As interferências do homem sobre a natureza, muitas vezes impensadas, fizeram com que o planeta terra entrasse em estado de emergência. Isto porque, devido ao avanço do capitalismo, um novo modelo de sociedade surgiu baseado no consumo e na expansão econômica. Diante disso, na atualidade, a ideia de reverter os danos causados pela humanidade contra o planeta aparece representada na figura vocabular de três verbos: reduzir, reutilizar e reciclar. Juntos, eles são capazes de romper esse ciclo insalubre do qual o consumismo, o desequilíbrio e a poluição fincaram suas raízes.
Na realidade, a aplicação desses três segmentos tem encontrado certa resistência em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, visto que a sociedade daqui não foi devidamente educada a preservar o local onde vive. Com essa inexistência na educação ambiental preventiva, o meio ambiente sofre com as alterações cada vez mais irreparáveis dos seres humanos, afetando não só a flora, mas também a fauna e, consequentemente o próprio homem.
Tal deficiência faz com que reduzir seja um dos principais desafios encontrados pela política da sustentabilidade, já que as pessoas não tomam o cuidado de adquirir o que é estritamente necessário para o seu consumo. Ou seja, há nos padrões de vida atuais a necessidade de se ter cada vez mais, de comprar compulsivamente roupas, carros, objetos em geral e depois, com pouco tempo de uso, renová-los. Tudo isso para atender a um modelo social, um rótulo que o imperialismo do capital impõe nas pessoas. O resultado disso são mais florestas desmatadas e derrubadas, rios contaminados e a proliferação de inúmeros problemas ambientais, sociais e, principalmente de saúde.
O segundo obstáculo é reutilizar a matéria-prima que foi usada, de forma coerente, reaproveitando o máximo certos produtos antes de eliminá-los. Nessa etapa a principal barreira é o preconceito que existe em algumas pessoas, quando o assunto é usar novamente uma embalagem plástica, ou uma caixa de papel que parece sem utilidade. Para muitos, usar da criatividade nessa fase parece impossível, uma vez que o comodismo que a lei do consumo exerce no nosso cotidiano faz com que não enxerguemos as vantagens das quais a reutilização de certos materiais podem trazer para as nossas vidas.
Nessa linha de raciocínio, outro importante passo seria a reciclagem de tudo o que pode ser aproveitado para a elaboração de novos produtos. Essa prática reduziria a problemática do desmatamento a qual gera inúmeros prejuízos para todo o ecossistema. Além disso, em muitas cidades brasileiras a coleta seletiva e o reaproveitamento de papel, plástico, vidro e qualquer outro resíduo que pode ser reciclado, tem ajudado várias famílias a aumentar a renda. No entanto, a o ato de reciclar atinge uma pequena parcela da população, a qual recebe compartimento para lixo com divisões especificas para cada dejeto, enquanto a grande maioria guarda os seus entulhos de forma inapropriada.
O ato de reciclar, unido com a redução e a reutilização do lixo, é uma excelente alternativa para a preservação da natureza. Só esses três elementos juntos podem solucionar os danos causados pela humanidade contra a natureza. Economia e simplicidade também são, portanto, os sinônimos dos três R’s. Na sua prática, eles são eficazes, porque, sistematicamente mudam hábitos nocivos à natureza, reeducando a população sobre a necessidade de reavaliar o grau de devastação causado por ela no ecossistema em que vivem. Dessa forma, a sociedade deve repensar, o quanto antes, as suas atitudes contra o meio ambiente, para que esse patrimônio seja desfrutado não só na atualidade, mas também por toda a humanidade no curso evolutivo da sua história.
Eu acompanho aqui em Belém um grupo de catadores. É impressionante como a medida em que o lixo vai virando riqueza, a sustentabilidade ambiental vai virando pauta, vai excluindo sobretudo os que mais lutavam pela sobrevivência deles mesmo e do planeta.
ResponderExcluirTeu ótimo post me fez refletir sobre isso.
Grande abraço!