os alunos se tornam as peças das engrenagens do sistema econômico, acelerando o crescimento do país. Contudo a cultura do imediato não resolve o problema brasileiro que está ligado as diferenças sociais e a falta de conhecimento da maioria da população. Desse modo fica nítido que a educação perde ainda para o imediatismo e o Brasil continua a ser do carnaval e do futebol.
Portanto, é necessário a valorização dos educadores sendo possível a evolução do quadro social, de maneira consciente e educada. É crucial fazer um plano no campo educativo a longo prazo, sem pressa na obtenção de resultados, dando as ferramentas fundamentais aos professores para que possam exercer sua função com dignidade. Porque ensinar e concretizar teorias é curar a doença da desigualdade.
Aluna: Ana Beatriz
Professor: Diogo Didier

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