Por Eduardo Szklarz
A ciência está cada vez mais próxima de explicar um dos maiores mistérios do comportamento humano.
Bar depois do expediente, cervejinha gelada,
papo animado sobre colegas de trabalho. De repente, alguém faz a revelação
bombástica: “Sabe o fulano? É gay!” Você provavelmente já participou de uma
conversa como essa. Ela acontece todos os dias, nos melhores bares e também nas
melhores famílias. Depois do silêncio, a mesa se divide entre os completamente
surpresos e os que “sempre tiveram certeza, estava na cara que ele era”. Até que
alguém finalmente pergunta: “Mas por quê? O que levou fulano a ser diferente da
maioria?” E começa a rodada de especulações: “A culpa é da mãe repressora.” “Ele
foi violentado pelo pai.” “Não gostava de futebol.” “É genético, desde pequeno
tinha trejeitos afeminados.” “Só é gay porque está na moda.”
Pois as mesas de bar mais uma vez provam estar
entre as entidades mais antenadas do planeta. O debate sobre a origem da
orientação sexual é hoje um dos mais quentes da ciência – e também um daqueles
em que os resultados parecem mais surpreendentes. Historicamente, as respostas
se dividiam entre os que defendiam que uma pessoa nasce gay e as que sustentavam
que nos tornamos gays, bi ou heterossexuais dependendo do ambiente em que
vivemos.
Mas, nos últimos anos, pesquisadores começaram
a apontar novos – e surpreendentes – caminhos. As maiores novidades vêm dos
estudos biológicos. Eles indicam que a formação da sexualidade acontece antes do
nascimento – em parte pelos genes, mas também por fatores que atuam no
desenvolvimento do feto. Não há nada comprovado e ainda falta muito a ser
desvendado, especialmente sobre a influência do ambiente onde a criança é criada
em sua sexualidade. Mas as evidências estão causando uma revolução no pensamento
científico. E se comprovadas, poderão subverter noções básicas que construímos
ao redor dos gays.
Que importa?
Muita gente acredita que a ciência deveria
deixar essa polêmica de lado. O argumento é que gays existem e pronto – não há
nada além disso para entender. Para elas, perguntar sobre o que leva uma pessoa
a ser gay é uma atitude preconceituosa que supõe que a heterossexualidade não
precisa de explicação. Cientistas, no entanto, defendem a necessidade de
pesquisa, argumentando que elas podem acabar – ou pelo menos diminuir –
preconceitos. “Os homossexuais são muitas vezes acusados de exibir um
comportamento não natural. A única maneira de refutar essa acusação é pesquisar
as causas das diferentes orientações sexuais”, diz a bióloga transexual Joan
Roughgard, professora da Universidade Stanford e autora do livro Evolution’s
Rainbow (“Arco-Íris da Evolução”, sem tradução em português), em que analisa
cerca de 300 casos de comportamento homossexual entre animais. Para o
antropólogo Luiz Mott, presidente do Grupo Gay da Bahia, as pesquisas são
importantes porque desconstroem a noção religiosa milenar de que
homossexualidade é um comportamento diabólico e patológico. “Se comprovarem que
há uma raiz genética, estará claro que a homossexualidade está nos próprios
desígnios do Criador”, afirma.
Outro argumento pró-pesquisas diz que saber a
origem do próprio comportamento aplaca um pouco a ansiedade. “Vemos a
preocupação do homossexual em não ser discriminado, mas também a dos pais, que
se sentem responsáveis e querem entender até que ponto esse sentimento procede”,
diz Carmita Abdo, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo e
coordenadora do projeto Sexualidade, maior pesquisa já feita sobre os hábitos
sexuais dos brasileiros.
As tentativas de explicar a origem da
homossexualidade incluem teorias que vão da mitologia à sociologia. No século
19, psiquiatras concluíram que ser gay era um transtorno mental causado por
equívocos na criação da criança – e essa idéia reinou na maior parte do século
20. Mas se essa teoria estivesse correta, então seria possível evitar e até
reverter quadros homossexuais. Ao perceber o fracasso total das terapias de
“cura”, em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana achou melhor retirar de sua
lista de distúrbios mentais a atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Foi
quando o termo mudou de nome: homossexualismo deu lugar a homossexualidade –
porque o sufixo “ismo” denota doença. A essa altura, os cientistas já
consideravam ser gay uma variação absolutamente natural do comportamento humano.
Até que em 1991 o neurocientista
anglo-americano Simon LeVay, gay declarado, anunciou ter encontrado diferenças
em cérebros de homens gays e héteros. LeVay examinou o hipotálamo, zona-chave da
sexualidade no cérebro, e descobriu que a região chamada INAH-3 era entre 2 e 3
vezes menor nos gays. Era a primeira indicação da origem biológica da
homossexualidade. Mas, como várias pesquisas da área, a de LeVay tinha
limitações: os gays do estudo haviam morrido em decorrência da aids e talvez a
doença fosse responsável pela diferença. E, mesmo que essa diferença não
estivesse relacionada com a aids, era impossível determinar se ela era causa ou
conseqüência da experiência gay. Apesar das dúvidas, a descoberta abriu caminho
para estudos que reforçam a suspeita de que a homossexualidade vem do útero.
“Minhas pesquisas sugerem que algo acontece muito cedo na vida dessas pessoas,
provavelmente na vida pré-natal”, diz LeVay.
Mas o quê? Parte da resposta veio em 1993 com
as pesquisas de Dean Hamer, do Instituto Nacional do Câncer, nos EUA. Hamer
percebeu que dentro das famílias havia muito mais gays do lado materno. A
descoberta atraiu sua atenção para o cromossomo X (mulheres têm dois cromossomos
X, enquanto os homens têm um X e um Y). Em seguida, a descoberta: usando um
escâner, Hamer viu que uma região do cromossomo X, a Xq28, era idêntica em
muitos irmãos gays. O que ele descobriu não foi propriamente um único gene gay,
mas uma tira de DNA transmitida por inteiro. A notícia provocou rebuliço, e não
era para menos. Mesmo contestada por outros estudos, a conexão entre genes e
orientação sexual sugere que as pessoas não escolhem ser homossexuais, mas
nascem assim. A comunidade gay começou a ver na ciência a resposta contra a
idéia de que seu comportamento era “antinatural”.
Resposta genética?
Patrick e Thomas são gêmeos, têm 7 anos, olhos
azuis e cabelo ondulado. Cresceram na mesma casa, criados pelos mesmos pais. À
primeira vista, é impossível distingui-los. Mas passe algum tempo com eles e
você verá que Patrick é sociável, atento e pensativo, enquanto Thomas é
espontâneo e adora brincar de luta. Quando tinham 2 anos, Patrick encontrou os
sapatos da mãe e gostou de calçá-los. Aos 3, Thomas disse que o revólver de
plástico era seu brinquedo favorito. Aos 5, Thomas se fantasiou de monstro no
Halloween; Patrick quis se vestir de princesa. Ridicularizado pelas risadas do
irmão, decidiu ser Batman. Patrick sempre brincou entre meninas, nunca meninos.
Os pais deixaram que ele fosse ele mesmo em casa, mas mantiveram alguns limites
em público com medo de que seu comportamento feminino o expusesse. Funcionou até
o ano passado, quando o orientador da escola ligou dizendo que ele deixara os
colegas incomodados: insistia que era uma menina.
A história de Patrick e Thomas foi revelada
pelo jornal Boston Globe. Como os demais gêmeos univitelinos (gerados pelo mesmo
óvulo), os garotos são clones genéticos. Se a homossexualidade fosse mesmo
causada por um cromossomo, os dois deveriam ter a mesma orientação sexual.
Segundo estudos recentes, como o do psiquiatra americano Richard Green, garotos
como Patrick têm até 75% de possibilidade de ser homossexuais quando adultos.
Thomas aparenta ser heterossexual.
O caso de gêmeos com orientação sexual
diferente mostra que, sozinha, a genética não explica a homossexualidade. Mas
isso não significa que a criação tem todas as respostas. Afinal, antes mesmo de
falar, Patrick já exibia traços femininos. Há mais dicas nessa charada: os
pesquisadores americanos Michael Bailey, da Universidade Northwestern, e Richard
Pillard, da Universidade de Boston, analisaram gêmeos e viram que, entre
bivitelinos, se um deles é gay, o outro tem 22% de possibilidade de também ser.
Para os univitelinos, a probabilidade sobe para 52%.
São números bastante superiores à taxa de
homossexualidade entre a população, que seria de 10% de acordo com o famoso e
polêmico Relatório Kinsey, dos anos 40, e entre 2% e 5% segundo pesquisas mais
recentes. Bailey e Pillard, portanto, praticamente provam a existência de um
componente genético para a homossexualidade. Ao mesmo tempo, praticamente
provam, também, que os genes não dão conta de tudo. “Os estudos com gêmeos
feitos até agora nos permitem uma estimativa de que até 40% da orientação sexual
venha dos genes”, diz o pesquisador Alan Sanders, da Universidade Northwestern,
EUA. Para aprofundar suas pesquisas, Sanders está recrutando voluntários,
inclusive brasileiros, para o maior estudo genético sobre homossexualidade já
realizado. “A meta é selecionar 1 000 pares de irmãos gays bivitelinos”, afirma.
“Em irmãos assim, espera-se uma variação genética de 50%. Vamos analisar todo o
genoma para saber se a variação é maior.”
O que mais está em jogo?
Se os genes não explicam tudo, que outros
elementos explicariam? Um deles parece ser o desenvolvimento biológico do feto
ainda no útero. E é dessa área que vêm saindo as pesquisas mais promissoras. Uma
delas é a teoria dos hormônios pré-natais. A idéia é que os hormônios sexuais
masculinos (andrógenos) se conectam às partes responsáveis pelos desejos sexuais
no cérebro e influenciam seu crescimento, tornando o cérebro mais tipicamente
masculino ou feminino. A conexão dependeria das proteínas receptoras de
andrógenos (AR, na sigla em inglês). Imagine que cada célula do cérebro seja uma
casa. As ARs funcionariam como o portão dessas casas, que controla a entrada de
pessoas. Sabe-se que a quantidade e a localização desses portões são diferente
nos homens e nas mulheres. Cientistas já constataram, por exemplo, que o
hipotálamo masculino tem mais ARs que o feminino.
Essa teoria supõe que a homossexualidade nos
homens é causada por “portões” que restringem a entrada de andrógenos nas
regiões responsáveis pela sexualidade, formando um cérebro submasculinizado. Nas
mulheres, esses portões facilitariam entradas maiores, construindo uma estrutura
supermasculinizada. Tudo conseqüência do número de ARs de cada feto – o que
talvez se deva à carga genética.
Os cientistas advertem que esse processo é
complexo. Em todo caso, as pistas da ação dos hormônios pré-natais estão por
todo lado. Por exemplo, na nossa mão. Homens geralmente têm o dedo indicador um
pouco menor que o anular, enquanto nas mulheres o comprimento costuma ser igual.
Richard Lippa, da Universidade Estadual da Califórnia, notou que essa diferença
no tamanho dos dedos tende a ser maior nos gays que nos héteros. Em outra
pesquisa, Dennis McFadden, da Universidade do Texas, observou que lésbicas são
menos sensíveis que as outras mulheres a sons baixos.
Mas é preciso cautela: correlações entre
interesse sexual e traços físicos estão longe de ser provadas. Também vale
lembrar que os hormônios importantes não são os que circulam no nosso sangue
quando adultos – cujos níveis são iguais em homossexuais e héteros – mas os que
atuaram no período de gestação.
O novo desafio dos pesquisadores é entender
quais as origens de um fenômeno recém-descoberto: a existência de irmãos mais
velhos parece afetar a sexualidade dos mais novos. É o chamado “efeito big
brother”. O cientista canadense Ray Blanchard acompanhou 7 mil pessoas e viu que
a maioria dos gays nasce depois de irmãos homens e heterossexuais. Blanchard e o
colega Anthony Bogaert calcularam que cada irmão mais velho aumenta em 33% a
possibilidade de o menor ser gay. Um garoto com 3 irmãos mais velhos tem o dobro
de possibilidade de ser gay que outro sem irmão mais velho. Um garoto com 4
irmãos mais velhos tem o triplo. Ter irmãs mais velhas não altera a
probabilidade de o menino ser gay.
Para alguns, a explicação está na convivência
familiar: depois de dar à luz vários homens, a mãe trataria o caçula como a
menina que ela não teve. Os irmãos mais velhos também tenderiam a “dominar” o
mais novo, influindo em seus sentimentos sobre si e os demais. Outra hipótese
vem da biologia. “Os fetos masculinos talvez acionem uma reação imunológica na
mãe ao produzirem substâncias que ameaçam seu equilíbrio hormonal”, diz o
cientista Qazi Rahman, da Universidade de East London. Segundo ele, o corpo da
mãe acionaria um alarme para produção de anticorpos contra proteínas ou
hormônios do bebê. Cada novo feto masculino intensifica a resposta, e o acúmulo
de anticorpos redirecionaria a diferenciação tipicamente masculina para uma mais
feminina, gerando orientação homossexual nos filhos seguintes.
Como os outros pesquisadores, Rahman não nega
que fatores ambientais possam entrar na equação. O problema é que ninguém sabe
exatamente quais são eles. Não há provas, por exemplo, de que o abuso sexual na
infância causa homossexualidade. O número de gays não é maior em lares chefiados
por mulheres nem entre filhos criados por casais gays. Tampouco há mais casos de
homossexualidade após períodos de guerra, quando os pais se ausentam de casa, o
que enfraquece as hipóteses sobre dinâmicas familiares. Nem mesmo a teoria de
Sigmund Freud encontra sustentação científica. O pai da psicanálise dizia que
mães superprotetoras e pais ausentes poderiam levar o filho a ser gay. Mas ao
invés de encontrar a causa, Freud possivelmente enxergou a conseqüência: a
superproteção da mãe não seria a origem da homossexualidade, mas um ato de
defesa para um filho que é rejeitado pelo pai por se comportar, desde cedo, de
maneira feminina. Antes que você deixe de lado as explicações psicológicas, é
bom ler o que vem a seguir.
Do exótico ao erótico
“Fatores biológicos (como genes e hormônios)
são certamente responsáveis por mais de 50% da orientação sexual”, diz Dean
Hamer. Ou seja: até mesmo o pai do “gene gay” admite que há espaço para fatores
psicológicos. É justamente por apostar na interação entre biologia e ambiente
que a teoria “exótico se torna erótico” vem chamando a atenção dos estudiosos.
Seu autor, o psicólogo Daryl Bem, da Universidade Cornell, no estado de Nova
York, afirma que os indivíduos são atraídos por outros de quem se sentiram
diferentes na infância. Daryl diz que fatores biológicos atuam na formação da
sexualidade ao agir sobre o temperamento da criança, predispondo-a a realizar
certas atividades mais do que outras.
Assim, um menino que gostar de luta, futebol e
esportes competitivos tipicamente masculinos conviverá num grupo com o mesmo
perfil. Outro garoto que preferir bonecas e socialização mais calma, tipicamente
feminina, encontrará colegas que também preferem a Barbie. Para esse garoto que
convive entre amiguinhas e brinca com bonecas, a figura exótica que despertará
sua atenção sexual será um menino. No caso de meninas homossexuais, se
inverteriam os papéis. “Isso ocorre porque nossa sociedade polariza as
diferenças de gênero. Se não as polarizasse tanto, mais homens e mulheres
escolheriam parceiros com base em outros atributos além do sexo biológico”, diz
Daryl. Isso significa que, apesar de a ciência estar caminhando para a noção de
que a homossexualidade é inata, a biologia não é completamente determinante.
“Essa predisposição para a homossexualidade vai se manifestar ou não dependendo
das experiências de vida da pessoa”, diz a psiquiatra Carmita Abdo. Tudo indica
que a homossexualidade é mesmo o resultado da interação de 3 fatores:
biológicos, psicológicos e sociais, mesmo que esses dois últimos ainda precisem
de mais evidências. Enquanto elas não aparecem, é melhor você ser menos taxativo
nas suas conversas de mesa de bar.
Terapia para gays?
Robert Spitzer é o psiquiatra que encorajou a
Associação Psiquiátrica Americana a retirar a homossexualidade da lista de
transtornos mentais. Graças a ele, não se pode dizer hoje que ser gay é doença.
Por isso, Spitzer causou espanto ao afirmar, em 2001, que sessões de terapia
podem mudar a orientação sexual de um gay. Ele chegou a essa conclusão ao
entrevistar pessoas que diziam ter deixado a homossexualidade após o tratamento.
“A medicina não trata apenas das doenças”, diz. A Super conversou com Ben
Newman, diretor de um site que oferece apoio não religioso a pessoas que querem
mudar de orientação sexual. “Com um terapeuta que entendia o que eu passava e
respeitava meus valores descobri que não tinha desejo por sexo, mas uma
necessidade de amizade e identidade masculinas”, diz Newman. Mas é preciso
extrema cautela nesse assunto.
Muitos psicólogos dizem que a pesquisa de
Spitzer tem problemas metodológicos. “Terapias de conversão não funcionam e só
causam mais sofrimento”, diz a psicóloga Adriana Nunan, da PUC-RJ. O Conselho
Regional de Psicologia desaconselha tratar a homossexualidade. “O que se trata é
o desconforto de ter essa condição”, diz a psiquiatra Carmita Abdo.
O gene gay e a evolução
O desafio dos que apóiam uma base genética para
a orientação sexual é explicar a permanência e adaptação dos genes gays ao longo
da evolução. “Ser atraído pelo sexo oposto é útil porque leva o indivíduo a
gerar filhos – por isso os genes da heterossexualidade dominam o planeta. Mas
como os genes da homossexualidade também parecem existir, é provável que sirvam
ou tenham servido a algum valor reprodutivo ao longo da evolução”, diz o
cientista inglês Qazi Rahman. Talvez os animais possam dar a resposta. O biólogo
americano Bruce Bagemihl analisou 450 espécies e constatou que elas não fazem
sexo só para produzir filhotes. Mais de 70 tipos de aves e 30 de mamíferos
“casam-se” com indivíduos do mesmo sexo. Muitas vezes, para ter prazer. Para a
bióloga Joan Roughgarden, a homossexualidade é um traço natural que mantém
indivíduos unidos através do contato. Para ela, não há diferença entre jogadores
de futebol que se tocam para funcionar melhor como equipe e duas pessoas que se
acariciam intimamente. “Estamos muito preocupados com o contato genital, mas
tudo não passa de intimidade física”, diz.
Para saber mais
Born Gay - Glenn Wilson e Qazi Rahman, Peter
Owen, Londres, 2005 www.ingentaconnect.com/content/klu/aseb - Archives of Sexual
Behaviour (Arquivos de comportamento sexual) www.gaybros.com - Site da pesquisa
genética que vai contar com 1 000 pares de irmãos gays e busca participantes do
Brasil.
Publicado pela SuperInteressante
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