26 dezembro 2012

Coisas da Vida - por Diogo Andrade



"As coisas são como são.
Não adianta discutir, nem espernear. 
Porém, há sempre um lado que sempre nos esquecemos de notar por estarmos acostumados a sempre manter o foco das coisas. 
Por estarmos sempre habituados a seguir o curso natural do que sempre nos mostraram ser o correto caminho a trilhar. 
Por não perceber a aleatoriedade de todas as variáveis que descrevem esse caminhar nosso. 
Aí é que se encontra o “match point”, que deveríamos estar mais habituados a perceber. 
Tudo que a vida nos reserva está oculto dentro de pequenas porções de opções... Que não percebemos em primeira instância ou preferimos fingir que não vimos.
Essa é a pilhéria da vida. 
Às vezes cômica. 
Por outras vezes mais, sarcástica; 
e, frequentemente, ofensiva. 
Mas tudo isto é opcional!
A grande questão é que uma opção se torna realmente “a opção” quando se vivencia um momento cujo status é de criticidade. Quando já saturamos a alma tentando recompor uma imensa teia e já não se sabe onde se deu o início de tudo. E acabamos por pensar em deixar inacabado aquilo que já existe pelo cansativo infortúnio da tentativa.
Mas, dentro da opção do penoso refazer, há sempre um adendo, algo à parte, uma escolha de renovar aquilo que ali já está. 
Não é necessário recompor, é suficiente reinventar, é necessário encontrar outro ponto de início e facilitar o caminho; dar a este caminho a oportunidade de desvendar suas benesses. 
Sabem-se lá quais serão as novas opções que poderão surgir...
Aqui, do meu ponto crítico, eu escolho a opção de transformar, recriar... De reinventar aquilo que é meu. 
Aonde essa opção vai me levar? Vai saber... Mas, dessa vez, sou eu quem fará pilhéria das opções óbvias da vida."

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